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Recife, 28 de agosto de 2009 - Ano 8

Católica apresenta Cátedra Dom Helder de Direitos Humanos com a presença do Arcebispo de Olinda e Recife
Tiago Cisneiros
Assessoria de Comunicação - Unicap

A Universidade Católica de Pernambuco apresentou, oficialmente, nesta quinta-feira (27), a Cátedra Unesco-Unicap Dom Helder Câmara de Direitos Humanos. A solenidade aconteceu no Salão Nobre da instituição, das 17h às 18h, e foi prestigiada pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, pelo presidente do Conselho Episcopal Latinoamericano (Celan), Dom Raymundo Damasceno, Bispos, Padres, professores e representantes de entidades civis. O evento marcou, também, uma homenagem ao centenário de nascimento e aos dez anos de morte de Dom Helder, além das cinco décadas de funcionamento do curso de Direito da Católica.  

A Cátedra Dom Helder Câmara de Direitos Humanos fundamenta-se em uma parceria da Católica com a Unesco, através do Programa de Cátedras do órgão, que pretende fortalecer o Ensino Superior nos países em desenvolvimento. Esta é a 26ª cátedra implementada no Brasil e a segunda na região Nordeste. Com a novidade, a Unicap une-se à Universidade de São Paulo (USP) como as únicas instituições do país com cátedras voltadas para a temática dos direitos humanos. 

O evento de apresentação da cátedra foi aberto pelo coordenador do curso de História da Católica, professor Luiz Carlos Luz Marques, especialista na vida e obra do ex-Arcebispo de Olinda e Recife e organizador do livro “Cartas Conciliares de Dom Helder Câmara”. Antes de passar a palavra, convidou à mesa da cerimônia o Reitor da Universidade, Padre Pedro Rubens; o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; o presidente do Conselho Episcopal Latinoamericano (Celan), Dom Raymundo Damasceno; o Bispo de Caruaru, Dom Bernardino Macchió; o secretário geral da Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Genival Saraiva; e as representantes do Instituto Dom Helder Câmara Lucinha Moreira (presidente) e Marieta Borges. 

O Reitor, Padre Pedro Rubens, fez um breve pronunciamento, durante o qual declarou que a Universidade Católica de Pernambuco está a serviço dos projetos sociais da Arquidiocese de Olinda e Recife. Em seguida, recordou o nascimento da instituição, há 58 anos, destacando o papel da comunidade pernambucana e da colaboração de jesuítas e leigos na concretização do projeto. Sobre a função da Universidade, definiu: “Aqui é um lugar de Igreja e, também, de diálogo com toda a sociedade”.  

Em um segundo momento, Padre Pedro Rubens explicou a relação de Dom Helder com a Universidade e os motivos da escolha do ex-Arcebispo para batizar a cátedra em direitos humanos. “É claro que ele veio para ficar, mas a nossa opção deve-se, também, a atos concretos de ligação com a Católica”, afirmou. Com base em um livro do jornalista Ricardo Noblat, ex-aluno da instituição, relatou o episódio em que Dom Helder se uniu a estudantes no térreo do bloco A durante um cerco da polícia ao prédio, em 27 de junho de 1968. “Havia cerca de 300 soldados na Rua do Príncipe, apenas, esperando uma ordem para invadir. Aos poucos, foi passando entre eles uma mancha pequena, dizendo ‘com licença, boa noite’ ao passar por cada militar. Em seguida, diante dos universitários, subiu em uma cadeira e afirmou: ‘Eu vim para ficar ao seu lado. Alegro-me que padres, professores e operários estejam com vocês, pois sua luta é a luta do povo’”, detalhou. Por fim, o Dom da Paz reuniu-se com governantes e obteve o fim do cerco e a libertação de nove estudantes. 

A história foi definida pelo Reitor como o primeiro ato concreto na relação de Dom Helder com a Católica. O segundo teria sido a concessão do título de Doutor Honoris Causa ao ex-Arcebispo, em 1983. O último ponto seria o conjunto de ações da Universidade desde 2008, isto é, a organização de um seminário de preparação para o centenário do religioso (comemorado em 2009), a instalação de um painel com a sua imagem na fachada do bloco A – de frente à Rua do Príncipe – e, por fim, o anúncio da Cátedra Dom Helder de Direitos Humanos. “Este evento atesta a ligação do Recife e Olinda ao ‘pequeno grande homem’. Espero que esta terra seja a pátria dos direitos humanos, conseguindo a universalidade que Dom Helder tinha”, concluiu. 

