set
03

Fique por dentro do que vai acontecer na tarde deste sábado no III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comunicação

Por Rafael Sabóia

14h30 – 17h30

Sessao 4 – Comunicaçao e fronteiras

Coordenaçao: Valci Zuculoto

Portal de ingreso y configuración territorial. Tránsito,

comunicación y identidad

Maria Rosa Carbonari (Universidad Nacional de Rio Cuarto)

“Emissoras de TV do Brasil e da Argentina: um estudo preliminar sobre os canais televisivos presentes na fronteira” Flavi Ferreira Lisbôa Filho (Universidade Federal de Santa Maria)

Este estudo tem o propósito de analisar como se dá a produção e a cobertura televisiva nos espaços fronteiriços do Brasil (mais especificamente no RS) com aArgentina. Partimos do pressuposto de que a produção televisiva é pautada por inúmeros recursos técnicos e estéticos, que são perpassados por aspectos culturais, econômicos, sociais e tecnológicos. Este processo investigativo caracteriza-se como qualitativo, pelo estudo da produção dos sentidos e dos conteúdos da programação televisiva. Por outro lado, é também quantitativo. Até o momento, podemos perceber que todos os canais possuem uma parte da programação produzida localmente, mas, a grande maioria, dos espaços televisivos é ocupada por programas nacionais ou produtos audiovisuais importados pelos grupos de comunicação, que controlam as redes televisivas tanto no Brasil quanto na Argentina. ( Rurbanidad y sistema de objectos. De sus (in)visibilidades en La prensa y la política pública Silvina Galimberti (Universidad Nacional de Rio Cuarto)

Produçao cultural na mídia fronteiriça Brasil-Argentina

Vera Lúcia Spacil Raddatz (UNIJUÍ)

O artigo traz a discussão sobre comunicação e produção cultural na mídia de fronteira e tem como contexto de análise a fronteira Brasil-Argentina nos limites do Rio Grande do Sul com Corrientes e Misiones. O estudo está focado nas marcas culturais presentes nas emissoras de rádio e jornais dessa região. A fronteira é Intercom 2011 | Unicap | Recife – PE 33 Colóquio Brasil – Argentina olhada aqui na sua dimensão cultural e não como um espaço geopolítico de demarcação de limites. A música, a história, a língua e as relações de vizinhança estabelecidas neste espaço são elementos importantes e estão presentes na mídia local, abrindo o debate para o tipo de cultura que por ali é produzida e circula, quais as fontes de origem e os traços que a caracterizam como cultura de fronteira.

 Las TIC en el campo moderno. Los espacios críticos del desarollo rural

 Edgardo Carniglia (Universidad Nacional de Rio Cuarto).

17h30 – 18h30

Sessão Plenária de Encerramento

Coordenaçao: Doris Fagundes Haussen , Gustavo Cimadevilla e Sonia Virgínia Moreira

set
03

III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comunicação prossegue neste sábado

Texto:Rafael Sabóia/ Fotos: Daniel Paza

Termina na tarde deste sábado (3) o III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comunicação, evento que pela primeira vez fez parte da grade de programação do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011, que teve este ano, como tema “Quem tem medo da pesquisa empírica?”.

Gustavo Cimadevilla

Gustavo Cimadevilla

Na pauta desta manhã foram apresentados trabalhos com base no tema “Comunicação, circulação e recepção”, sob a coordenação do professor Gustavo Cimadevilla, da Universidad Nacional de Río Cuarto, que na sexta-feira (2), apresentou trabalho sobre “La Investigación de La Comunicación en Argentina”. Cimadevilla foi o responsável pela abertura do segundo e último dia do III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comunicação, na manhã deste sábado. O professor saudou a todos os presentes e apresentou os trabalhos que fariam parte do Colóquio naquela manhã. Cimadevilla ressaltou a importância dos trabalhos apresentados na sexta-feira e disse estar satisfeito com os resultados obtidos.

