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Boletim UnicapRecife, 21 de agosto de 2009 - Ano 8 Católica premia jovens cientistas
O primeiro lugar geral da 11ª Jornada de Iniciação Científica da Católica, realizada de 17 a 21 de agosto, ficou com uma aluna da área das Engenharias. A estudante de Engenharia Civil Maria Eduarda Maia Ferreira Gomes foi a vencedora. Ela apresentou a pesquisa intitulada Pilares de alvenaria utilizando redes neurais artificiais e teve como orientador o professor Fernando Artur Nogueira Silva. Ao todo, foram apresentados 103 trabalhos de bolsistas apoiados pela Católica, CNPq e Facepe nas áreas de Ciências Biológicas; Ciências Agrárias; Linguística, Letras e Artes; Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra; Engenharias; Ciências Humanas; e Ciências Sociais Aplicadas. No Pibic Júnior, a menção honrosa ficou com a aluna do Liceu Nóbrega Isabela Natália da Silva Ferreira. Ela apresentou a pesquisa O Cuidador Cuidado:a experiência de um serviço de apoio psicossocial a partir do exame de seus arquivos e teve como orientador o professor Marcus Túlio Caldas. Os primeiros e segundos lugares foram presenteados com assinaturas do Diario de Pernambuco e Jornal do Commercio, o minidicionário da língua portuguesa Sacconi e o livro Aquarela de Ilusões, escrito pelo Pró-reitor Acadêmico, professor Junot Matos. Além desses prêmios, Maria Eduarda ganhou um aparelho MP5. Confira abaixo a lista dos autores dos trabalhos premiados:
Simpósio Nacional de Alvenaria Resistente começa em tom de otimismo na Católica
O coordenador do Mestrado em Engenharia Civil da Católica, professor Joaquim Oliveira, assumiu a função de moderador da sessão de abertura do simpósio. A mesa do evento foi composta pelo diretor do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT) da Universidade, professor José Orlando Vieira, pelo diretor presidente do Itep, Frederico Cavalcanti, pelos procuradores da República em Pernambuco Antônio Carlos Barreto Campelo e Mabel Seixas, pela promotora de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda, Helena Capela Gomes, e pelo coordenador geral do projeto, professor Romilde Almeida, integrante do corpo docente do Mestrado em Engenharia Civil da Unicap. Na primeira parte do encontro, todos os componentes da mesa falaram, brevemente, sobre a importância, o desenvolvimento e os resultados do projeto “Desenvolvimento de modelos para recuperação de edificações construídas em alvenaria portante”, base do Simpósio Nacional de Alvenaria Resistente. O professor José Orlando apontou, como motivação do trabalho, a série de desabamentos de prédios-caixão no Grande Recife desde 1990. “Isso despertou a preocupação de toda uma geração de engenheiros e provocou muitas ações de universidades, empresas e governos. A comunidade técnica passou a estudar o tema, avaliar as construções e reparar os problemas, unindo sociedade e academia. Esse é o grande mérito deste simpósio, que, espero, trará frutos à população”, afirmou. O diretor presidente do Itep, Frederico Cavalcanti, destacou que a expansão de pesquisas sobre alvenaria culminará na análise de áreas pouco exploradas, como o conforto da moradia. A partir daí, ele espera que haja uma mudança curricular nos cursos universitários, a favor das demandas sociais existentes. “Nesse sentido, o desenvolvimento de teses acerca do tema do projeto é muito satisfatório”, alegou, antes de relembrar a possibilidade de melhoria dos serviços de segurança habitacional com base no estudo. O procurador da República em Pernambuco Antônio Carlos Barreto Campelo aproveitou o espaço para explicar a atuação do Ministério Público estadual na tentativa de geração de melhores condições de moradia para a população. “No começo, quando fomos mobilizados pelos moradores dos prédios com problema, costumávamos ter dificuldades para atribuir a responsabilidade a alguém. Depois disso, vimos que se trata de um mal generalizado, decorrente da técnica construtiva empregada”, contou. Por isso, em 2005, o MPPE