O responsável pela Cátedra Dom Helder de Direitos Humanos, professor Jayme Benvenuto, expressou a satisfação por assumir o cargo de catedrático e agradeceu ao Reitor da Católica pela confiança. Lembrou, também, que o projeto foi elaborado em conjunto com a diretora do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Unicap, professora Mirian de Sá Pereira, e o coordenador do curso de Direito, professor Marcelo Labanca. Em seguida, destacou que Dom Helder, no momento de receber o título de Doutor Honoris Causa, propôs a criação de uma cadeira de justiça que se articulasse com pessoas e órgãos de várias universidades, a fim de “ajudar o Brasil a viver, com dignidade e, possivelmente, com proveito”. Por fim, detalhou os objetivos e plano de funcionamento da cátedra (confira as explicações adiante, no texto intitulado “O que é a Cátedra?)”. 

Convidado pelo Padre Pedro Rubens, o Arcebispo de Olinda e Recife fez um breve discurso de parabenização à iniciativa da Católica. “Essa cátedra vai confirmar o que Dom Helder tanto pregou e motivar as ações voltadas aos direitos humanos. Depois de toda a grande luta e empenho, ele deve estar nos céus, agradecendo a Deus por um espaço tão marcante”, disse. Recordou que, quando ocupou o cargo de Bispo Auxiliar da Arquidiocese, desenvolveu, em parceria com a Universidade, um trabalho social na comunidade da Ilha de Deus. “A instituição sempre teve um papel muito importante na defesa dos pequenos e, hoje, temos esse momento de concretização. Deixo a Arquidiocese à disposição para a realização dessas obras.”No encerramento do evento, o Reitor da Unicap frisou a importância da apresentação da Cátedra Dom Helder de Direitos Humanos: “Neste dia, estamos promovendo um ato de imortalização pelas causas a que ele deu toda a vida”.

Por fim, os presentes participaram de um coquetel, animado pelos integrantes dos grupos artísticos da Católica Percy Marques e Genílson Pontes, que tocaram clássicos da Música Popular Brasileira.

Depoimentos e Opiniões

Arcebispo Dom Fernando Saburido, sobre a importância da inclusão do nome de Dom Helder na Universidade: “Ele foi um homem corajoso e muito dedicado aos estudantes, sempre no combate às injustiças. Com a cátedra, esse exemplo será muito marcante, despertando a juventude para a defesa dos direitos humanos”.  

Arcebispo, sobre as perspectivas de trabalhos sociais da Arquidiocese de Olinda e Recife em parceria com a Católica: “Nós temos vários projetos sociais e pretendemos desenvolvê-los, a fim de ampliar e alcançar as regiões mais sofridas, ajudando as pessoas carentes”. 

Reitor da Católica, Padre Pedro Rubens, sobre o significado da cátedra no estado: “A Cátedra quer ser uma imortalização da figura de Dom Helder como defensor dos direitos humanos e o pioneirismo de Pernambuco nesse campo”. 

Pró-reitor Comunitário da Católica, Padre Miguel Martins, sobre as possibilidades de atuação social a partir da cátedra: “Isso tem tudo a ver com respeito à vida e promoção da dignidade. Nós, como uma universidade comunitária, somos movidos pelo desejo da promoção da vida, por tudo o que Dom Helder lutou. A inspiração é, sempre, o Cristianismo, a figura de Cristo que vemos em Dom Helder. O nosso trabalho está em sintonia com a Igreja e a criação da Cátedra de Direitos Humanos é um passo fantástico”. 

Assessor de Assuntos Institucionais e Internacionais da Católica, professor Thales Castro, sobre as possíveis mudanças geradas pela cátedra: “Essa cátedra, que tem a chancela da Unesco, coloca Pernambuco e a Universidade no centro do Brasil e do mundo como marco na defesa, promoção e reconhecimento dos direitos humanos”. 

