Skateboard: life style and business

Os vídeo games fazem parecer que andar de skate se resumiria numa brincadeira divertida, com muita música, cenas engraçadas e manobras alucinantes. Mas, além do que retrata o mundo virtual e a mídia em coberturas de campeonatos mundiais, o skate é mais do que um esporte e uma diversão, também consistindo num pouco dos dois. Correr sobre rodas é também um estilo de vida e sustento para muitos que se edicam ao crescimento da prática no mundo todo.

No nordeste e mais especificamente na cidade do Recife, as condições para pratica de skate são bastante desfavoráveis e prejudicam que tem paixão pela coisa. Assim, não resta outra opção. É necessário que os próprios skatistas se dediquem ao crescimento do esporte na cidade. E isso ocorre da maneira Do It Youself (faça você mesmo). É assim que o skateboard evolui em Pernambuco e em grande parte das cidades brasileiras.

O mercado do skate é muito interessante(…)e varia de cidade em cidade. A situação só é boa no mercado quando o skatista compra seus materiais em lojas e marcas que fazem algo pela cena, patrocinando, realizando eventos e até mesmo ajudando voluntariamente pessoas que tem dificuldade de adquiri um bom material”, afirmou Henrique Cesár, dono e editor do famoso blog Picos e Pistas.

O professor de filosofia da UNICAP e também skatista, João Neto, também tem opinião parecida com a do seu colega Henrique.Mas ele analisa que a importância de alimentar financeiramente as empresas comprometidas com esporte ajuda o skate a se manter mesmo em seus momentos mais difíceis. “Hoje em dia, por exemplo, todo mundo usa roupas e tênis da Vans, antigamente era só o skatista. Assim ela é uma empresa muito grande, rica e gera muita renda e dinheiro. Mas, a respeito desse mercado, o skate costuma passar por certas ‘ondas’.

Em certos momentos a indústria lucra bastante investindo no skate, e em outros as empresas costumam abandoná-lo para investir em algo mais lucrativo. O que as pessoas que praticam e estão ligadas à cena do skate devem ter como prioridade é consumir produtos através de empresas que se comprometam com o skate através de patrocínio e promoção do esporte. Não só nos momentos favoráveis, mas, em todos eles”, complementa João.

Além dos negócios, o skate também cumpre um papel social muito importante na vida de quem o pratica. “O skate em si ele serve como terapia. Trata do seu corpo, e pode ser utilizado também como antidepressivo: toda vez que alguém estiver com algum problema ou estresse, andar de skate sempre serve como remédio para essas coisas. Isso sem falar também da ferramenta de inclusão do social que o skate pode servir, independente da condição social das pessoas, elas se juntam naquele determinado ambiente e compartilham juntos a experiência de andar de skate”. É o que pensa Og de Souza, skatista profissional do estado que superou sua deficiência física, a poliomielite, para se tornar um dos melhores nomes do país no esporte.

“Diversão, liberdade…a interação que o skate lhe dá com a rua te trás tudo isso. Isto por que uma cidade não é feita especificamente para o skate, mas, quando você o utiliza para passar por obstáculos em algum lugar, o sentimento de ter desbravado aquilo é muito gratificante”. Afirmou Henrique.