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Ex-aluno de Jornalismo da Unicap apresenta trabalho no III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comuniação

Foto: Gabriela Vitória

Texto: Paula Losada e Rafael Sabóia

O ex-aluno do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco e doutorando da Universitat Pompeu Fabra (Barcelona) Josuel Mariano da Silva Hebenbrock apresentou, na tarde desta sexta-feira (2), no III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comunicação, no Atlante Plaza Hotel, seu projeto de pesquisado no doutorado “Eleições presidenciais Brasil (2010) e Argetina (2011): uma análise comparativa das agendas eleitorais nos telejornais Jornal Nacional (BR) e Telefé – Notícia (AR)”.

Nascido no Recife, Josuel foi adotado aos 9 anos por um casal alemão. Depois de vários anos na Europa, decidiu fazer o curso de Jornalismo na Unicap, onde se formou em 1995. Aconselhado pelo professor de Rádio, Vlaudimir Salvador, resolveu ter uma experiência profissional antes de voltar para a Europa. Assim, trabalhou durante seis meses na editoria internacional do Diario de Pernambuco. Ao retornar a Alemanha, ingressou no mestrado em Jornalismo Investigativo na Universidade de Hamburgo e, em seguida, no mestrado em Política Internacional do Oriente Médio, na Universidade de Tel Aviv, em Israel, numa parceria com a Universidade de Hamburgo.

Com a conclusão dos dois mestrados, ingressou no doutorado em Comunicação Política, na Universidade de Hamburgo, mas não terminou por achar que não estava suficientemente maduro para desenvolver a sua tese, na ocasião. Foi, então morar em Londres, onde depois de um ano e seis meses foi para Juazeiro do Norte, no Cariri cearense. Lá, ajudou a implantar o curso de jornalismo numa universidade particular. No Ceará, ainda trabalhou com vídeo, cinema e fotografia. De passagem por São Paulo, conheceu os professores Giusepe Gifreu e Javier Diaz Noci, que são seus atuais orientadores na Universitat Pompeu Fabra. Atualmente, Josuel mora em Copenhagen, na Dinamarca, e atua como pesquisador júnior no Instituto de Ciências Sociais na Universidade de Lisboa, em Portugal.

Foto: Gabriela Vitória

Ainda no Intercom, Josuel vai apresentar o artigo “O Cariri cearense: interações cotidianas e produção de sentidos”, no VI Encontro dos Grupos de Pesquisa, no dia 6, às 14h, na sala 809 do bloco G da Unicap. Depois do congresso, ele fará uma palestra, no dia 8, às 20h, para os alunos do 8º período do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, a convite da professora Fabíola Mendonça. Ele falará sobre teoria da comunicação.

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Ex-aluno de Jornalismo apresenta trabalho no III Colóquio Brasil-Argentina de Estudo da Comunicação

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Colóquio discute experiências em Educomunicação

Foto: Lyon Valentim

O I Colóquio de Professores, Pesquisadores e Estudantes de Educomunicação deixou ocupadas todas as cadeiras do anfiteatro do bloco G4 da Universidade Católica de Pernambuco. O evento, que fez parte das atividades do primeiro dia do Intercom 2011, reuniu acadêmicos de vários estados e cidades do país para debater e trocar experiências sobre a importância da educomunicação na construção de uma sociedade mais democrática, capaz de desenvolver um senso crítico sobre as problemáticas da atualidade. Pela manhã, as mesas redondas foram mediadas pelo professor Ismar de Oliveira Soares, que coordena o curso de licenciatura em educomunicação da USP, e pela professora Daniele Andrade, coordenadora do bacharelado em educomunicação da UFCG.

Para abrir as discussões, o acadêmico exibiu um vídeo de cerca de 20 minutos, mostrando um projeto realizado em escolas públicas e privadas, onde os alunos receberam capacitação para realizar entrevistas para rádio e televisão. Dentro desse contexto, eles abordaram não só os próprios colegas, mas também autoridades de órgãos oficiais que foram questionados sobre temáticas ambientais.

