O idoso consumidor

Se o mercado se altera com o envelhecimento da população, o perfil dos consumidores também se modifica. Surge a necessidade de ser criados novos produtos e serviços, que atendam demanda desse novo mercado. No entanto, as empresas parecem não estar prestando atenção nesse novo público que está surgindo; um público com um razoável poder aquisitivo, com grande disponibilidade de tempo, um consumidor exigente e cada vez mais preocupado com sua saúde e bem-estar.

Jovens, adultos e idosos não consomem da mesma maneira, pois não possuem o mesmo comportamento, gostos e interesses. Deste modo, produtos e serviços deveriam ser mais direcionados para cada público-alvo.

O comportamento de consumo da nova geração de idosos está se transformando diariamente. O antigo estereótipo de que os idosos só saem de casa para ir à Igreja e vivem tricotando, não se encaixa mais aos idosos atuais. A nova geração de idosos está mais atualizada, buscando e exigindo novos serviços e produtos, viajando para diversos lugares, passeando e comprando muito.

Quando a publicidade e a mídia em geral começarem a entender que os idosos estão crescendo e deixando de ser uma minoria fraca, passando a ser uma maioria forte; que formam uma nova geração de pessoas influentes, exigentes, com poder de decisão de compra, tempo disponível, vontade de viver e experimentar novas emoções, novos produtos e serviços; enfim, quando o mercado compreender a importância dessa nova geração de idosos para elas próprias e para a sociedade, aí sim, a situação irá mudar.

Porque a partir desse momento a publicidade através da mídia poderá mostrar à sociedade a nova geração de idosos fidedignamente, sem estereótipos estúpidos e preconceituosos. E consequentemente descobrirá como persuadir essa nova geração de idosos a comprar produtos e serviços.

A quantidade de anúncios de revistas, jornais ou televisão direcionada para o público idoso é tão insignificante quanto os próprios anúncios em si. Na grande maioria deles aparecem no papel de avós, ou no papel de pais, ou no papel de doentes ou ainda no papel de aposentados. Todos vendendo ou plano de saúde, plano de aposentadoria, seguro de vida, remédio, conta bancárias etc.

Parece que somente as indústrias farmacêuticas e as do ramo financeiro abriram os olhos para a conquista do público idoso, como se esses só consumissem planos de saúde e planos de previdência. Outros mercados também precisam começar a prestar atenção nesse público, percebê-lo como um consumidor em potencial. No entanto, começar a entender o idoso somente como público-alvo não é suficiente, é necessário saber como persuadi-lo.

Ainda assim, levar em conta o receptor ideal, é apenas o primeiro passo. Não basta somente considerá-lo como público-alvo, é preciso conhecê-lo, saber de seus interesses, hábitos e gostos. Para assim descobrir de que forma é possível influenciá-lo.