set
08

Alunos de Relações Públicas vivenciam a prática no Intercom 2011

Texto: Daniel França/Fotos: Marina Maranhão e Daniel Paza

Receber congressitas no aeroporto, dar assistência no cerimonial, contornar imprevistos, gerenciar crises, fornecer informações aos mais diversos públicos, supervisionar a decoração do ambiente…Para o público isso pode passar despercebido quando tudo funciona bem mas para quem ‘está do outro lado do balcão’ significa um trabalho árduo e uma experiência perfeita para quem deseja se preparar para o desafio de se tornar Relações Públicas.

O Intercom 2011, realizado na Unicap entre os últimos dias 2 e 6 de setembro, possibilitou toda essa vivência prática da profissão aos estudantes do 2º período do curso de Relações Públicas da Universidade. Oito alunos participaram da equipe de voluntários que ajudou na execução do considerado o maior evento de comunicação da América Latina.

Entre o grupo, a sensação de ter cumprido a missão de forma satisfatória era visível. “A convivência com os diversos públicos, dos comerciantes da Rua do Lazer ao congressistas, foi um desafio”, conta o estudante Givysson Rodrigues. “Para mim as noções de atendimento foram uma das coisas que se viu na teoria de sala de aula e que se colocou em prática”, completou a aluna Laís Rosa.

E trabalho foi o que não faltou a essa turma. Em quatro dias, circularam pela Católica cinco mil pessoas entre professores e estudantes de instituições de várias partes do Brasil. “Levamos congressistas para conhecer pontos turísticos do Recife como praias e museus, facilitamos o acesso ao transporte e prestamos todo tipo de assistência”, disse Givysson.

    A julgar pelo feedback do público, o trabalho desse futuros relações públicas no Intercom 2011 agradou. “O evento foi excelente, toda a organização, estrutura do lugar, a receptividade da comissão organizadora e os trabalhos muito bem selecionados”, disse a congressista Juliana Torezani, representante a Faculdade do Sul (Itabuna – BA) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus – BA).

E a professora não foi a única a elogiar. “Eu vim de Fortaleza e fiquei impressionada. Fui superbem recebida. O Intercom foi muito bem organizado, muito bacana mesmo”, disse a estudante de jornalismo da Universidade Federal do Ceará, Chloé Leurquim. 

set
08

Intercom 2011 representou vivência prática para alunos de Eventos

Texto: Daniel França/ Foto: Daniel Paza 

Em apenas quatro dias, mais de cinco mil pessoas vindas de várias instituições de ensino superior do país, entre pesquisadores, professores e estudantes, circularam na Universidade Católica de Pernambuco durante o 34º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Intercom 2011. O público assistiu a um evento que foi planejado ao longo de um ano. Um trabalho todo especial para os estudantes do curso superior tecnológico de Eventos da Unicap. Vinte alunos do primeiro e do quarto períodos desta graduação fizeram parte da equipe de voluntários da organização.

Da recepção dos congressitas no aeroporto do Recife, passando pela orientação aos visitantes no campus,  até montagem dos kits. Todos os detalhes do maior evento de comunicação da América Latina passaram pelas mãos desta turma. ”Foi um evento grandioso que valeu pela experiência de um estágio inteiro”, avalia a estudante do 4º período Mariana Pereira. “Foi uma oportunidade de fazer novos contatos e de reforçar o malling”, completa o colega dela Tiago Schimdt.

Toda esta vivência foi acompanhada de perto pela coordenadora do curso, professora Verônica Brayner. “Os alunos do primeiro período viram na prática o que irão aprender em teoria na sala de aula e os que estão se formando colocaram em prática o que já viram nas aulas. Este evento deu a eles a noção exata do que é a profissão”, disse ela ao ressaltar que o Intercom reune uma programação extensa de vários outros eventos como apresentação de pesquisas, seminários, colóquios, homenagens, premiações, mesas-redondas e assembleias. 

“A organização do Intercom do Recife está de parabéns. De longe, esse foi o melhor que eu já participei. O pessoal daqui é muito simpático”, disse o aluno de Jornalismo da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) Tito Souza.  

Verônica destaca ainda que o mercado de trabalho em Pernambuco é crescente. “Este profissional precisa ter um perfil amplo. Ele poderá atuar em casamentos, formaturas, solenidades religiosas, congressos, além dos eventos acadêmicos”. Criado em 2009, o curso tecnológico em Eventos da Unicap é oferecido nos turnos da manhã e tarde com quatro períodos, no mínimo, e seis períodos, no máximos. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 2119-4171.

set
07

“Adeus, adeus, minha gente!”: música e emoção no encerramento do Intercom 2011

Texto: Tiago Cisneiros / Fotos: Paulo Maia

Bloco Quero Mais

Muito mais do que uma festa, o encerramento do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom, realizado na terça-feira à noite, na Praça do Arsenal, Recife Antigo, foi um momento de confraternização. Durante mais de três horas, a mistura de frevo, forró, ciranda e maracatu embalou congressistas de outros estados, gente que passava pelo local por acaso e, principalmente, alunos e funcionários da Universidade Católica de Pernambuco que contribuíram para o sucesso do evento. Além de música, não faltaram alegria, emoção e orgulho pelo dever cumprido.

