Texto: Aline Vieira Costa/ Foto: Gabriella Lucena
Texto: Aline Vieira Costa/ Foto: Gabriella Lucena
Eis que a necessidade da interação e da participação popular nos veículos de comunicação faz com que surja uma série de mudanças no fazer telejornalístico. Sobre o tema, estudantes e profissionais do Brasil inteiro tiveram a oportunidade de assistir, neste sábado (3), ao minicurso “A ‘Nova’ Linguagem dos telejornais – (Re)Pensando a Interatividade”, ministrado pela doutoranda em Comunicação e Cultura (UFRJ) e professora da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), no Paraná, Ariane Carla. O encontro faz parte da 34ª edição do Intercom 2011, que segue até a próxima terça (6).
O incentivo a essa participação efetiva segue a linha do falar diretamente com os telespectadores e ser entendido por eles. Mas como é possível? De acordo com Ariane, através da interatividade. “É um momento de mudanças no qual com a tecnologia o consumidor passa a ser também produtor de conteúdo”, explicou. Nos exemplos citados, ela defende que o telespectador escolha o que quer ver e sinta-se valorizado. Além do Agenda Setting, a professora destacou duas abordagens: Educomunicação e o Jornalismo Cívico.
Sobre a Educomunicação, Ariane utilizou uma afirmativa do pesquisador Schaun. “É uma intervenção social permeada por práticas comunicacionais singulares, caracterizadas pela pluralidade, transdisciplinaridade e interdisciplinaridade voltada para a criação de novos projetos”. Segundo ela, é uma forma de democratizar a produção e transformar os telespectadores em protagonistas dos processos comunicativos, elevando a autoestima individual e coletiva.
Já o Jornalismo Cívico, conhecido também como público ou de contato com a comunidade, é encarado como o ponto de resolução de problemas. Confere ao cidadão um papel ativo e independente, que seria mais confiável, através de reportagens que possam auxiliar comunidades a lidarem com questões locais. Toda essa interatividade, mediada pela tecnologia e pelo profissional , porém, inspira um cuidado: evitar que dar vazão à produção vazia, na qual há apenas interesses individuais, mas produzir materiais informativos e de interesse público