Coordenadora da Assessoria de Treinamento, Estágio, Pesquisa e Integração (Astepi) da Católica, professora Maria Rita Holanda, sobre a influência da cátedra nas ações sociais dos núcleos de assistência da Católica: “Existe um grupo articulado com a Prefeitura do Recife para atender às demandas de gênero (mulher e homofobia), oferecendo assistência jurídica preventiva e de resolução. A cátedra, sem dúvida, vai fortalecer o papel da Astepi na sociedade pernambucana”. 

Bispo de Caruaru, Bernardino Macchió, sobre o significado da cátedra para o desenvolvimento social em Pernambuco e no Nordeste: “Acredito que o estado teve o privilégio de ser palco da atuação de Dom Helder. Devemos aproveitar o momento para levantar as bandeiras de paz, justiça e fraternidade e transformar os seus sonhos em vida”. 

Catedrático de Direitos Humanos da Católica, professor Jayme Benvenuto, sobre o desafio do cargo: “O grande desafio é ir além dos muros da Universidade, com a qualificação na área de direitos humanos, nos campos da pesquisa, ensino e extensão. A missão é levar a discussão para a comunidade como um todo, ampliar o espaço de debate com o governo e grupos de sociedade civil”. 

O que é a Cátedra?

O professor Jayme Benvenuto explicou, durante o evento, o funcionamento da Cátedra Unesco-Unicap Dom Helder Câmara de Direitos Humanos. Seguindo o objetivo geral de realizar atividades integradas de pesquisa, ensino, extensão, informação e documentação na área de direitos humanos, foram estabelecidas diversas propostas. Entre elas, estão: 

- Adoção de conteúdos e disciplinas de direitos humanos nos cursos de graduação e pós-graduação (inclusive criação da cadeira “Direitos Humanos”).

- Desenvolvimento de projetos sociais de inclusão, na perspectiva dos direitos humanos.

- Produção e difusão de conhecimentos a respeito dos direitos humanos, incluindo metodologias e recursos pedagógicos apropriados.

- Capacitação de representantes dos governos federal, estadual e municipal para ampliar as possibilidades de adoção da perspectiva humanista na execução das políticas públicas.

- Capacitação de professores e alunos de escolas públicas e particulares de Ensino Médio em direitos humanos.

- Produção de um programa mensal de televisão, repercutindo temas relacionados aos direitos humanos (a princípio, veiculado pela internet).

- Criação de curso interdisciplinar em direitos humanos para gestores públicos.

- Ampliação do acervo da Biblioteca da Católica em matéria de direitos humanos (criação do Espaço Dom Helder).

- Bolsas a alunos e professores visitantes.

- Realização da Semana de Direitos Humanos a cada dois anos (primeira edição em 2008).

- Atendimento pela Astepi na perspectiva de direitos humanos.

- Cursos de capacitação em gênero para policiais, operadores e multiplicadores.

- Curso contra a homofobia para policiais civis e militares.

- Criação do Portal da Cátedra (internet), com artigos, informações, blog, catálogos de livros e vídeos e legislação sobre direitos humanos.

- Criação de um núcleo de estudos especializado em gênero, enfrentamento à violência contra mulher e direitos humanos. 

Todas essas ações devem ser desenvolvidas com o apoio das parceiras da Católica na implementação da Cátedra Dom Helder de Direitos Humanos. Atualmente, existem acordos com a Federação Internacional de Universidades Católicas (Fiuc), o Instituto Dom Helder Câmara (Idhec), o Governo de Pernambuco (através da Secretaria Estadual Executiva de Justiça e Direitos Humanos e da Secretaria Especial da Mulher) e a Prefeitura do Recife (através da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã). Novas linhas de cooperação estão sendo estabelecidas, como, por exemplo, com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), a Universidade das Nações Unidas e as cátedras da Unesco no Brasil.

Cineclube Revezes promove palestra sobre Roteiros Cinematográficos
Rebeca Kramer
Assessoria de Comunicação - Unicap

“Esse semestre, o Revezes optou por realizar palestras sobre os elementos do cinema, como, por exemplo, roteiro, produção e edição. O objetivo é fazer com que o espectador entenda todas as terminologias relacionadas a uma produção cinematográfica e compreender o que cada agente de um filme, como produtores, roteiristas e diretores atuam na intenção de passar a ideia que gostariam”, afirmou um dos integrantes do grupo Revezes da Unicap, o estudante de Jornalismo Otávio Portugal. Então, a fim de corresponder a essas expectativas, o diretor e roteirista Eric Laurence foi convidado para ministrar a palestra “Roteiro Cinematográfico”. O encontro, realizado na noite desta quinta - feira (27), na sala 510 do bloco A, contou ainda com a exibição do curta-metragem de 15 minutos “Entre Paredes”, produção do próprio palestrante. 

