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04

Tarde cinematográfica no Intercom 2011

Foto: Gabriella Lucena

Texto: Érica de Paula/Fotos: Gabriella Lucena
Nesta sábado (3),  o XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação ofereceu o minicurso “Introdução à montagem cinematográfica: as formas e os sentidos do filme”, ministrado pelo professor Anderson Costa, coordenador do Núcleo de Produção e Pesquisas em Cinema da Universidade Estadual do Centro-oeste do Paraná (Unicentro). O minicurso aconteceu na sala 309, do bloco G4.
A proposta do minicurso foi mostrar aos participantes que, muitas vezes ao entender o final do filme, você não necessariamente compreendeu a mensagem que esse filme quer passar, e que isso, explica-se através da montagem, do roteiro que é dado ao filme. “Ao aprender a analisar essa montagem, às vezes, você consegue entender muito mais do que com a própria história”, afirma Costa.
Para começar, o professor fez uma introdução sobre a história da montagem e do cinema, e a introdução à leitura dos filmes, passando pelo cinema mudo até a nova era dos filmes digitais.
O estudante Arthur Rocha, 19 anos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), aprovou o minicurso. ” No início achei que seria meio cansativo, mais foi ótimo. Aprendi bastante sobre a estrutura do cinema”.

O Encouraçado Potemkin (1925)

Exemplificando sempre com trechos de importantes filmes da cinematografia mundial,  Anderson Costa explicou, entre outras coisas, como os cineastas utilizam táticas de câmera para induzir o espectador.  A famosa cena da escadaria Odessa, do filme o Encouraçado Potemkin, do cineasta Serguei Eisenstein, foi uma das analisadas pelo professor. Ele mostrou aos alunos os elementos “escondidos” que dão novo significado à interpretação da cena. A aproximação que a câmera faz nos rostos das pessoas, enquanto carrinho de bebê desce a escadaria, e a lentidão com que o carrinho desce, causam uma grande aflição a quem assiste. Tudo isso descrito na montagem do roteiro.

“Gostei muito desse minicurso. O que aprendi sobre cinema, posso levar para a TV. No final, peguei algumas indicações de livros para roteiro. Foi muito interesssnte. Gostei mesmo!”, elogiou Ana Carolina, 22 anos, estudante de Rádio e TV da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
“A forma do filme é o que dá o poder a ele. É muito bom saber que as pessoas se interessam ainda pela sétima arte. Este assunto em específico é bastante denso, mas as pessoas ficaram até o final e participaram. Foi muito bacana”, concluiu o professor Anderson Costa.

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