“As universidades devem aprender com esses exemplos a explorar mais possibilidades. Algumas já começam a trabalhar a comunicação dentro dos cursos de medicina, letras e pedagogia, mas não são todas. Outras, infelizmente, vão no caminho contrário. No Brasil, são um milhão de estudantes do ensino público e privado que participam de programas de educação à distância. Essas instituições criticam o Ministério da Educação e o acusam de ser retrógrado por acreditar na presença do educador”, critica o professor Ismar de Oliveira.

Fotógrafa: Gabi Vitória

Entretanto, existem experiências bem sucedidas, como uma rádio implementada em uma comunidade indígena xavante, no Cuiabá, no Mato Grosso. O projeto chegou a contribuir para minimizar as diferenças de gênero na tribo. Pela tradição local, as mulheres tinham o direito de se expressar tolhido e eram censuradas, caso o fizessem na presença dos homens. Há, também, um grupo de pesquisa e extensão em Uberlândia, Minas Gerais, para a formação de educomunicadores. Ao serem requisitados para fazer assessoria de comunicação a um centro de recuperação de dependentes químicos, os professores e alunos optaram por um caminho diferente: ensinaram médicos e pacientes a fazer um jornal interno e cuidar do relacionamento com a imprensa.

Fotógrafo: Thiago Neres

A pesquisadora em comunicação Rosa Luciana Rodrigues, que faz mestrado na Universidade Federal do Pará, esteve presente ao encontro e aprovou a discussão. Ela ajudou a coordenar o projeto Rádio pela Educação, no município de Santarém, no Pará. São 57 escolas da zona urbana e rural que elaboram quadros e participam ativamente da gravação de um programa de rádio, que é transmitido pela emissora local e já conta com três edições semanais. “Os repórteres do projeto vão a essas escolas e também ensinam técnicas de reportagem. Dessa forma, alunos e professores fazem matérias nas próprias comunidades e repassam para a coordenação do Rádio pela Educação”, explica. Desde o início do projeto, que já tem 12 anos de existência, pelo menos 19 colégios conseguiram desenvolver suas próprias rádios-escolas, com financiamento e apoio da secretaria de educação municipal e outros parceiros.

Por Thiago Neres

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IV Fórum Eptic debate comunicação alternativa

 

Texto: Rafaella Magna / Foto: Jackie Feitosa 

O IV Fórum Eptic, que aconteceu nesta sexta-feira (2), às 9h, no XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011, realizado na Universidade Católica de Pernambuco, teve como objetivo debater a comunicação alternativa. O Fórum, que foi coordenado pelo professor Valério Brittos (Unisinos), teve como mediador o professor Ruy Sardinha (USP). Os palestrantes tiveram uma média de 15 minutos para apresentar as pesquisas que vêm sendo realizadas, traçando paralelos sobre o assunto.

Com o tema “Digitalização, alternativas e direito à comunicação”, o professor Valério Brittos (Unisinos) deu início ao debate. Para ele, o alternativo, atualmente, é aquilo que propõem outras falas partindo do audiovisual e do padrão técnico estético. “Esse conjunto de características são baseados em relações estabelecidas pelo público sobre o que é e o que parece ser”, explica Brittos. Saber como essa comunicação quer se posicionar no mercado é algo fundamental. 

Segundo ele, o padrão técno-estético se traduz num mercado midiático. “Esse padrão passa pelas lógicas sociais, como empresas, Estado, consumidores e sociedade”, diz o palestrante, afirmando, ainda, que a visão desse mercado é que os produtos culturais têm potencial quando geram riqueza. Além disso, ele passa por uma fase de multiplicidade da oferta, como a “ampliação do número de canais”.