O elenco do filme é composto pelos atores Hermila Guedes e Servílio de Hollanda, que interpretam um casal do interior em crise devido ao ciúme exagerado do marido pela esposa. A trama, minuciosamente elaborada por Eric Laurence, utiliza-se, bastante, de elementos semióticos, ao produzir indícios do que estaria, realmente, acontecendo, ou por acontecer na história. Assim, o audiovisual acaba fazendo toda a diferença. “O processo é exaustivo e nada é filmado gratuitamente”, afirmou Eric. Sobre o filme “Entre Paredes”, premiado no 33º Festival de Gramado, o diretor afirmou: “Fiz o filme que sempre sonhei em fazer”.

A História por palavras

Um monte de gente descascando mandioca. E lá está o casal principal da trama, incluindo alguns peões fortes e musculosos que não param de olhar para a moça casada. Ela tem um decote tão grande, um volume tão grande nas partes. Será que ela está correspondendo às sedutoras piscadelas dos rapazes? Ela olha o horizonte, sempre pra frente. Quem vai saber? 

João, cabra macho, ciumento que só ele, olha, vê, enxerga, observa tudo e mais um pouco. Uma raiva e um desejo de posse sobre aquela mulher pairam sobre ele. E, repentinamente, enquanto corta um tronco de árvore, está o marido a devanear. Primeiro, imagina a esposa lavando as roupas sujas no rio. Os decotes lá. E, então, logo percebe que ela não está só. Em seu sonho, ou pesadelo, ela aparece sequencialmente nua nas águas do rio com aquele peão. Será somente ciúmes? Será que se repete com João a mesma problemática observada em “Capitu”, obra de Machado de Assis, cujo marido, ao abstrair que o filho se parece muito mais com o vizinho do que com ele mesmo, revolta-se contra o amor que a esposa, em matrimônio, jurou manter por ele? Os ciúmes cegam uma pessoa? 

Completamente enraivecido com a cena que produzira mentalmente, João, o marido entendido-se como traído, tem uma ideia que, para ele, naquele momento, seria a melhor solução: quando a mulher fosse dormir, trancaria moça no quarto. Fecharia a porta com tijolos e cimento. Dito e Feito. O marido entrou em transe. O dia amanheceu. A mulher gritava: “João, João, me tira daqui!”. E ele, nada. O complexo psicótico estava no auge. João estava tão neurótico que até se masturbar em frente à porta recoberta por tijolos era uma medida para tentar desabafar sua insanidade. 

Passados alguns dias, João tomou por certa a morte da sua esposa. O silêncio fez-se lei no quarto daquela mulher que, anteriormente, só fazia gritar por socorro. Ao não conseguir quebrar os tijolos e poder ter acesso ao quarto, o rapaz teve um troço: decidiu fechar-se dentro da própria casa e, assim, ali dentro sucumbir. Assim ele o fez. Ao final, a última cena mostraria o destino da moça: alguns telhados da casa fora do lugar. Ele havia esquecido que o ser- humano, instintivamente, luta pela sobrevivência.

Quinta em Ritmo e Poesia conta com a presença de poeta, de grupo de teatro e do Arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido
Rebeca Kramer
Assessoria de Comunicação - Unicap

O Quinta em Ritmo e Poesia trouxe, ao hall do bloco G da Universidade Católica, mais um espetáculo da literatura regional. Na tarde desta quinta-feira (27), o poeta e declamador popular Chico Pedrosa lançou o seu DVD também na instituição e foi prestigiado pela apresentação de um grupo de jovens artistas de Paudalho, do grupo de teatro Kascabuio, que interpretou poemas de Jessier Quirino. Na ocasião, o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, que havia participado de uma homenagem da Católica aos 10 anos de morte de Dom Helder Câmara, foi prestigiado pela poesia “Briga na Procissão”, declamada por Chico Pedrosa.