deu entrada em uma ação civil pública contra alguns municípios da Região Metropolitana do Recife e contra a Caixa Econômica Federal. A iniciativa faz parte de uma estratégia de investigação sobre os edifícios construídos em alvenaria portante e de adoção de providências para os erros constantes. “Atualmente, após observar um resultado muito preocupante, estamos nos perguntando quem pode recuperar esses prédios e, também, se tais obras são viáveis economicamente”, disse. De acordo com Antônio Carlos, o Ministério Público está ciente de que as prefeituras não têm condições de resolver a questão e, diante do obstáculo, decidiu interromper o andamento da ação civil. “Agora, vamos pensar em dois momentos. A primeira parte é o que se está fazendo, isto é, o lado técnico. Mais tarde, partiremos para a execução, com participação dos governos federal, estadual e municipal.” A procuradora Mabel Seixas, apenas, ratificou a confiança do Ministério Público na contribuição do simpósio para o problema das construções civis no estado. Em seguida, a promotora Helena Capela ressaltou o pioneirismo do projeto em Pernambuco. Em seguida, o professor Romilde realizou uma breve exposição do projeto “Desenvolvimento de modelos para recuperação de edificações construídas em alvenaria portante”, desde 2004, quando foi submetido e aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), até o Simpósio Nacional, uma das oito metas do trabalho. “Este evento é o coroamento do trabalho, porque tínhamos a proposta de conhecer e desenvolver respostas ao problema da construção e, por fim, devolver a solução, da forma mais limpa possível, à sociedade”, avaliou. Até o dia 17 de outubro, prazo de conclusão da pesquisa, serão enviados os relatórios do estudo e um manual com propostas de recuperação dos prédios-caixão. Esse documento poderá ser acessado por qualquer pessoa, através do site da Finep (www.finep.gov.br). De acordo com Romilde, a ação de universidades, institutos e governo tende a conduzir a construção civil pelo caminho certo. Como exemplo, buscou a história dos edifícios não-armados no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, onde houve diversos desabamentos e mortes após a manifestação de terremotos na região. “Lá, proibiram a construção em sistemas não-armados e criaram um código adequado sobre o processo construtivo. Hoje, estamos em uma trilha semelhante. A Caixa Econômica Federal, inclusive, não financia mais os projetos de prédios-caixão”, alegou.Professor da Católica apresenta projeto que deu origem ao Simpósio Nacional de Alvenaria Resistente
O projeto coordenado pelo professor Romilde refere-se aos problemas apresentados pelos prédios-caixão na Região Metropolitana do Recife. Acidentes, rachaduras e desabamentos tornaram-se comuns, devido a erros de construção e falta de qualidade dos materiais utilizados. A inadequação teve início na década de 1960, quando houve uma onda de financiamentos públicos para construções populares em larga escala. De acordo com Romilde, a opção por prédios-caixão (até quatro pavimentos) deve-se à tentativa de aproveitar o espaço dos terrenos. Em menos de vinte anos, foram erguidos milhares de edifícios, cujos apartamentos tinham áreas de 100 ou 120 metros quadrados. “Não havia preparo tecnológico e, devido à falta de tempo (precipitação), começaram a construir sem a análise adequada, improvisando blocos de vedação – que só aguentam o próprio peso, usados para paredes – com a função estrutural”, explicou Romilde. Nos anos 1980, a inflação dificultou a aquisição de apartamentos no país. Junto ao desmonte da engenharia no Brasil, vieram as reduções das áreas de moradia para 80, 60 e até 42 metros quadrados e, consequentemente, a queda nos preços. Viver em um edifício tornou-se mais barato, porém mais arriscado, já que a construção civil deixou de utilizar cintas e vigas, por exemplo, simplificando as fundações. “Não existia controle de qualidade. A cerâmica, base de muitos prédios, não era aquecida até 900 ou 950 graus, o que lhe confere