Mas junto com a oferta maior dessa comunicação, quais são os impactos e desafios sistemáticos que serão gerados? Foi com essa indagação que o professor Paulo Faustino (Universidade do Porto), deu continuidade ao fórum. De acordo com Faustino, existem dois aspectos que mostram esse impacto. O primeiro é na indústria, “quando a produção midiática começa a ganhar expressividade chegando a colocar assuntos na agenda midiática tradicional”. O segundo é na comunidade, através do forte impacto, sobretudo, em regimes repressores, “com pouca liberdade de expressão e forte contraste de estado sobre a atividade midiática comum”. 

Contudo, a mídia alternativa permite questionar formas de dominação. “Passando de um ecossistema de mídia cêntrico para um ecossistema de mídia excêntrico em que o indivíduo tem mais conhecimento e poder sobre a informação que consome”, explica Paulo Faustino. “Essa mídia ajuda a identificar e desenvolver modelos alternativos que favoreçam a cooperação, potenciando a transformação e luta social”, conclui Faustino. 

Tendo como base o Brasil e outros países da América Latina, a professora Cicília Peruzzo (Umesp) acredita que a comunicação alternativa nunca chegou a ser uma opção de canal de comunicação. “Ao longo da história, percebemos que ela é uma busca de uma nova possibilidade de informação”, afirma Peruzzo. Para ela, essa comunicação passa por um patamar que não chega a suprimir a necessidade de informação. “O alternativo se configura como uma comunicação diferenciada, que passa pela mídia comercial e conservadora”, fala.

De acordo com Peruzzo, há características que indicam essa outra comunicação, como a proposta editorial, linha política crítica e conteúdos que não são tratados pela grande mídia. “Um outro aspecto é sobre a organização que tende a ser participativa”, diz a professora. Segundo Cicília, essa comunicação alternativa vem contestar um “status-quo” e, do ponto de vista do modo de produção, ela é colaborativa visando à liberdade de expressão daqueles que não têm vez na mídia tradicional. 

As tecnologias digitais trouxeram novas possibilidades de produção no contexto comunicacional, de acordo com o professor Bruno Fuser (UFJF). “A ponto de muitos pesquisadores se sentirem além de consumidores, também produtores de informação e comunicação”, afirma. Porém, para ele, mais do que os meios, o que importa é o uso. “O uso crítico e criativo podem ser indicadores de uma comunicação alternativa. Ao ser criativo há uma maior mobilização incentivando, assim, a reflexão”, acredita Fuser. O fato de ser um conceito de diálogo é mais uma contribuição para a análise desses problemas.

Confira resumos dos trabalhos apresentados:

Tema: Comunicaçao Alternativa 

Coordenação: Valério Brittos (Unisinos) e Cesar Bolaño (UFS)Mediaçao: Ruy Sardinha (USP)Participantes: Bruno Fuser (UFJF); Adilson Cabral (UFF); Maria Luiza Cardinale Baptista (UCS) e César Bolaño (UFS); Valério Brittos (Unisinos); Cicília Maria Krohling Peruzzo (Umesp)  

Digitalização, alternativas e direito à comunicação 

Valério Cruz Brittos (Unisinos) 

O trabalho discute a comunicação alternativa, no âmbito das dinâmicas de digitalização contemporânea e de reconfiguração capitalista. Concebe-se comunicação alternativa como aquela que efetivamente contrapõe-se ao sistema, posicionando-se de forma contra-hegemônica e, por isso, comprometida com a construção do direito à comunicação. Como forma de construção de processos midiáticos libertadores, propõe-se a necessidade de aproximação dos projetos de comunicação alternativa das ideias de Paulo Freire, assumidas no âmbito da Economia Política da Comunicação, eixo teórico-metodológico de análise do fenômeno em questão. É neste circuito que se projetam os esforços de um padrão tecno-estético alternativo, o que passa pela socialização das formas de produção e distribuição cultural, estimuladas pelo barateamento de custos trazidos pela digitalização. 

