set
04

Participantes podem levar fotografia como lembrança do Intercom 2011

Por Tiago Cisneiros / Foto: Luísa Nóbrega

Os participantes do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011 podem ganhar uma lembrança especial neste domingo. Das 9h às 17h, estarão funcionando dois estúdios itinerantes, nos halls dos blocos B e G da Universidade Católica de Pernambuco. Lá, são feitas fotografias diante de banners temáticos do evento. Elas serão postadas no site www.unicap.br/galeria, de onde os interessados poderão baixar as imagens. O serviço é gratuito.

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04

Intercom recebe Rosental Calmon Alves, o pioneiro do webjornalismo brasileiro

Texto: Daniel França/Fotos: Jackie Feitosa

Manhã de domingo (4) de auditório lotado no XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011 para acompanhar a palestra daquele que foi o criador do primeiro serviço de jornalismo online no Brasil. A trajetória de Rosental Calmon Alves trafega entre a academia e o batente. Não foi à toa que ele abordou como tema a importância da pesquisa empírica no novo ecossistema midiático.

Antes de mergulhar na temática, ele fez uma breve explanação de sua experiência acadêmico-profissional. Rosental começou  a dar aula em 1973 na primeira turma do Instituto de Artes e Comunicação da Universidade Federal Fluminense. Pouco tempo depois, passou a fazer parte do Jornal do Brasil, no qual atuou como correspondente internacional e alcançou cargos executivos de redação. 

Foi nesta fase que, em 1991, ele implantou o chamado primeiro Serviço Instantâneo de Notícias (SIN). As informações eram disponibilizadas para 1.300 terminais da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Cinco anos mais tarde, surgia a edição digital do Jornal do Brasil. “Não era simplesmente a cópia do jornal com notícias de ontem. Eram informações atualizadas”, relembra ao mencionar orgulhoso que nesse momento nem mesmo o jornalão New York Times, o maior do mundo, possuia versão de Internet.

A temática – Talvez nesta época Rosental já pressentisse o que ele classifica hoje como uma das maiores revoluções já vivenciadas pela humanidade: a Era Digital. E argumentos não faltam para que acreditemos nele. Foram inúmeros cases de como os meios digitais interferiram nos veículos convencionais. A versão eletrônica da revista semanal americana Newsweek se tornou um mero canal de um blog com um ano e meio de existência. “Já imaginaram isso com a Isto É e Veja?!”, indagou. 

Para Rosental, estamos vivendo um momento de ruptura de modelo de negócio e de narrativas. “A notícia deixou de ser um produto, virou um processo. Jornalismo do futuro é jornalismo de camadas com a pergunta: ‘Você quer saber mais sobre isso?’, clique aqui”, explicou.

Ele também comentou a resistência das empresas e da academia em considerar as dimensões da revolução digital. “A web deu a falsa sensação de que seria mais uma revolução. Mas o fato é que o rádio e a televisão não tiveram a capacidade de romper paradigmas. Esses veículos aproveitaram estruturas já existentes. Hoje, os jornais são um híbrido. Nenhum deles pode desprezar os outros canais”, sentenciou.

Rosental também relembrou a primeira reunião de departamento em que propôs a criação de um curso de jornalismo online na Universidade do Texas-Austin, onde leciona desde 1996. Colegas afirmavam que a Internet seria mais um modismo passageiro, mas os números indicavam que Rosental já enxergava que a web surgiu para mudar o mundo. Naquela época, já eram 56 milhões de americanos ligados à grande rede mundial de computadores. Um feito que o rádio levou 38 anos para alcançar e a TV, 13 anos.

A transformação nos comportamentos da audiência e dos modelos de produção foram listados por Rosental numa tabela com vários aspectos do que ele classifica como ecossistema analógico e ecossistema digital. Veja logo abaixo:

ECOSSISTEMA ANALÓGICO ECOSSISTEMA DIGITAL
Escassez de informação Abundância de informação
Escassez de canais Abundância de canais
Barreiras de entrada (altos investimentos) Baixas barreiras de entrada
Alto custo de produção Baixo custo de produção
Tendência monopolista Concorrência
Comunicação vertical/unidirecional Comunicação horizontal/multidirecional
Limitação de tempo/espaço Sem limites de tempo/espaço
Pacotes fechados/estáticos Fluxo de informações aberto/dinâmico
Audiência de massa Audiência diversa/nichos
Audiência passiva Audiência ativa
Sem feedback/monólogo Feedback/conversação
Produtor x consumidor Produtor – consumidor

A revolução digital já vem provocando grandes mudanças no mercado de trabalho jornalístico americano. O faturamento dos jornais com publicidade despencou incríveis 45%, retornando a níveis de 1983. Resultado: em quatro anos e meio foram extintas 36.031 vagas de jornalistas. Os dados apresentados por Rosental tiveram como fonte o blog www.newspaperlaysoff.com.