o caráter estático. Disso, instalou-se um quadro de manifestações patológicas, que, nos casos extremos, chega ao desabamento”, afirmou o professor. O projeto “Desenvolvimento de modelos para recuperação de edificações construídas em alvenaria portante”, orçado em R$ 230 mil na época de elaboração (2004/2005), analisou os 12 acidentes graves ocorridos com prédios-caixão no Grande Recife. No total, foram 11 demolições e 11 mortes, entre 1990 e 2009, além de cerca de 200 edifícios interditados por falta de segurança. “A Região Metropolitana tem seis mil prédios-caixão e 72 mil apartamentos, onde residem 250 mil pessoas, isto é, dez por cento de sua população total. A chance de colapso, portanto, é de um para cada 500 obras, muito mais elevado do que a taxa concebível (um para cem mil)”, denunciou Romilde. A fragilidade das construções, de acordo com as observações do trabalho, tem diversas causas: materiais e mão de obra inadequadas, erros de execução, entre outras. A lista conta, ainda, com problemas nos critérios de cálculo utilizados no planejamento das obras. Os seis mil prédios-caixão do Grande Recife foram erguidos com base em uma divisão do índice de resistência média do bloco pelo fator de eficiência. Hoje, conforme a NBR 10837, o cálculo é bem mais complexo, envolvendo, ainda, a altura e a espessura efetiva da parede e a resistência média do prisma. Segundo o professor Romilde, a diferença nas fórmulas revela um equívoco gritante: “O resultado anterior é três vezes maior do que o atual. Em outras palavras, isso significa que os engenheiros acreditavam que determinado bloco poderia suportar o triplo de peso do que, de fato, é capaz”. Durante a apresentação, o professor Romilde Almeida exibiu fotografias de alguns prédios-caixão do Grande Recife destruídos graças ao mau planejamento da obra. Ele explicou, brevemente, sobre os problemas específicos do Conjunto Residencial Bosque das Madeiras, Edifício Aquarela, bloco B do Conjunto Enseada de Serrambi, Edifício Éricka, Edifício Ijuí, Edifício Sevilha, bloco 155 do Conjunto Residencial Muribeca e uma construção no município de Ponta de Pedras. Neste último caso, foi usada areia fraca, extraída de um córrego próximo ao local, na parte de alvenaria, em vez de buscar o material adequado em uma jazida. A economia e comodidade dos construtores causaram sérios transtornos a dezenas de pessoas. O projeto “Desenvolvimento de modelos para recuperação de edificações construídas em alvenaria portante” fundamentou-se na pesquisa in loco (observação experimental) e na análise computacional das construções. No total, foram estudados 174 paredinhas e mais de 500 blocos e 700 prismas. As características da areia, do saibro e do cal e as possibilidades de mistura entre esses elementos na elaboração de argamassas, também, foram objetos do trabalho. Resutados Os quatro anos de projeto geraram diversos frutos dentro da academia. Dele, tiveram origem duas teses de doutorado (uma concluída e uma em andamento), nove dissertações de mestrado e dez bolsas de iniciação científica. Outras duas teses de doutorado (uma concluída e uma em execução) são relacionadas à abordagem do trabalho. Destacam-se, ainda, a formação de um grupo de estudos de alvenaria no Nordeste (www.gpalvenaria.eng.br) e a criação de três projetos de pesquisa (Finep/Morear, CNPq Universal-Unicap e Proacad Unicap-USP). O Simpósio Nacional de Alvenaria Resistente, uma das oito metas do projeto, contribui para a intenção de tornar públicas as observações, análises e propostas de soluções encontradas na pesquisa. Nesse sentido, ainda em 2009, será disponibilizado, no site da Financiadora de Estudos e Projetos (www.finep.gov.br) um manual de recuperação de prédios-caixão produzido pela equipe do estudo. Além desses avanços, o professor Romilde Almeida apresentou, durante a exposição do projeto, uma série de ações técnicas e políticas que vêm sendo tomadas, desde 2000, para a recuperação e qualificação da construção civil em Pernambuco. Conheça algumas das iniciativas: - Profissionais de engenharia elaboram um documento sobre o problema e enviam ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) de Pernambuco, em 2000. - Seminário técnico do Crea divulga os riscos para os engenheiros do estado, em 2000. - Aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Olinda para investigar os desabamentos na cidade. - Criação de disciplinas específicas de alvenaria estrutural nos cursos de graduação e pós-graduação de Engenharia Civil no Recife. - Caixa Econômica Federal cancela linhas de financiamento para construção de prédios em alvenaria resistente. - Criação de projeto de pesquisa para estudo de modelos de recuperação. - Ministério Público estadual e federal impetram ação civil pública contra prefeituras do Grande Recife e Caixa Econômica Federal. - Criação de legislação por algumas prefeituras da Região Metropolitana, regulamentando a construção em alvenaria estrutural. - Criação de fóruns e grupo de trabalho (formado pela Secretaria das Cidades de Pernambuco). - Incorporação das diretrizes do grupo de trabalho à lei 13032 da Assembleia Legislativa de Pernambuco. - Governo de Pernambuco sanciona a lei 13032 no que se refere, exclusivamente, aos prédios-caixão (originalmente, a lei era voltada para prédios de qualquer natureza; adiante, passou a englobar, também, pontes, viadutos, estádios e ginásios).Debate com Convidados
Cada convidado pôde relatar suas impressões e dúvidas durante dez minutos. Confira o resumo das participações: Alexandre Bertini: Parabenizou a equipe do projeto pela qualidade e pela quantidade de ensaios realizados. Afirmou que os estudos serão necessários, em breve, em Fortaleza, por causa da degradação dos materiais de menor qualidade usados em construções da cidade. Jean Marie: Declarou a satisfação por fazer parte do simpósio e poder entender melhor o problema existente em Pernambuco e no Nordeste. Disse, ainda, que espera a difusão do projeto por todo o país, como instrumento para a criação de normas mais rígidas de construção civil. Guilherme Parsekian: Disse que está honrado em participar do evento e que enxerga uma série de pontos muito nobres no projeto. Elogiou a coragem da equipe ao encarar o desafio de identificar e corrigir o problema proposto. Recordou a existência de normas técnicas para alvenaria estrutural, apontando o descumprimento como a dificuldade principal. Por fim, afirmou que as falhas não acontecem, apenas, na alvenaria, mas, também, na técnica de execução (nas fundações). Joel Nascimento: Contou que, quando estudante de graduação na Paraíba, nutria muita curiosidade sobre o processo de construção dos prédios-caixão (sem colunas e feitos com tijolos de vedação). Por isso, escolheu o tema como objeto de estudo na pós-graduação. Elogiou o projeto coordenado pelo professor Romilde, destacando a intenção de promover a melhoria social. Assim como Alexandre Bertini, declarou que o trabalho será bastante útil em outras partes do Nordeste, evitando perdas tão graves quanto as ocorridas no Grande Recife. Normando Barbosa: Manifestou a satisfação de ver uma universidade desenvolvendo um projeto que acata o interesse da sociedade e elogiou a ideia de estudar os elementos do problema da construção em alvenaria resistente e propor soluções. Relatou uma experiência semelhante promovida por uma universidade católica do Peru, onde 40% do patrimônio são construídos com tijolo cru. Por isso, é comum que as paredes cedam e os tetos esmaguem os moradores. Enfatizou, ainda, a necessidade de oferecer esclarecimentos à população sobre os riscos que corre e as atitudes que pode tomar.Termina o Simpósio Nacional sobre Alvenaria Resistente
