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Reitor da Unicap dá boas-vindas

Depois de um ano de preparação, a Universidade Católica de Pernambuco está pronta para receber com o maior carinho os mais de 3 mil pesquisadores, professores e estudantes que vão participar do XXXIV Congresso Brasileiro de Comunicação – Intercom 2011. O Reitor da Unicap, Padre Pedro Rubens, dá as boas-vindas a todos os congressistas.

Estamos agradecidos, antes de tudo, pela realização do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, em nossa cidade, sobretudo neste ano em que celebramos 60 anos de fundação da Universidade Católica de Pernambuco e 50 anos do nosso curso de Jornalismo.

A Unicap nasceu de um sonho coletivo, conjugando a tradição educativa jesuíta com o pioneirismo pernambucano. A escolha do Recife, cidade das “rebeliões libertárias”, não foi obra do acaso; da mesma forma, a abertura do curso de Jornalismo é indissociável de um projeto universitário voltado para a nossa região, inserindo-a nos contextos nacional e internacional.

Genuinamente pernambucana, a Unicap é, igualmente, parte de uma rede internacional de mais de 200 universidades católicas. De inspiração cristã e pedagogia jesuíta, nossa maior tradição é <em>formar pessoas capazes de </em><em>transformar sonhos em realidade, utopias em projetos, verdade em vida</em>. Já são mais de 70.000 egressos, dos quais milhares foram formados nos cursos de Comunicação: Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda, Fotografia, e os de caráter interdisciplinar, a exemplo de Eventos, Turismo e Jogos Digitais.

Essa história não poderia ser diferente. Somente o nosso curso de Jornalismo é responsável por quase 70% dos profissionais que atuam em Pernambuco como jornalistas, professores, pesquisadores ou gestores de comunicação. Esse curso, o mais antigo em funcionamento no Norte e Nordeste do Brasil e o pioneiro em Pernambuco, foi fundado pelo pernambucano Luiz Beltrão – aquele que dá nome ao
prêmio concedido pela Intercom para pesquisadores e instituições que se destacam pela qualidade do trabalho acadêmico. Luiz Beltrão inaugurou formalmente a pesquisa científica sobre fenômenos comunicacionais, ao criar, na Unicap, em 1963, o primeiro centro acadêmico nacional de estudos midiáticos – o Instituto de Ciências da Informação, Incinfor; e, em 1965, professor na UnB, editou a primeira revista brasileira de ciências da comunicação – <em>Comunicações &amp; Problemas</em>.

Temos muito a agradecer e a orgulhar-nos pelos pioneirismos do passado, mas este Congresso é uma manifestação eloquente do protagonismo atual de nossas instituições bem como um apelo de construirmos juntos um futuro melhor. Cabe celebrar este momento, primeiro com um gesto de profunda gratidão às equipes de organização, às instituições parceiras e aos participantes, reconhecendo o
esforço de todos e de cada um. Em segundo lugar, importa celebrar o encontro presente vislumbrando o futuro, com sonho e responsabilidade.

É inegável que o mundo está interconectado e o Brasil vive um tempo em que prevalecem as boas notícias. Isso, porém, nos chama a um compromisso ainda maior, pois sabemos que sem uma comunicação crítica e responsável – missão específica dos comunicadores profissionais – e uma articulação inteligente dos saberes – missão própria de uma universidade –, nossos sonhos correm o risco de
não passarem de ilusões ou caírem em meras lamentações. Mas, como diz o Apóstolo Paulo, “a esperança não decepciona”; ou, como reza o samba de Ivan Lins, “desesperar jamais”.

Gostaria de dar as boas-vindas, evocando grandes ícones pernambucanos, como tão bem elencou José Marques de Melo, ao receber o título de cidadão pernambucano (2010): sejam bem-vindos e bem-vindas ao lugar onde ecoou “o heroísmo republicano de Frei
Caneca, o abolicionismo diplomático de Joaquim Nabuco e o civismo nacionalista de Barbosa Lima Sobrinho”; “a geografia da fome de Josué de Castro, a pedagogia do oprimido de Paulo Freire e a sociologia do cotidiano de Gilberto Freyre; a poesia de Manuel Bandeira ou de João Cabral de Melo Neto, a pintura de Vicente do Rego Monteiro e João Câmara, a escultura de Francisco Brennand e de Abelardo da Hora”; sem esquecer o “frevo de Capiba, o baião de Luiz Gonzaga e a cerâmica de Vitalino”.

Concluo, enfim, com a máxima do poeta recifense Carlos Pena Filho: “É dos sonhos dos homens que uma cidade se inventa”. Acontecimentos como este reavivam em nós a capacidade de sonhar juntos com a reinvenção das cidades, das universidades e, sobretudo, da nossa Sociedade, para que ela seja, de fato, sinônimo de Humanidade.

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