Foram apresentados na manhã do sábado os trabalhos “Médios de Comunicación y redes interpersonales. Sesenta años despues de Lazarsfeld”, da professora Mabel Grillo, da Universidade Nacional de Río Cuarto; “Migraciones. Reconfiguración de las políticas del audiovisual em la transición analógico-digital”, da professora Daniela Monje, da Universidad Nacional de Córdoba; e o trabalho “Imágenes de La performances de cuerpos disidentes. Dimensiones estéticas de la comuniación”, da professora Monica Cohendoz, da Universidad Nacional Del Centro de La Província de Buenos Aires.

A partir dos trabalhos, foram apresentos artigos como: “Informações como commodities; conceitos de fidelidade aos meios on-line e a personalização na recepção de informações”, da professora Maria José Baldessar e do aluno Pedro Henrique Vieira Dellagnello, ambos da Universidade Federal de Santa Catarina, e o artigo “Informação e Interatividade no rádio do Brasil, Argentina e Uruguai”, da professora Doris Fagundes Haussen, da Pontifícia Universidade Católica do Río Grande do Sul.

Confira o resumo de trabalhos apresentados na manhã do sábado

“Informaçoes como commodities: conceitos de fidelidade aos meios on-line e a personalizaçao na recepçao de informaçoes” -De Maria José Baldessar e Pedro Henrique Vieira Dellagnello (Universidade Federal deSanta Catarina)

O artigo explora as particularidades de estruturação das informações na internet e seus impactos nos conceitos de fidelidade aos veículos jornalísticos, a partir da premissa de que a notícia factual se tornou um bem comum a todos os meios e de difícil monetização. Aborda, também, a tendência – impulsionada pelos mecanismos de filtragem de conteúdo e pelas redes sociais – à personalização da experiência on-line e seus possíveis impactos na pluralidade informativa.

“Informaçao e interatividade no rádio do Brasil, Argentina e Uruguai” -  De Doris Fagundes Haussen (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)

O artigo analisa a produção e a circulação da informação em três emissoras sul-americanas na web: CBN (Brasil), Mitre (Argentina) e El Espectador (Uruguai) com o objetivo de verificar se a presença das mesmas na rede altera os procedimentos jornalísticos e a interatividade. O trabalho apóia-se no suporte teórico de autores como Castells, Cebrián Herreros e Meditsch, entre outros. Conclui-se que o avanço tecnológico nas emissoras radiofônicas analisadas, embora traga inúmeras possibilidades para uma aproximação mais efetiva da região, ainda não produziu resultados diferenciados na interação com os ouvintes, assim como na produção e na circulação de informações.

set
03

Oficina mostra o conceito de transmídia aplicado aos jogos digitais

Por Thiago Neres

O conceito de transmídia, apontado com uma das tendências para o futuro da comunicação, foi abordado durante uma oficina realizada no segundo dia do Intercom 2011, coordenada pelo professor Luiz Adolfo Andrade, docente do curso de jornalismo e multimeios da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Na ocasião, ele traçou um paralelo entre transmídia e inovação nos jogos digitais e apresentou um jogo desenvolvido pela empresa em que trabalha, inspirado na obra Capitães da Areia, de Jorge Amado.

O pesquisador, que faz doutorado em comunição e estuda cibercultura, explica que transmídia é o processo em que os consumidores de um produto ou informação são influenciados a fazer associações e procurar determinado conteúdo espalhado em diversos ambientes ou mídias. Para ficar mais claro, um exemplo são tramas exploradas em cinema, jogos e livros que acabam completando-se e, juntas, permitindo um entendimento da narrativa transmidiática.

Em seguida, Luiz Adolfo Andrade apresentou a ideia de tecnologia calma, trabalhada por Mark Weiser, em 1991. “É aquela tecnologia sutil, que acaba incorporada ao cotidiano do ser humano e torna-se natural, tal como a escrita, a energia elétrica e os computadores”, afirma. Assim, a informática e as inovações tecnológicas da atualidade contribuíram para uma nova dinâmica de relacionamento entre as pessoas.

