Síndrome do pânico leva a fobia social

Por Wellington Lopes

A Fobia Social é uma das consequências do agravamento da síndrome do pânico. Nem todos os pacientes que possuem a Síndrome do Pânico evitam o contato com as pessoas, especialmente na fase de tratamento. Já os pacientes que tem a Fobia Social se isolam completamente dos demais. Mas um mal pode ser confundido com o outro.

Existem pessoas para as quais o simples fato de se relacionar com alguém ou de se expor em alguma situação pode se transformar em um pesadelo. Ter dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, comer ou falar em público ou até mesmo a dificuldade de falar com autoridades ou pessoas do sexo oposto, são sintomas de ansiedade que podem ser caracterizados como “Fobia Social”.

A doença é um transtorno que se caracteriza pela extrema ansiedade diante de situações em que a pessoa se sinta avaliada por outros. Acontece sempre quando são submetidos à observação externa no momento de alguma atividade. Para o fóbico social essa avaliação é sempre ruim, eles se sentem como se diante dos outros estivesse sempre expostos ao risco de serem humilhados publicamente ou colocados em situações de extrema vergonha, por isso são situações temidas e frequentemente evitadas.

O problema vai se tornando crônico e chega ao ponto que somente o pensamento de exposição já traz consigo os sintomas. Os mais comuns são tremores, dificuldade para falar, sudorese, palidez e taquicardia. A ansiedade muitas vezes se torna tão intensa que pode desencadear uma crise semelhante à crise de pânico.

“A pessoa com Fobia Social adapta sua vida e seleciona oportunidades e eventos para ter uma mínima possibilidade de situações temidas. Tenho pacientes que desligavam o telefone celular nos finais de semana para não correrem o risco de receber algum convite para sair. Não é uma questão de serem antipáticos, mas tiveram uma sensação desagradável nas situações vividas anteriormente e só então começaram a se esquivar”, afirma a psicóloga Ana Paula Vasconcelos.

Ainda de acordo com Ana Paula, é comum encontrarmos fóbicos sociais vindos de famílias onde há alguém, pai ou mãe, extremamente tímido. Então se acredita que pode haver uma questão genética ou que a criança vai aprendendo que o contato social é ameaçador. Sob o ponto de vista psicológico é comum a Fobia Social aparecer em pessoas extremamente autocríticas e rígidas com elas mesmas, iniciando na adolescência ou até mesmo na infância. A maioria dos pacientes inicia o quadro antes dos 25 anos.

Os dois tipos mais comuns de tratamento para fobia social são por meio de medicamentos e psicoterapia. Essas duas abordagens podem ser utilizadas juntas, caso o médico psiquiatra acredite que uma combinação de ambas possa ser mais eficaz para o paciente. A Psicoterapia Cognitiva Comportamental é a mais estudada e com melhores resultados para a Fobia Social com tratamento que costuma surtir muito efeito na qualidade de vida das pessoas, diminuindo seus sintomas.

Não existe tempo determinado para o tratamento, no entanto, o tratamento para fobia social costuma surtir efeito e gerar bons resultados. Tanto a psicoterapia cognitiva quanto o uso da medicação indicada por especialistas já se mostraram capazes de melhorar a vida dos pacientes e levá-los até mesmo a cura.

Para saber mais, leia.

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