Texto: Aline Vieira Costa/Foto: Micaella Pereira
Fidelidade à informação. Essa foi uma das orientações sugeridas no minicurso de Adaptação no Roteiro Cinematográfico, realizado durante o XXXIV Conferência Nacional de Ciências da Comunicação, o Intercom 2011, na Unicap. Ministrado pelo professor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Léo Falcão, o minicurso apontou caminhos no processo de adaptação textual, abordando características, histórias e conceitos básicos relacionados aos diversos tipos de narrativa e levantando o questionamento “o que inspira o filme?”.
De acordo com Falcão, um dos primeiros passos na criação de um roteiro adaptado é apropriação da obra originária. “É importante respeitar os vínculos por questões mercadológicas, estilísticas e intrínsecas a própria obra”, explicou ele. Na oportunidade o professor também lembrou que, normalmente, o êxito de uma obra é relacionado á popularidade, que muitas das vezes é legitimada quando apresentada nas telas.
E quem nunca ouviu o comentário “O livro é muito melhor que o filme?”. A explicação é que o contato com um livro provoca um sentimento mais seu, uma leitura subjetiva que cria expectativas quanto à adaptação dele em filme. “O filme é objetivo e, por isso, comumente há pessoas que se decepcionam com as adaptações cinematográficas. É o choque de subjetividades”, destacou.
Mesmo não sendo da área de cinema, motivações como questões textuais e planejamento foram definitivas para a aluna de Jornalismo da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Andreza Lisboa, 24 anos, na decisão de estudar formas de adaptação de roteiros no minicurso. “São habilidades que podem contribuir com as atividades jornalísticas, mesmo sendo linguagens e formatos diferentes, pois, são interdisciplinares”, relatou.