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Começa o III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comunicação

Texto Rafael Sabóia e Fotos Felipe Bueno

O III Colóquio Brasil-Argentina de Estudos da Comunicação teve início na manhã desta sexta-feira (2), no Hotel Atlante Plaza, em Boa Viagem. Coordenado pelos professores Gustavo Cimadevilla, da Universidad Nacional de Río Cuarto, e Doris Fagundes Haussen, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, o evento tem como objetivo promover o intercâmbio da produção acadêmica brasileira e argentina, favorecer a execução de projetos conjuntos e o intercâmbio de professores.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e pela Federación Argentina de Carreras de Comunicación Social (Fadecos), o evento debateu na primeira sessão dois temas “Pesquisa, poder e política na comuncicação”, coordenado pelo professor Edgard Rebouças, diretor de Relações Internacionais da Intercom, e “Comunicación, ciudadania y poder”, coordenado pela professora Maria Cristina Mata, da Universidad Nacional de Córdoba.

O professor Gustavo Cimadevilla abriu a sessão da manhã apresentando  a pesquisa “La investigación de la Comunicación en Argentina”. Cimadevilla falou em entrevista ao boletim Unicap, a importância do intercâmbio entre Brasil e Argentina nos estudos científicos no campo da comunicação.Cimadevilla disse também que colóquios como esse ajudam a entender melhor as ideias do país vizinho. O professor Celso Francisco Gayoso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresentou o artigo “Reflexões da Crítica Pós-colonial e a América Latina: a proposta do pensamento comunicacional de Eliseo Verón”. Em seguida, foram apresentados os artigos “O campo da comunicação política no cenário democrático brasileiro e argentino: comparações e peculiaridades”, dos professores Roberto Gondo Macedo, da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Paulo César Rosa, Universidade Metodista do Estado de São Paulo; e Adolpho Carlos Queiroz, também da Umesp, e “Elecciones presidenciales: analisis comparativo de las agendas periodística pública y política en las elecciones presidenciales de Brasil e Argetina 2010-2011, do professor Josuel Mariano da Silva Hebenbrock, da Universitat Pompeu Fabra, de Barcelona.

Confira abaixo resumos de trabalhos apresentados na Sessão 1:

Reflexões da crítica pós-colonial e a América Latina: a proposta do pensamento comunicacional de Eliseo Verón
Celso Francisco Gayoso (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Este artigo propõe uma reflexão acerca da crítica colonial e sua articulação na perspectiva de existência de outros modos de racionalidade na América Latina, com base empírica para a formulação de uma corrente teórica chamada pensamento latino-americano em Comunicação. Neste sentido, a ênfase dada é para o autor argentino Eliseo Verón que reflete criticamente sobre a ditadura científica, em especial ao funcionalismo norte-americano e propõe a sistematização de um pensamento próprio a partir da realidade da América Latina.

O campo da Comunicação Política no cenário democrático brasileiro e argentino: comparações e peculiaridades
Roberto Gondo Macedo (Universidade Prebisteriana Mackenzie, SP) Paulo Cezar Rosa (UMESP) Adolpho Carlos Queiroz (UMESP)

O profissionalismo dos atores envolvidos no ambiente político é notório tanto no cenário argentino como no brasileiro, apesar de um processo de redemocratização relativamente recente comparado a países com viés democráticos tradicionais
europeus. Ações e planejamentos de comunicação política envolvem diversas áreas do conhecimento e se tornam mais estratégicas a cada pleito eleitoral. É objetivo do artigo a apresentação de um estudo comparativo das estruturas eleitorais dos dois países, com foco nas articulações das campanhas, na visão da comunicação política eleitoral e pós-eleitoral, bem como entidades acadêmicas e mercadológicas que promovem o debate e aperfeiçoamento do tema nos dois países. A pesquisa é fruto do grupo científico brasileiro POLITICOM que busca a promoção de análises comparativas binacionais na égide da comunicação política.


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