No início da manhã, os participante do Simpósio fizeram uma visita ao Laboratório de Tecnologia Habitacional do Itep. Ao chegarem na Unicap, participaram de um coffeebreak antes do início das Sessões Técnicas. Foram realizadas duas apresentações de projetos durante a manhã. O professor Carlos Wellington Pires falou sobre Prismas e Paredinhas (Ensaios) e o professor Fernando Artur Nogueira fez uma exposição sobre Ensaios Experimentais de Prismas e Análises Numéricas. As sessões técnicas tiveram uma duração de 30 minutos. Após cada apresentação, os debatedores tiveram 10 minutos para argumentação e, em seguida, a plateia teve 10 minutos para discussões. Todas as intervenções do Simpósio Nacional sobre Alvenaria Resistente foram gravadas e serão transformadas em um documento. Sessões Técnicas: Prof. Fernando Artur Nogueira:
Prof. Carlos Welligton Pires:
Pró-reitor Acadêmico e ex-aluna de mestrado da Católica lançam livro na quarta-feira
O livro “Linguagem e educação: diálogos de fronteira”, organizado pelo Pró-reitor Acadêmico da Católica, professor Junot Cornélio Matos, e pela ex-aluna do Mestrado em Ciências da Linguagem Shalimar Michele Gonçalves Silva, será lançado na próxima quarta-feira (26), a partir das 18h, no Salão Receptivo da Universidade (primeiro andar do bloco G). A obra é resultado dos trabalhos desenvolvidos no laboratório “Linguagem, educação e organização sociocultural”, do Mestrado em Ciências da Linguagem. Publicado pela editora Fasa, “Linguagem e educação: diálogos de fronteira” tem 334 páginas divididas em 20 capítulos temáticos, todos escritos por professores e ex-alunos do Mestrado da Católica. Entre os assuntos abordados, estão as educações matemática, inclusiva (sistema de Libras, por exemplo) e rural, o ensino de língua portuguesa, as relações entre educação e saúde, a produção de textos, a variedade linguística, a dinâmica de grupo e o papel educacional dos meios de comunicação. De acordo com o professor Junot Matos, o foco do projeto é “apresentar as diversas possibilidades de conjugação entre linguagem e educação”. Primeira publicação do laboratório “Linguagem, educação e organização sociocultural”, o livro foi construído durante um ano de trabalhos e participações de professores e alunos do mestrado em eventos nacionais e internacionais. “Essa é a primeira tentativa de publicizar a nossa produção e, ao mesmo tempo, de manter os ex-alunos vinculados à pós-graduação”, explica o Pró-reitor Acadêmico da Católica. Com esse objetivo, na quarta-feira, também será lançado o edital para os interessados em participar do segundo livro da série, que preservará o mote da relação entre linguagem e educação. Serviço Lançamento do livro “Linguagem e educação: diálogos de fronteira” (Fasa Editora) Quando: 26 de agosto, às 18h Onde: Salão Receptivo da Católica (1o andar do bloco G) Preço: R$ 25 Páginas: 334Presidente do Inama fala sobre Mediação Familiar em palestra
A Astepi, que comemorou seu aniversário de 35 anos no mês de maio deste ano, aproveitou a ocasião para firmar um convênio com o Instituto Nacional de Mediação e Arbitragem de Pernambuco (Inama/PE), cuja parceria teve como objetivo a instalação da Câmara de Mediação e Arbitragem do Inama/PE na sede da Astepi, localizada na Rua Afonso Pena, já em funcionamento. A instalação da Câmara visou atender às diretrizes básicas do Ministério da Educação, em relação ao programa pedagógico do curso de Direito. A mediação, explicou Soraya, consiste numa negociação assistida cujo objetivo é o acordo dos indivíduos envolvidos, tendo eles o poder de decisão, porque são eles, e não o mediador, que devem chegar à solução do problema. “A mediação consiste num processo extrajudicial de elucidação de conflitos, em que uma terceira pessoa contribui para que haja uma comunicação entre as partes a fim de que se encontre um acordo possível para elas”, explicou. “Existem dois tipos de mediação. A satisfativa, que é focada no acordo, e a transformativa, que é focada na possível restauração da relação”, prosseguiu. A arbitragem, por sua vez, também se designa por ser um meio alternativo ao Judiciário para a solução de controvérsias cujas partes (pessoas físicas ou jurídicas), livres e voluntariamente (não há lei que obrigue) submetem-se, para obter soluções ágeis e de custo reduzido. Como afirmou Soraya, na arbitragem, um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, decidem