De acordo com a coordenadora do curso de Letras, professora Haidée Camelo, o objetivo do projeto, que já existe há dois anos, é aproximar, ao máximo, o artista da terra à comunidade universitária. “A grande proposta do Quinta em Ritmo e Poesia é a revelação de talentos da própria Universidade, também. Aqui, sempre encontramos muitos cantores, tocadores, muitos artistas”, destacou.

Segundo Chico Pedrosa, o mais importante para ele, com a elaboração do DVD, foi divulgar o trabalho de Jessier Quirino, filho adotivo que ajudou a criar, assim como o do poeta Zé Laurentino. “Este DVD é o meu primeiro, e ele foi gravado em 4 abril, no Teatro de Santa Isabel. É produção de primeira, com 75 minutos de causos e contos. Espero que venham outros também”, brincou.

O poeta de Guarabira, cidade de João Pessoa, revelou ter-se descoberto muito jovem na arte do repente, dos cordeis, da cultura popular. Com o pai, Avelino Pedro Galvão, já inserido nesse universo e sempre com a casa cheia de cantadores e poetas, Chico foi descobrindo, aos poucos, um dom que veio de família. “Vivo da minha poesia. Escrevo meus cordeis, eu mesmo os publico, sou vendedor do meu próprio trabalho”, ressaltou Chico.

Chico, que veio pela terceira vez participar do Quinta em Ritmo e Poesia da Universidade Católica, ainda comentou que faz sua poesia partindo de situações do dia- a- dia que desviam a sua atenção para aquilo. “Acabei de escrever para a Ensinamento Editora, gráfica de Brasília, um cordel falando sobre o sonho, a construção, a imaginação dentro do tema da cidade de Brasília. Escrevi 32 páginas, as quais vão para um livro com 400 páginas, obra feita somente por poetas populares. E, o interessante, é que o dono dela é um pernambucano de Itabira, o Antonio de Pádua”, afirmou.

Na ocasião, o grupo Kascabuio, que é composto por 15 pessoas, colocou em cena alguns poemas do Paisagem de interior, de Jessier Quirino, em homenagem ao poeta Chico Pedrosa. Para o grupo, Paisagem teria a incrível capacidade de descrever, em versos, as tramas e os atores da cena interiorana. Para os integrantes do Kascabuio, o lema é defender a ideia uma vez disseminada pelo poeta João Cabral de Melo Neto de que “há poemas que pedem para ser ditos em voz alta”. Afinal, a poesia de Jessier Quirino seria assim, por não se contentar com leitura silenciosa e por transbordar-se numa oralidade compulsória. “Uma poesia que, por sua própria natureza, quer se mostrar, pede palco e público”.

Segundo Danielly de Oliveira, que é estudante de Letras da Universidade e irmã do produtor do grupo de teatro Diogo Porfírio, o contato para a apresentação do Kascabuio foi diretamente feito entre ela e a professora Haidée. “O projeto já existe há cinco anos e, normalmente, para os ensaios, eles reúnem-se em Paudalho mesmo, como no Clube Lenhadores ou no Teatro Municipal”, revelou.

Curso de Serviço Social promove primeiro Fórum de Formação Política
Rebeca Kramer
Assessoria de Comunicação - Unicap

O curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pernambuco promoveu, na noite desta quinta - feira (27), o primeiro Fórum de Formação Política. Com a comissão organizadora formada pelos professores Edijéce Martins, Vera Borges e Sandra Carla de Lima, o objetivo dos encontros serão o de discutir e estudar questões relacionadas às políticas das sociedades contemporâneas. O evento, que aconteceu no auditório do bloco J, deverá ainda constar de mais duas reuniões neste semestre, nos meses de setembro e novembro. Neste primeiro encontro, além de se debatr o objetivo da iniciativa do Fórum, o evento ainda contou com a participação do cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco Michel Zaidan para falar sobre Movimentos Estudantis.