Comunicação alternativa 

Cicília M. Krohling Peruzzo (Umesp) 

Conceitos de comunicação alternativa, das origens às novas configurações. Especificidades do jornalismo alternativo e suas feições no universo das tecnologias da informação e comunicação. Proximidades e interfaces com outras vertentes ou denominações da comunicação do “povo”, tais como a comunicação popular, comunicação comunitária e comunicação cidadã. Comunicação não-hegemônica: (in)coerências entre práticas e conceito? Comunicação “alternativa” hoje: diversidade, possibilidades, limites e avanços. 

Prosumidores ou neoconsumidores? 

Bruno Fuser (UFJF) 

As tecnologias digitais trouxeram (e a cada dia trazem mais) novas possibilidades de produção no contexto comunicacional, a ponto de muitos pesquisadores apontarem sermos todos prosumidores: não apenas consumidores, mas também produtores de informação e comunicação. Tal perspectiva, se encontra respaldo no cotidiano de muitíssimas pessoas, é apenas uma promessa para um número ainda maior de cidadãos, seja porque são excluídos do acesso à internet, seja porque têm acesso a uma internet de segunda categoria (lenta, incapaz de acompanhar as inovações das tecnologias digitais que permitem a utilização de determinadas dimensões da produção de informação), seja, finalmente, porque não dominam e/ou não têm interesse em dominar as técnicas de produção de informação. Pesquisas como do Observatório Nacional de Inclusão Digital e do IBGE mostram como a perspectiva de produção de informação, essencial para uma inclusão sociodigital,ainda está longe de ocorrer no Brasil. 

 A digitalização das iniciativas de comunicação comunitária: apropriação dos processos regulatório e tecnológico 

Adilson Cabral (UFF) 

A adoção do Sistema Brasileiro de TV Digital e o debate sobre o sistema brasileiro de rádio digital evidenciam uma mobilização hercúlea por parte das iniciativas de comunicação comunitária, se submetendo a orçamentos limitados ou mesmo inexistentes e sem condições profissionais de manutenção de suas atividades. A proposta dessa palestra é apresentar perspectivas relacionadas às demandas de apropriação do processo regulatório, que incidem na formulação ampla de políticas que atendam às necessidades socioculturais e político-econômicas desses grupos, bem como às demandas de apropriação do processo tecnológico, que dizem respeito às definições sobre faixas de frequência, infraestrutura e gestão, além de áreas relacionadas a conteúdo, como programação, produção e elaboração de formatos e narrativas capazes de engajar a sociedade em geral nos processos de afirmação dessas iniciativas. 

 

Faço Parte! Territórios de afeto e investimentos desejantes da comunicação sindical no cenário da acumulação via espoliação

Maria Luiza Cardinale Baptista (UCS) 

O texto apresenta a reflexão sobre a comunicação sindical contemporânea, a partir da experiência de consultoria e produção do livro “Faço Parte: 30 Anos – Histórias e Personagens do Sindicato dos Comerciários de Carazinho e Região”, no Rio Grande do Sul. Atualiza a discussão sobre a comunicação sindical, realizada em pesquisa anterior, pela autora, junto aos metalúrgicos de Porto Alegre e apresentada à ECA/USP. O referencial teórico é transdisciplinar, envolvendo a Comunicação; a Esquizonálise, para aspectos da subjetividade maquínica e dispositivos de subjetivação, bem como a noção de territórios de afeto – neste caso, associada à Geografia contemporânea. A proposição alia-se, ainda, à Economia Política, na medida em que discute a Comunicação Sindical e a necessidade de um novo padrão tecnoestético, no contexto do capitalismo de acumulação via espoliação. 

Os novos movimentos sociais e a utilização da Internet

César Bolaño (UFS) 

O trabalho propõe uma discussão sobre a mudança estrutural do capitalismo e o impacto deste fenômeno sobre os movimentos sociais, considerando deslocamentos transcorridos a partir dos anos 2000. Compreende-se que os novosmovimentos sociais surgem no final do século XX e seguem reproduzindo-se até o momento, tendo por característica a organização da juventude através de redes sociais e da Internet em geral. Trata-se de uma incógnita, de algo ainda definido, pois se afasta muito do velho movimento operário e da organização classista. Este estudo, então, pretende analisar os caminhos desta realidade, debatendo flashes  do que está acontecendo, o que foge dos instrumentos clássicos da política, ao mesmo tempo em que o funcionamento das redes coloca desafios intelectuais para o pensamento de esquerda e a Economia Política. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Confira a programação do III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comunicação na tarde desta sexta-feira