Mas apesar de números pouco animadores, Rosental se mostra otimista. “Toda revolução gera caos e incertezas. Mas a nova geração está reiventando tudo. É o início glorioso, um começo fantástico. Nós, mais velhos, estamos tentando acompanhar vocês. ‘É o mar virando sertão e o sertão virando mar’ “, brincou ao defender a importância da pesquisa empírica: “Ela é mais oportuna do que nunca”.

A palestra  O novo ecossistema midiático torna a pesquisa empírica mais importante do que nunca foi realizada das 9h às 11h, deste domingo (4), no auditório G2.

 

set
04

Minicurso ensina a adaptar roteiros sem modificar a obra

Texto: Aline Vieira Costa/Foto: Micaella Pereira

Fidelidade à informação. Essa foi uma das orientações sugeridas no minicurso de Adaptação no Roteiro Cinematográfico, realizado durante o XXXIV Conferência Nacional de Ciências da Comunicação, o Intercom 2011, na Unicap. Ministrado pelo professor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Léo Falcão, o minicurso apontou caminhos no processo de adaptação textual, abordando características, histórias e conceitos básicos relacionados aos diversos tipos de narrativa e levantando o questionamento “o que inspira o filme?”.

De acordo com Falcão, um dos primeiros passos na criação de um roteiro adaptado é apropriação da obra originária. “É importante respeitar os vínculos por questões mercadológicas, estilísticas e intrínsecas a própria obra”, explicou ele. Na oportunidade o professor também lembrou que, normalmente, o êxito de uma obra é relacionado á popularidade, que muitas das vezes é legitimada quando apresentada nas telas.

E quem nunca ouviu o comentário “O livro é muito melhor que o filme?”. A explicação é que o contato com um livro provoca um sentimento mais seu, uma leitura subjetiva que cria expectativas quanto à adaptação dele em filme. “O filme é objetivo e, por isso, comumente há pessoas que se decepcionam com as adaptações cinematográficas. É o choque de subjetividades”, destacou.

Mesmo não sendo da área de cinema, motivações como questões textuais e planejamento foram definitivas para a aluna de Jornalismo da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Andreza Lisboa, 24 anos, na decisão de estudar formas de adaptação de roteiros no minicurso. “São habilidades que podem contribuir com as atividades jornalísticas, mesmo sendo linguagens e formatos diferentes, pois, são interdisciplinares”, relatou.

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04

Minicurso aborda a regulamentação dos meios de comunicação

Por Marília Simas

A regulamentação dos meios de comunicação foi um dos temas do minicurso realizado na tarde deste sábado (3), durante o XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011, que está realizando na Universidade Católica de Pernambuco. Dois integrantes do coletivo Intervozes realizaram um debate em torno dos ”Donos da mídia, mídia sem dono”. A palestrante Mônica Mourão, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e Daniel Fonseca, mestrando da Universidade Federal do Rio de Janeiro – (UFRJ), trouxeram para os congressitas temas referentes à criação do Conselho Nacional de Comunicação.

De acordo com Mônica Mourão, o que falta para que realmente esse projeto saia do papel é a desinformação sobre o que é o conselho. “Eu acho que esse tema ainda é muito pouco discutido na sociedade. Acho que falta uma maior conscientização em relação a esse assunto, que deve ser apresentado e debatido junto com a sociedade”, destacou.

Ana Paula Lucena, 39 anos, que é membro do Fórum Pernambucano de Comunicação, falou que para ela é muito importante ter eventos como  este, que tratam de um assunto de interesse público. “Falar de controle dos meios de comunicação causa um temor muito grande às grandes empresas de comunicação. É importante que a sociedade entenda que existem concessões que são públicas. Eu vim contribuir com esse debate e saber o que é discutido em outros estados”, explicou.

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04

Participantes do Intercom 2011 elogiam receptividade

Por Maiara Melo

O Intercom recebe pessoas de todo o país durante os cinco dias do evento. Os participantes, que foram recebidos ainda no aeroporto pelos integrantes da equipe de apoio, têm todo o suporte feito por voluntários, professores e alunos da Universidade Católica de Pernambuco.

Alidiane Souza, aluna do 5º período de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba, está participando pela primeira vez e elogiou a receptividade. “Aprendi muito nas oficinas, tanto na teoria, quanto na prática. E o povo do Recife, com toda a sua receptividade, está fazendo jus à grandiosidade do evento”, afirma.

A aluna do 8º período de Jornalismo da PUC de Campinas Mariana Cruz veio ao Recife para aproveitar o Intercom e observar as oportunidades de trabalho que a cidade oferece. “Vim para conhecer, também, o mercado do Recife. Estou gostando principalmente do calor da cidade e da receptividade das pessoas. Espero que continue assim até o fim do congresso”, disse.

Estudantes de Publicidade e Propaganda também marcaram presença no congresso, a exemplo da aluna da Universidade de Fortaleza Camila Murta, que veio defender um trabalho. “Eu estou aqui para defender um trabalho e também para representar Fortaleza que, no próximo ano, vai sediar o Intercom. Estou gostando muito, tirando muita foto, anotando tudo, e ano que vem, espero que possamos fazer igual ou quem sabe, até melhor”.

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