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Intercom Júnior tem seu último dia de apresentação de trabalhos

Por Priscila Miranda / Foto: Poullainn Neuve

O Intercom Júnior, evento que acontece dentro do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011, está tendo seu último dia de atividades nesta segunda-feira (6), no bloco B da Universidade Católica de Pernambuco. Na seção 8 – Cultura e Identidade, no DT de Interfaces Comunicacionais, na sala 507, três trabalhos foram apresentados para as coordenadoras da sessão, a mestranda em Comunicação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Júnia Martins, e Jamile Paiva, professora do departamento de comunicação da UFPB.

A primeira apresentação foi do estudante Diógenes José Pereira Barbosa, da Faculdade do Vale do Ipojuca, sobre a grafitagem feita em Caruaru. Com o título Olhares Urbanos: o grafite produzido em Caruaru enquanto elemento comunicativo, o trabalho foi resultado de uma pesquisa e análise feitas com fotografias dos grafites produzidos em Caruaru. Diógenes fotografou as peças analisadas e entrevistou um trio de grafiteiros que faz parte do projeto Grafite nas Praças. No grafite, há muito o que se dizer, não são só formas visuais”, disse.

O segundo trabalho apresentado foi o do estudante de Campina Grande Alan Soares Bezerra, da Universidade Estadual da Paraíba. Com o tema Relações entre mídia e religião: as estratégias de divulgação do movimento neopetencostal, o aluno mostrou como muitas religiões evangélicas utilizam os meios de comunicação para propagar suas doutrinas e interagir com os fiéis. “Com o uso de meios com televisão, rádio, internet, a divulgação dos ensinamentos vão muito além das quatro paredes da igreja”, disse. O G12, método utilizado por grandes igrejas para angariar fiéis, foi exposto na apresentação de Alan. “Há toda uma conexão com seus adeptos, e a igreja utiliza esses meios também para crescer sistematicamente.”

A última apresentação foi da aluna Denise Barbosa de Souza, da Universidade Estadual do Ceará. Baseada nas tirinhas que saem no jornal O Povo, Meninos não choram mas ficam passados!: figurações de gênero e sexualidade nas tirinhas de Anderson Lauro é um trabalho que Denise fez para tentar explicar a transição e definição da sexualidade do personagem, um garotos de seis anos que sofre bullying na escola, feito por Anderson em sua tirinha. “Por ser muito jovem, o menino desenhado nas histórias não sabe direito o que acontece com ele, mas sente que há algo de diferente acontecendo, pois a feminilidade é algo muito presente na vida dele”.

Segundo Júnia, os temas apresentados pelos alunos tiveram poucas semelhanças entre si. “Religião, tirinhas sobre sexualidade e grafite teoricamente não são assuntos que se interrelacionam, mas todos são contemplados pelo empoderamento social, e para eles é muito pertinente essas áreas de pesquisa.” Jamile completa dizendo que os alunos acabam amadurecendo pesquisando. “Me surpreendi com as apresentações dos trabalhos. Os estudantes procuram outras correntes teóricas, e isso prova o crescimento deles.”

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