Por Rafael Sabóia

O III Colóquio Brasil-Argetina de Estudos da Comunicação prossegue na tarde desta sexta-feira (2), no Hotel Atlante Plaza, em Boa Viagem. Confira a programação abaixo:

14h30 – 18h30

Sessão 2 – Comunicação e Espaço Público
Coordenação: Doris Fagundes Haussen

De lo alternativo a lo público. La sociedad civil en las disputas por democratizar las comunicaciones (Argentina, 2001-2009)
Soledad Segura (Universidad Nacional de Córdoba)

O rádio público no Brasil: construindo um modelo nacional pela programação Valci Regina Mousquer Zuculoto (Universidade Federal de Santa Catarina) Este artigo propõe apresentar, analisar e atualizar o resgate da história das rádios educativas, estatais, culturais e universitárias brasileiras, especialmente quanto às suas linhas de programação. Resume e dá continuidade à minha pesquisa de doutorado sobre “A Construção histórica da programação de rádios públicas brasileiras” (ZUCULOTO, 2010). Estas emissoras operam há mais de 70 anos e hoje já são centenas em todo o país. Até os anos 90, quando somava aproximadamente 100 estações, este segmento não comercial da radiodifusão era conhecido como sistema educativo de rádio. Mas a partir daquela época e com mais força desde o início deste século 21, a maior parte destas rádios passa a se autoproclamar pública. E vem tentando, pela programação, construir um modelo público de rádio para o
Brasil.

Acción de la Comisión de los Derechos a la Comunicación e Información en el marco del Observatório de Derechos Humanos Corrientes-Chaco
Mara Sesmero (Universidad Nacional del Nordeste)

Perspectiva sociocultural dos gêneros de programação da TV pública: análise comparada Brasil-Argentina
Antônio Teixeira de Barros (PPG do Centro de Formação da Câmara dos Deputados)

Estudo comparativo sobre os gêneros de programação predominantes na TV Pública da Argentina e do Brasil, ambas mantidas pelo Poder Executivo de cada país. O foco é o perfil geral da programação e os gêneros predominantes, com o
objetivo de avaliar os pontos de convergência e/ou divergência entre ambas. Parte-se das seguintes questões: a programação atual, dos dois canais, ainda reflete o caráter educativo e político que norteou sua criação? Até que ponto os conteúdos
representam a diversidade cultural e política desses países ou continuam atrelados a finalidades políticas? Conclui que o caráter educativo e político que norteou a criação dessas emissoras mantém-se até hoje, o que pode servir aos governos de
ambos os países como uma forma de controle dos conteúdos veiculados.

O Brasil na imprensa argentina: a teia noticiosa do periódico Clarín – do futebol à produção de sentido da notícia
Marcelo da Silva (Universidade do Sagrado Coração, Bauru)

Brasil enunciado no Clarín carrega uma série de estereótipos, formações discursivas reificadoras e legitimadores de uma “face” imagem negativa que pode produzir no imaginário coletivo argentino e em diferentes mediações sócio-culturais uma
concepção de Brasil vincada muito mais em critérios de noticiabilidade e de audiência, que em explicações plausíveis dos acontecimentos brutos que erigem no Brasil e são levados às páginas do Clarín. No afã de organizar e deter o caos – esse caldo amorfo que serve de cultura à confusão, ao inusitado e ao inesperado – o jornal Clarín, ao construir acontecimentos nas notícias, parece intoxicar e fazer perder a noção de funcionamento do mundo e de Brasil, ao mesmo tempo em que busca informar e esclarecer sobre o que ocorre no ventre da sociedade brasileira, neste artigo no enquadramento noticioso acerca do futebol.

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