Para muitos, o Intercom 2011 significou cinco dias com centenas de palestras, debates, mesas-redondas e painéis. Para tantos outros, um esforço de meses, para que nada saísse fora do planejado. Foram esses que marcaram presença em peso no Recife Antigo e, logo de cara, assistiram a um show intimista de Silvério Pessoa, que, além de cantor, é pedagogo e aluno do mestrado em Ciências e Religião da Católica. Antes de subir ao palco, ele falou à Assecom Unicap sobre a importância das discussões travadas durante o congresso. “Repensar a comunicação em tempos de globalização é imprescindível. Acredito que a formação nesta área precise ser ampliada diante das novas mídias, inclusive para entender o impacto delas na vida dos profissionais”, afirmou, para, depois, acrescentar que é a favor do curso superior de Jornalismo e da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.

No palco, acompanhado somente de seu violão, Silvério prometeu um repertório repleto de “canções

Silverio Pessoa

que falam da nossa terra e do nosso povo”. Prometeu e cumpriu. O artista começou o show com a sua “Nas terras da gente”, cujo refrão “Sou de Pernambuco, sou” já tratou de mexer com o espírito de muita gente. Na sequência, propôs (e foi, prontamente, atendido) uma ciranda, que embalou com “Pernambucana” (faixa do seu novo disco, “No Grau”) e o clássico “Quem me deu foi Lia”, do compositor Baracho. Depois, vieram “Poesia Urbana”, “Coração Bobo”, “Cipó de Goiabeira”, “Sebastiana” e “Rei José”. Durante a apresentação, muitos grupos de amigos (recentes ou de longas datas) aproveitaram para registrar o momento. Houve até uma espécie de “foto oficial”, com Silvério Pessoa ao fundo, dos alunos e funcionários que atuaram no Intercom 2011.

Encerrado o show de Silvério, foi a vez de o bloco lírico “Eu quero mais” tomar conta da festa e fazer os pernambucanos mostrarem, de corpo e alma, o amor pela cultura do estado. Vindo do início da Rua do Bom Jesus, a agremiação conduziu boa parte do público até o palco, ao som de clássicos do frevo, como “Flabelos das ilusões”, “Hino do Elefante de Olinda” e “Madeira que cupim não rói”. A apresentação continuou com “Evocação nº 1”, “Hino dos Batutas de São José”, “Ingratidão”, “Valores do passado”, “Frevo nº 2”, “Frevo nº 3”, “Aurora de amor” e “Último regresso”. Depois desta, as professoras da Católica Aline Grego, coordenadora local do Intercom 2011 e Pró-Reitora Acadêmica, e Verônica Brayner, diretora de Graduação, foram chamadas ao palco, para receber os parabéns, em nome de todos os colaboradores e congressistas. Como todo mundo “queria mais”, o bloco honrou seu nome de batismo e esticou o espetáculo, com um efervescente pout-pourri de frevos de rua, como “Hino do Galo da Madrugada” e, claro, “Vassourinhas”.

Não demorou até que o som dos clarins fosse substituído pelo das alfaias. Ao primeiro sinal do Maracatu Tambores D’Olorum, muita gente cruzou, correndo, a Rua do Bom Jesus, para não perder uma música sequer. O grupo, que é vinculado à Católica, colocou muita gente para dançar, inclusive os congressistas de outros estados, que tiveram, durante o Intercom, o primeiro contato com os ritmos pernambucanos. Qualquer diferença ficou, definitivamente, para trás na parte final da apresentação, graças a uma gigantesca roda de ciranda (que veio a se dividir em duas), embalada por músicas como “Mamãe Oxum” e “Ciranda da rosa vermelha”. E foi assim, de mãos dadas e sorriso no rosto, que a multidão se despediu do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, o Intercom do Recife.

set
07

Em minicurso, Jô Mazzarolo fala sobre desafios do telejornalismo

Texto: Milenna Gomes / Foto: Fernanda Reis

Em minicurso realizado na manhã desta terça-feira, no Intercom 2011, a diretora de jornalismo da Globo Nordeste Jô Mazzarolo falou sobre TV digital, interatividade e compartilhou experiências adquiridas no telejornalismo em 28 anos de profissão.