o litígio. De acordo com a presidente do Inama, os juízes não têm condições de trabalhar o conflito para que as duas partes se satisfaçam, uma vez que não há um envolvimento maior dele com as mesmas. Além disso, a demanda da Justiça é enorme, o que faz demorar ainda mais nos processos. O processo de mediação e arbitragem caracteriza-se pela questão da rapidez e pelas maiores possibilidades de alcançar um comum acordo. “O ideal é que vão para a Justiça apenas os casos mais complexos”, ressaltou. “Uma sentença arbitral é dada dentro de muito pouco tempo pelo árbitro, que chegará a um consenso junto às partes. Além disso, a arbitragem, a exemplo da mediação, acaba sendo mais econômica do que contratar um advogado para o caso”, complementou. Na ocasião, Soraya explicou, com detalhes, como se dava o processo da mediação quando uma das partes contata o Inama. Primeiro, aconteceria uma manifestação escrita ou a termo da pessoa. Depois, haveria o recolhimento das taxas de registro e, em seguida, o convite à parte contrária para participar do processo. Em caso de não haver aceitação, o processo se encerraria. Caso a resposta seja positiva, as razões e os documentos seriam apresentados, haveria a seleção do mediador, a análise do caso para ocorrer, de fato, o processo de mediação. Uma vez que aconteça, mas haja um impasse instransponível, tenta-se, por meio da arbitragem, e o pagamento de uma nova taxa, a elucidação da questão. Mas, se for o caso de haver acordo entre as partes, há, de fato, a elaboração dos termos e a assinatura do acordo.Unicap lança Fórum de Formação Política O curso de Serviço Social, em parceria com a Especialização em Ciência Política e o Núcleo Gilberto Freyre de Pesquisas Sociais, irá promover o primeiro encontro do Fórum de Formação Política. O evento acontecerá na próxima quinta-feira (27), às 19h, no bloco J da Universidade Católica de Pernambuco. Esse primeiro encontro contará com a participação do Prof. Dr. Michel Zaidan. O intuito do Fórum de Formação Política é debater temas políticos abrangendo a Universidade de forma ampla, contribuindo assim para a formação política dos estudantes da Unicap. Os seminários serão realizados mensalmente. As próximas edições serão no dia 24 de setembro e 29 de outubro. Curso de Teologia realiza conferências e lançamentos de livros O curso de Teologia da Universidade Católica de Pernambuco realizará, entre os dias 24 e 26 de agosto, conferências e lançamentos de livros. No dia 24, às 18h30, no auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH), 1º andar do bloco B, o doutor em Sociologia e professor da Universidade de Strasbourg (França), Patrick Watier, ministrará a conferência “Religião e confiança: aproximação sociológica ao fato religioso”. Em seguida, o livro Introdução à sociologia compreensiva, escrito por Patrick, será lançado na Universidade. Na noite do dia 25, também às 18h30, no auditório do CTCH, 1º andar do bloco B, acontecerá o lançamento do livro escrito por ex-alunos do Mestrado em Ciências da Religião da Unicap, Mosaico religioso: faces do sagrado. O livro foi organizado pelo professor Vanderlei Lain e conta com uma apresentação feita pelo professor Gilbraz Aragão. O doutor em Teologia e professor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE-MG), João Batista Libânio, realizará, na noite do dia 26, às 19h, no auditório G1 da Unicap, a conferência “Fazer teologia a partir do contexto religioso brasileiro”. Nessa noite, também será realizado o lançamento do Tomo 1 do livro Rosto plural da fé: da ambiguidade religiosa ao discernimento do crer, obra escrita pelo Reitor da Católica, Padre Pedro Rubens. Para mais informações sobre o livro Rosto plural da fé: da ambigüidade religiosa ao discernimento do crer, basta acessar a matéria de Tiago Cisneiros. Abertas inscrições para cursos de extensão em Teologia Pastoral O programa Universidade não tem idade, organizado pela Católica, está com novos minicursos para o segundo semestre de 2009 na área de Teologia Pastoral. As inscrições já podem ser feitas pelo site www.unicap.br ou na sala da Pró-reitoria Comunitária da Unicap, localizada no térreo do bloco B, no horário das 8h às 11h e das 14h às 16h. Os minicursos são voltados para pessoas engajadas nas comunidades cristãs. O objetivo de repassar os conhecimentos do campo epistemológico da Teologia Pastoral é o de promover a formação contínua daqueles que partilham da responsabilidade eclesial. Outras informações pelo telefone (81) 2119-4140. Confira a relação dos cursos oferecidos a partir de setembro:
