set
03

Novas visões sobre o futebol na América Latina é tema de oficina no Intercom

Texto: Diego Ximenes/Foto: Leonardo Alexandre

Na sala 401 do bloco G4 da Universidade Católica de Pernambuco foi realizada, na manhã deste sábado (3), a oficina de Jornalismo Esportivo e Coberturas da Copa do Mundo. A palestra faz parte do primeiro dia oficial do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011. Ministrada pelo pesquisador de comunicação Álvaro Graça, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a oficina abordou a dinâmica do futebol, desde o final do século19 até como é atualmente.

Álvaro Graça começou a oficina mostrando um pouco da história do esporte, que ganhou regras e dimensões na Inglaterra, em uma era movida pela Revolução Industrial. No desenvolvimento do futebol pelo mundo, o palestrante fez alusão à importância do estrangeiro colonizador da época. Se não fosse pela figura do homem que veio de fora, o futebol demoraria mais ainda a chegar em algumas localidades.

“O futebol foi praticado e trazido pelos imigrantes. A importância deles é muito válida nos grandes centros, onde hoje o esporte é mais praticado. Principalmente os ingleses que, na América do Sul, criaram vários times, muitos dos quais ainda existem”, destacou Álvaro.

Na palestra, também foram abordadas algumas conjunturas das transmissões da Copa do Mundo e as relações do futebol na América Latina. Sobre o esporte nos três continentes, Álvaro afirmou que existem ideologias sobre as formas de jogo em cada país. Até porque, com o avanço das mídias sociais e com o intercâmbio de jogadores, essa ideia, fomentada por muitos jornalistas, não existe mais. “Dizem que o Brasil é o país do futebol arte e a Argentina é onde se joga mais forte. Não existe mais  isso hoje. Todos sabem como um ou outro joga e têm acesso as diversas formas de se jogar futebol. Elas podem ser adotadas e anexadas ao que já sabe, fazendo assim uma mistura de habilidades no campo”, afirmou o pesquisador.

set
03

Oficina mostra detalhes do telejornalismo pernambucano

Por Maiara Melo

O XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011 promoveu neste sábado (3), das 9h às 12h, a oficina Na Telinha: A experiência prática na TV pernambucana, da produção ao repórter, com a participação dos jornalistas Andrea Trigueiro (Faculdade Maurício de Nassau), Washington Gurgel (SBT) e Marjones Pinheiro (Globo Nordeste). Profissionalismo, mercado de trabalho e apuração foram alguns dos temas abordados.

Foto: Mauro Miranda

O universo do jornalismo televisivo foi explorado dos vários pontos existentes, desde a produção, construção de um programa até como fazer uma reportagem. Vídeos e experiências pessoais serviram para mostrar como funciona esse universo. O produtor Washinton Gurgel falou da importância de um profissional multifuncional. “Não dá para ser apenas uma coisa. As empresas te chamam quando sentem a necessidade”, disse.

Foto: Mauro Miranda

Andrea Trigueiro, completando a ideia, enfatizou como esse profissional é utilizado no mercado de trabalho. “O multimídia tem mais chance de ser contratado, por que ele pode não ser o melhor em apenas um segmento, mas se desenrola em vários. E isso é o que atrai”, afirmou. Trigueiro falou também sobre a forma correta de apurar uma notícia. Em uma dinâmica com o grupo, foi possível ver a facilidade de acontecer o efeito Telefone sem fio, mostrando a importância de uma boa apuração.

Marjones explorou a importância da equipe e do repórter. Como exemplo, citou uma matéria que ele fez exemplificando a função que cada pessoa da equipe ocupou e como elss influenciaram no resultado final. “Enquanto eu ia ao local, uma parte da equipe já estava lá pegando imagens, o produtor ficou entrevistando uma fonte pelo celular e o câmera estava resolvendo questões da iluminação. Só foi possível fazer a reportagem por que trabalhamos em equipe”, ressaltou.

Foto: Rapha Oliveira

Os alunos puderam colocar em prática o que viram na oficina. Eles tiveram que fazer um Stand Up na área externa da Universidade. “Essa é a primeira vez que eu participo do Intercom e fiquei impressionado, por que eu não sabia que nós veríamos na prática o que aprendemos, que estaríamos na rua. Está sendo maravilhoso”, disse Jadnaelson Souza, estudante do 6º período de jornalismo da Universidade do Estado da Bahia.