É nesse contexto que entram os games pervasivos. A ideia deles é não utilizar consoles, e sim smartphones, web, redes sem fio e dispositivos móveis. “No ano que vem será comemorado o centenário de Jorge Amado. Usamos isso como mote e decidimos transmidiar, com a autorização da família dele e patrocínio de empresas privadas, o conteúdo de Capitães da Areia. Desenvolvemos um ARG (jogo de realidade alternativa) e estamos produzindo outros games, que serão lançados gratuitamente até o final do ano”, finalizou o professor, que também é diretor de atendimento da Porreta Games.

DEPOIMENTOS

Fotógrafo: Thiago Neres

“Achei a oficina muito legal, não sabia exatamente o que era transmídia e nem como o tema seria tratado, mas considero que foi uma experiência positiva e aprendi bastante” (Pedro Vale, estudante de jornalismo da UFRN)

Fotógrafo: Thiago Neres

“Eu trabalho com marketing digital e vim para descobrir mais um braço dessa mídia que pode ser explorado por nós da área de comunicação. O Intercom está trazendo oficinas bem interessantes” (Marcella Rodrigues, estudante de publicidade da UFCE)

set
03

Publicações hipermidiáticas repensam comunicação na web

Fotógrafo: Thiago Neres

Por Thiago Neres

Durante o segundo dia do Intercom 2011, realizado na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), as atividades do evento foram marcadas por uma série de oficinas e minicursos com temas diversos. Entre eles, uma mesa sobre publicações hipermidiáticas, coordenada pela professora Danielle Brasiliense, mestre em comunicação pela Universidade Federal Fluminense e especialista em internet, interface e multimídia, também pela UFF.

A professora e pesquisadora introduziu alguns conceitos e propostas da linguagem hipermidiática, como interatividade e convergência. O hipertexto, caracterizado pela linguagem HTML, que é utilizada para escrever sites na web, deve possuir resolução semântica e links visíveis com caminhos de fácil acesso. “É uma linguagem que depende muito do dialogismo. São elos de significado que se atrelam uns aos outros e formam múltiplos sentidos”, explica Danielle.

Na comunicação, a linguagem hipermidiática contribuiu com o surgimento da web colaborativa, conhecida como web 2.0. “Um dos princípios é promover a participação e o feedback dos usuários, descentralizando a informação dos jornalistas e veículos oficiais. Alguns exemplos são blogs, fóruns e wikis. É importante entender que a organização é essencial para tornar o site funcional”, conclui a professora, citando exemplos de páginas com arquitetura digital deficiente.

set
03

Música e comunicação são temas de minicurso no Intercom 2011

Texto: Milenna Gomes/ Foto: Jessica Pimentel

“Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”. A música é, para o professor universitário Pablo Laignier, como a liberdade do poema de Cecília Meireles: apreciada por todos, mas complexa de significar. Por isso, o condutor do minicurso Música como objetivo de estudo, realizado na manhã deste sábado (3) no Intercom 2011, aconselhou os alunos a não limitarem o entendimento sobre expressões musicais e nem se fecharem para certos gêneros.

A palestra abordou assuntos que foram da teoria musical de Theodor Adorno – sobre a padronização da música - ao assumido estilo pop de Dave Grohl, vocal da banda americana Foo Figthers. A mescla de temas serviu para situar os presentes, público formado, majoritariamente, por pessoas em processo de elaboração de monografias, na realidade de uma pesquisa acadêmica. “Não dá para fazer um trabalho desse nível de um dia apara o outro. É preciso estar por dentro de vários assuntos, ler tudo e muito”, explicou Laignier, que também é doutorando da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em um momento do minicurso.

O professor deixou claro acreditar no poder da música como discurso social e esse conceito foi bem assimilado por quem ouviu suas palavras. “A palestra me ajudou a repensar a música enquanto comunicação infantil”, contou Andrei Müzel, jovem que pesquisa produção cultural na infância.

Para os interessados em fazer trabalhos em comunicação tendo a música como objeto de estudo, o Laignier enfatizou pontos importantes do campo atual. Um deles é a possibilidade de encontrar personagens históricos da música ainda vivos, visto que essa área sofreu uma ebulição dos anos 70 para cá. Há, ainda, a internet, meio com o qual os artistas se relacionam de forma intensa e direta, proporcionando ao pesquisador material interessante e de qualidade. Pesquisar ficou muito mais fácil.

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