Palestra do professor Mozart Neves abrirá o Católica In 2009 O Católica In 2009 será aberto no dia 31 de agosto com palestra do presidente executivo do Movimento Todos pela Educação, professor Mozart Neves Ramos. Ex-secretário de Educação do Estado e ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, ele abordará o tema Ensino Médio e Ensino Superior: os desafios para uma formação de qualidade. O encontro terá como debatedores o Reitor da Unicap, Padre Pedro Rubens, e o Pró-reitor Acadêmico da Católica, professor Junot Matos. O debate terá como público-alvo diretores, coordenadores pedagógicos das escolas públicas e privadas da RMR e pais de alunos. A palestra começará às 14h30, no anfiteatro do bloco G 4, no 3º andar. Outras informações pelo telefone (81) 2119-4409. __________________________________________________ .: Outras Notícias :. Grupo Hegel promove curso e lançamento de livro sobre a filosofia de Carl Schmitt Mestrado em Ciências da Linguagem irá promover palestra com professor norte-americano Reitor lançará livro no dia 26 de agosto Multinacional seleciona estagiários de Ciências Contábeis Curso de Introdução ao Mundo Java terá sua segunda edição Madrigal fará show de encerramento de festival de coro Alemanha oferece programa de intercâmbio para jovens jornalistas Sistema Jornal do Commercio promove curso de Inovação em Jornalismo nos dias 24 e 25 Artigos de ex-alunos e professores do Mestrado em Psicologia serão reunidos em livro Bingo beneficente marcará o aniversário do Reitor Curso de Introdução à Filosofia para jornalistas vai se concentrar em temas contemporâneos Intercâmbio 2010.1 está com inscrições abertas Católica promove Festival de Primavera em setembro Unicap Jr. e a CDT promovem curso de ventilação mecânica não invasiva Católica In recebe estudantes do Ensino Médio em setembro Mestrado em Ciências da Religião promove seminários no 2º semestre Curso de Biologia irá promover II Simpósio de Ciências Biológicas Fé e Alegria promoverá oficina gratuita de maracatu de baque virado Católica realizará Mostra Cinema e Religião em setembro Teologia promove conferências em agosto Instituto Cervantes oferece desconto para alunos e funcionários da Católica Estão abertas inscrições para o 14º Ciso __________________________________________________ .: Edições Anteriores :. 20/08/2009 Prazo para matrículas em cursos de especialização termina nesta sexta-feira 19/08/2009 Começa nesta quinta-feira o Simpósio Nacional de Alvenaria Resistente 18/08/2009 Católica vai realizar Simpósio Nacional de Alvenaria Resistente nos dias 20 e 21 17/08/2009 Filósofo francês fará palestra na Católica nesta terça-feira 14/08/2009 Começa segunda-feira a 11ª Jornada de Iniciação Científica 13/08/2009 TRT homenageia 50 anos do curso de Direito da Católica nesta sexta-feira 12/08/2009 Curso de Teologia inicia conferências 11/08/2009 Dia da Esperança atrai milhares de pessoas ao Espaço Criança Esperança de Olinda 10/08/2009 CCS promove encontro de docentes Boletim Unicap :: Expediente :: EDIÇÃO: Paula Losada (1652-DRT/PE), Daniel França (3120-DRT/PE) e Elano Lorenzato (2781-DRT/PE) REDAÇÃO e FOTOGRAFIA: Ana Luíza , André Amorim, Beatriz Lacerda, Diego Ximenes, Lílith Perboire, Rebeca Kramer, Tiago Cisneiros e Victor Bastos. RELAÇÕES PÚBLICAS: Andreza de Paulo, Karoline Costa e Rodrigo Lyra. PUBLICIDADE & WEB: Armindo Simão Filho e Maria Eduarda de Albuquerque. PRODUÇÃO DE VÍDEO: Luca Pacheco. DESIGNER: Java Araújo WEBDESIGNER: Kiko Secchim, SJ. CONTATO: Rua Afonso Pena, 179, Santo Amaro, CEP: 50050-130, Fone/Fax: (81) 2119-.4409 E-mail: assecom@unicap.br Críticas e/ou sugestões, env ie um e-mail para a redação do Boletim UNICAP O Boletim Unicap é distribuído exclusivamente para os alunos, ex-alunos, professores, funcionários, instituições de ensino superior e empresas de comunicação. Caso queira cancelar o recebimento desta publicação, ou alterar seu e-mail, escreva para