Foto: Rapha Oliveira

set
03

Colóquio Acadêmico do Intercom promove debates sobre os rumos da comunicação

Texto: Tércio Amaral / Fotos: Micaella Pereira

Um misto de cultura, ciência, saúde e conhecimento epistemológico. Esses foram os eixos principais da apresentação dos trabalhados selecionados para a os prêmios Vera Giagrande, Francisco Morel e Freitas Nobre. A apresentação dos 10 trabalhos selecionados na manhã deste sábado (3) surpreendeu a coordenadora do Colóquio Acadêmico e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rosa Maria Dalla Costa.

“A cada ano, os trabalhos demonstram o crescimento intelectual dos estudos da comunicação no Brasil. Hoje à noite, após a reunião da banca de avaliadores, estes trabalhos serão premiados”, comentou Rosa Maria. Além da professora, outros acadêmicos de peso estão analisando estes trabalhos que foram selecionados no Intercom do ano passado, em Caxias do Sul, em diversas categorias. Estiveram na banca de avaliadores Giovandro Marcus Ferreira (UFBA), Maria Salett Tauk Santos (UFRPE) e Mônica Cristine Fort (PUC-SP).

“Participam deste prêmio os trabalhos produzidos por mestres, doutores e até estudantes de graduação. Para eles chegarem até aqui precisam ser indicados pelos avaliadores de categorias, como o Intercom Júnior”, frisa Rosa. Os artigos apresentados hoje tiveram como uma característica em comum: pensar a comunicação como um meio estratégico, seja ela na esfera do leitor, da empresa de comunicação ou da sociedade como um todo.

O trabalho “O senso comum e o conhecimento cientifico nos discursos midiáticos: análise do primeiro mês da campanha de vacinação contra a influenza H1N1”, de autoria de Igor Sacramento (UFRJ) e Kátia Lemer (Fiocruz/RJ) propôs a análise da representação discursiva dos jornais impressos brasileiros a respeito de temas que, a priori, deveriam estar apenas na esfera da saúde pública. “A Influenza era um problema de ordem epidemiológica. Mas, por conta dos comentários dos especialistas em jornais e mesmo da opinião pública se tornou um caso midiático”, comenta.

O estudo foi desenvolvido pelo Observatório de Saúde da Mídia (OSM) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Nosso objetivo neste centro é avaliar como as notícias sobre saúde pública foram veiculadas nos meios de comunicação em março de 2010. No caso da Influenza, por exemplo, o recurso à vacina tornou-se sinônimo de arma bélica”, conta Igor. Por outro lado, segundo ele, a polêmica sobre a eficácia do recursos também tiveram seus questionamentos. “Muitos jornais também duvidavam da eficácia da vacina. Era uma posição dicotômica embasada justamente no discurso dos profissionais de saúde, que não tinham um consenso sobre o tema”.

Confira a seguir os trabalhos que poderão ser premiados hoje à noite

Prêmio Vera Giagrande

O design e a comunicação na Revista Madrugada (1926)

Amanda Jansson Breitsameter e Ana Cláudia Grusznski (UFRGS)

Novas práticas políticas: os coletivos juvenis e as tecnologias digitais

Ana Kelson Batinga de Mendonça e Rita de Cássia Alves (PUC-SP)

Rádio e tecnologia: panorama da utilização da multimídialidade, hipertextualidade e interatividade nos sites de emissoras da Grande Porto Alegre

Gustavo Mengusso, Josiane Aparecida Canterle, Morgana Fischer, Rosceli Koechhann e Débora Cristina Lopes (UFSM)

Prêmio Francisco Morel

Comunicação Organizacional na mídia digital: a Cauda Longa da Informação gerada após o lançamento do Blog Corporativo Fatos e Dados da Petrobrás

Elisangela Lasta (UFSM)

A pornochanchada: uma revolução sexual à brasileira

Luiz Paulo Gomes Neves

Leitura, questão semiótica

Reuben da Cunha Rocha (USP)

Cognição e percepção nos Alternate Reality Games

Thatiane Moreira de Oliveira (UFF)

Prêmio Freitas Nobre

O senso comum e o conhecimento científico nos discursos midiáticos: análise do primeiro mês da campanha de vacinação contra a Influenza H1N1

Igor Sacramento (UFRJ) e Kátia Lerner (Fiocruz)

O negócio da música – como os gêneros musicais articulam estratégias de comunicação para o consumo cultural

Nadja Vladi Cardoso Gumes (UFBA)

As dinâmicas do social game Farmville e o processo de identificação

Rebeca da Cunha Recuero Rebs (Unisinos)

set
03

Minicursos oferecem programação eclética no Intercom 2011

Texto: Erick Silva/ Fotos: Leonardo Alexandre

Na manhã deste sábado (03) ocorreram os primeiros minicursos  do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011. As aulas ofereceram a profissionais da área, e interessados, diversos panoramas da comunicação.