De início, a jornalista fez, praticamente, um resgate de memórias. Relembrou os prazeres e dificuldades em trabalhar com, respecticamente, câmeras de video tape, betacam, digitais e, atualmente, HD. Com isso, abriu uma discussão sobre a postura dos jornalistas de hoje. Para a diretora, os equipamentos evoluíram, mas o profissional em comunicação permaneceu o mesmo. “Ainda são feitas, em entrevistas, perguntas iguais as dos anos 70″, comentou.

Quanto à interatividade, Jô destacou o papel do telejornalista como o responsável por apurar e desdobrar as colaborações em video que os telespecadores enviam para as redações. Ela ressaltou, ainda, que comunicadores se omitem de responsabilidade com a comunidade por trás do escudo da isenção. “Muitos correm atrás de uma nota pé para a matéria por obrigação e, por isso, aceitam qualquer resposta, sem se importar, realmente, se aquilo é o correto a ser passado para a população”. Nesse instante, risos “sem graça” de identificação puderam ser vistos nos rostos de quem estava ouvindo.

Jô não deixou de lembrar da importância do contato pessoal com a fonte, costume perdido com as vantagens da tecnologia. Hoje, a maioria das produções são feitas pelo telefone e personagens encontrados na internet. Mas, ela considera: “a internet tem muita coisa ruim, no entanto também é um lugar no qual coisas incríveis e de qualidade podem ser encontradas”.

E para Jô, quais seriam os principais desafios do telejornalismo pernambucano? “Se renovar todos os dias e encontrar profissionais criativos, criteriosos, informados”, afirma. Para isso, acredita, o papel da faculdade é fundamental, mas com uma resalva. “Ela deve trabalhar mais o indivíduo do que a técnica”.

A diretora de jornalismo da Globo Nordeste ainda esclareceu a polêmica que surgiu durante a palestra da repórter global Zileide Silva, também no Intercom. Nessa ocasião, a palestrante foi questionada por alguém na plateia sobre a veracidade de algumas matérias da emissora em que trabalha. Para exemplificar, a pessoa citou uma reportagem sobre drogas no centro histórico do Recife e insinuou que tudo teria sido forjado. Jô garantiu que as imagens foram feitas de maneira que não houvesse margens para interpretações.

set
07

Nelson Werneck Sodré é celebrado no último dia do Intercom

No ultimo dia do Intercom, professores, pesquisadores e estudantes discutiram o centenário de nascimento de Nelson Werneck Sodré. O evento, realizado na tarde desta terça-feira (06), último dia do Intercom, foi mediado pela professora Ana Paula Goulart Ribeiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e contou com a presença do presidente de honra da Intercom, o jornalista José Marques de Melo; a professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e filha do homenageado da mesa, Olga Sodré; a antropóloga da UERJ, Luitgarde Cavalcanti Barros, e da pesquisadora da Fundação Armando Alvares Penteado, Gisely Hime.

foto: Felipe Bueno

Para a professora Ana Paula Goulart Ribeiro, mediadora do evento, mais do que celebrar os cem anos do nascimento de Nelson Werneck Sodré, o encontro tem como objetivo rediscutir a obrar de um dos mais importantes historiadores brasileiros. “O nosso papel é rediscutir a obra dele. Não apenas comemorar o centenário, mas rediscutir o trabalho dele e tirar o que a gente puder”, disse.

Mesmo ainda faltando um ano para a realização do próximo Intercom, o presidente de honra da sociedade fala com entusiasmo da edição do ano que vem. “Foi muito importante termos discutido Sodré e McLuhan. Espero que ano que vem nós possamos trabalhar como o do equatoriano José Fernandez”, disse.

Olga Sodré, filha do escritor, agradeceu a presença dos presentes e a disponibilidade em discutir a obra de Nelson Werneck. “O professor José Marques de Melo vem trabalhando o tema. Ano passado tivemos uma mesa coma presença de Luitgard e o Intercom, que é um grande parceiro”, disse.

Quem foi Nelson Werneck Sodré

Nelson Werneck Sodré nasceu no Rio de janeiro, em abril de 1911. Sua estreia na imprensa aconteceu em 194, quando Sodré tinha apenas 14 anos. Até o início da década de 1950, Sodré foi considerado um militar promissor. Por conta de ideias consideradas contrárias ao governo, em 1951 ele foi desligado do Estado-maior. Quinze anos mais tarde, em 1966, o escritor lançou uma obra de diferença que vinha preparando há alguns anos, o livro História da Imprensa no Brasil.

História da Imprensa

Na noite da última segunda-feira, a filha de Nelson Werneck Sodré, a também historiadora Olga Sodré, relançou o clássico “História da Imprensa no Brasil”, agora, publicado pela Intercom em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Os detalhes do lançamento você acompanha na matéria de Tércio Amaral [link matéria].

Posts mais velhos «

» Posts mais novos