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Um minuto: tempo necessário para que um prédio-caixão desabe, devido a erros no processo de construção. Para discutir e propor soluções ao problema, que põe em risco dez por cento da população da Região Metropolitana do Recife, teve início, na tarde desta quinta-feira (20), o Simpósio Nacional de Alvenaria Resistente. O evento marca a conclusão de um projeto desenvolvido desde 2005 pela Universidade Católica de Pernambuco, Universidade de Pernambuco (UPE), Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Secretaria de Ciências, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado e Ministério da Ciência e Tecnologia.
O fechamento da sessão coube ao coordenador geral do projeto, professor Romilde Almeida. De início, ele divulgou os alarmantes resultados obtidos através das pesquisas sobre o problema da construção em alvenaria portante. Na Região Metropolitana do Recife, atualmente, cerca de 200 dos seis mil prédios-caixão estão interditados por falta de segurança. De 1990 para cá, aconteceram 12 desabamentos, o que revela uma taxa de um acidente para cada 500 edifícios (o ideal, segundo especialistas, é que seja um para cada cem mil). O alto índice de tragédias e riscos, de acordo com o professor, deve-se, principalmente, ao material utilizado na construção civil. “As empresas usam blocos de vedação, úteis apenas para agüentar o próprio peso, com a função estrutural da obra. A baixa resistência e a vida útil inferior ao do concreto causam esses problemas tão graves”, explicou, lembrando que medidas urgentes são necessárias, pois grande parte dos prédios-caixão foi construída há mais de 20 ou 30 anos. 
Dando continuidade ao primeiro dia do Simpósio Nacional de Alvenaria Resistente, o professor do Mestrado em Engenharia Civil da Católica Romilde Almeida apresentou os detalhes do projeto “Desenvolvimento de modelos para recuperação de edificações construídas em alvenaria portante”. Em seguida, cinco convidados de outras universidades brasileiras expressaram suas opiniões e dúvidas acerca do trabalho, desenvolvido desde 2005 pela Universidade Católica de Pernambuco, Universidade de Pernambuco (UPE), Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do estado e Ministério da Ciência e Tecnologia.
Após a exposição geral do projeto, o professor Romilde Almeida dividiu a mesa do evento com cinco especialistas convidados de universidades de outros estados brasileiros. Foram chamados ao debate os professores Alexandre Bertini, da Universidade Federal do Ceará (UFC); Jean Marie Dersi, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Guilherme Parsekian, da Universidade Federal de São Carlos; Joel Araújo do Nascimento Neto, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); e Normando Barbosa, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Foi encerrado nesta sexta-feira (21) o Simpósio Nacional sobre Alvenaria Resistente. O evento foi realizado durante dois dias na Universidade Católica de Pernambuco. Por conta de uma queda de energia nas proximidades da Universidade, o Simpósio foi realizado no bloco D (único bloco que continuou com energia), às 11h. Aproximadamente 60 pessoas acompanharam as apresentações e debates.
A Assessoria de Treinamento, Estágio, Pesquisa e Integração (Astepi) da Católica, em parceria com a Clínica de Psicologia da Universidade, promoveu às 17h desta quinta-feira (20), na sala 824 do bloco B, uma palestra sobre Mediação Familiar, ministrada pela presidente do Instituto Nacional de Mediação e Arbitragem (Inama), professora Soraya Nunes. 