Um dos cursos oferecidos foi o de Planejamento de Campanha Publicitária, ministrado pela professora Patrícia Saldanha, da Universidade Federal Fluminense (UFF), na sala 501 do bloco G4. Ponto fundamental durante a apresentação desse tema foi a explicação a respeito do briefing, visto que o primeiro passo para um bom planejamento é a elaboração de um check list completo. Patrícia frisou que tudo isso necessita de dados objetivos. Mas, acima de tudo, afirmou: “Saiba ouvir seu cliente, pois o planejamento também é um relacionamento de fidelidade com este”. Além disso, Saldanha contextualizou ainda períodos históricos, como quando o planejamento tornou-se disciplina na Inglaterra, no início dos anos 80, até as formas mais articuladas da propaganda, na forma de envolver o consumidor.

Já na sala 602, também no bloco G4, foi ministrado o minicurso Marketing Político com foco no Marketing Eleitoral, ministrado pela professora Thelma Guerra, da Universidade Católica de Pernambuco. Grande destaque foi quando ela apresentou os princípios estratégicos do marketing político, entre eles o conhecimento do eleitor e a melhor forma de conquistar sua mente, a associação da imagem do candidato ao perfil desejado pela população, a não demonstração de incoerência entre discursos do passado e do presente, entre outras características desse meio. O que deixou a aula mais interessante foram os exemplos práticos dados por Thelma, o que ajudou a deixar os conceitos mais nítidos. Ela, inclusive, citou um velho pré(conceito) a respeito do assunto: “Não odeiem a política, pois nossa vida é baseada nela”. Para um conhecimento mais biográfico, foi mencionado, inclusive, o livro Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda. Por fim, foi ressaltada a importância de se vencer os debates, ferramentas úteis para o candidato e o eleitor.

Ainda na manhã deste sábado, foi ministrado o minicurso Leitura de Jornalismo Científico, pelo professor Ricardo Henrique Almeida Dias, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na sala 504 do bloco G4. Entre os métodos de leitura desse tipo de publicação, Ricardo aproveitou para dialogar sobre a importância do estudo das teorias e das traduções feitas a partir de publicações científicas. O ideal, segundo ele, é realizar entrevistas com fontes próximas ao leitor e, se possível, contextualizar determinado assunto com a ciência local, possibilitando, assim, uma utilidade maior.

Essas foram apenas pequenas amostras de como o Intercom está interagindo com diversos segmentos na área de comunicação, e como elas podem servir de parâmetro para o que é feito em nosso cotidiano.

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03

Técnica de animação fotográfica é tema de oficina

Por Priscila Miranda /Fotos: Danilo Galvão

O Stop Motion, que na tradução significa “movimento parado”, é uma técnica fotográfica feita quadro a quadro por uma câmera fotográfica. O tema foi abordado nesta manhã no estúdio de fotografia da Universidade Católica de Pernambuco, no primeiro dia das oficinas do Intercom 2011. As professoras Ana Farache e Nara Normande explicaram as técnicas utilizadas pelo homem desde o tempo da Pré-história para representar o movimento. “A história da animação é até mais antiga que a do cinema”, conta Nara.

Os frames, ou quadros, são usados na montagem do Stop Motion e bastante utilizados pela indústria do entretenimento e por produções caseiras. O processo de captação dos movimentos, tanto do olho humano como das lentes fotográficas e cinematográficas, foi mostrado pelas professoras.

Ao final da oficina, os 13 participantes tiveram a oportunidade de fazer a própria animação de Stop Motion. Eles simularam uma corrida de carros, fotografando frame a frame. A aluna do curso de Relações Públicas da Unesp de Bauru-SP Carolina Dias Frey, 20 anos, conta que achou muito diferente a ideia desse tipo de animação. “Eu já tinha ouvido falar do Stop Motion, mas não sabia que existia um programa de edição específico para ele. Adorei a oficina, muito legal mesmo.”

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