De acordo com Michel Zaidan, o jovem de hoje não seria mais nem menos interessado pela política. Em outras palavras, as utopias ainda não foram perdidas. Ele falou de uma política muito mais participativa do que, propriamente, militante, quando as pessoas saíam às ruas e reivindicavam os seus direitos. Para o cientista, os jovens, hoje, encontram muito mais espontaneidade para dialogar acerca de seus direitos em reuniões mais informais. “A preocupação dos jovens com a política está sendo pulverizada. Ele tem a noção do bom e do mau político, mas, acontece que, diferente da época da ditadura, quando a juventude abdicava de sua vida pessoal, como relacionamentos e trabalho, hoje, as pessoas estão muito mais voltadas para o privado do que o público”, explicou.

Para a professora Vera Borges, a mídia veio causar a ilusão de que a informação seria sinônimo de formação política. E o jovem, dessa forma, sentiria-se como numa panela de pressão, com acesso a muitas novidades. “Acredito que perdemos um pouco da noção dos problemas da cidade por sermos obrigados a processar e reprocessar essas informações. E, supostamente, como diria Habermas, o cidadão não teria mais tempo para a formação política, porque haveria o tempo programado para a informação e só para ela, mas não para o debate”, afirmou Vera.

Ainda segundo Vera Borges, o estímulo para a criação do Fórum seria a demanda dos alunos da pós-graduação em Ciência Política e dos alunos da graduação de Serviço Social. “Os alunos reclamavam de a sala de aula ser o único espaço para as atividades. Então, decidimos transitar com as discussões de troca de conhecimento também nesse outro momento, onde abordaremos, sobretudo, economia e política”, relatou.

De acordo com a professora do curso de Serviço Social Vitória Machado, a intenção é que os encontros aconteçam quatro vezes por semestre. “Em 2009.2 não acontecerão, de fato, as quatro reuniões por conta do grande número de programações que a Universidade promoverá ainda neste ano”, comentou.

Minicurso sobre Carl Schmitt termina com lançamento de livro sobre o autor
Tiago Cisneiros
Assessoria de Comunicação - Unicap

O último dia do minicurso “A Filosofia Jurídico-política de Carl Schmitt” foi voltado para o lançamento do livro “Carl Schmitt contra o Império”, organizado pelos professores Danilo Vaz-Curado e Luiz Vicente Vieira (que ministrou a aula desta quinta-feira). A obra, que reúne textos escritos pelo jurista alemão, sintetiza grande parte de suas análises políticas e tem a ilustração de capa com assinatura do estudante do curso de Publicidade da Católica Rafael Martins.  

Durante o encontro, Luiz Vicente Vieira leu e analisou alguns artigos do livro, explicando-os com base nos conceitos e ideias schmittianas e tecendo relações com os cenários sociais, políticos e jurídicos de diversas fases da história. Entre os pontos abordados, esteve o dilema implícito no contato de Estado e sociedade, a partir da questão da liberdade individual. 

O livro foi vendido durante os três de minicurso, por R$ 15. O valor será mantido para o próximo curso promovido pelo Grupo Hegel, nos dias 7, 8 e 9 de setembro (veja a reportagem “Grupo Hegel Unicap promove minicurso sobre Filosofia do Direito”, de Tiago Cisneiros). Na Livraria Cultura e na livraria da Universidade Federal de Pernambuco, a publicação está sendo comercializada por R$ 20.

Começa segunda-feira o II Simpósio de Ciências Biológicas
Rebeca Kramer e André Amorim
Assessoria de Comunicação - Unicap

O Centro de Ciências Biológicas e Saúde da Universidade Católica de Pernambuco (CCBS) irá promover, entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro, o II Simpósio de Ciências Biológicas (II SIMCBIO), com o tema: “Evolução Biológica: Fatos e Teorias”. O evento ocorrerá em homenagem aos 200 anos de nascimento de Charles Darwin e aos 150 anos da publicação de sua teoria – “Origem das Espécies”. Além disso, os biólogos comemoram 30 anos de profissão regulamentada.

A abertura do evento será realizada pelo Reitor, Padre Pedro Rubens, no dia 31, às 19h30, no auditório G1 da Universidade. Em seguida, o coordenador do Mestrado em Ciências da Religião, Gilbraz Aragão, fará a conferência de abertura “Evolução rima com criação”. Ao todo serão realizadas mais de 15 atividades entre conferências, mesas-redondas, palestras e minicursos, Além disso, uma gincana também será realizada com os inscritos. O objetivo da brincadeira é arrecadar livros, roupas, brinquedos e alimentos para doação. Mais informações no site www.unicap.br

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