A partir do Ensino Fundamental I (em escolas públicas e privadas), são/devem ser contemplados os conteúdos sobre o meio ambiente. Entre sua complexidade os biomas das denominadas “formações florestais”: Floresta Amazônica, Matas de Araucárias, Atlântica e dos Cocais. Também são/devem ser ensinadas das suas importâncias e, portanto, preservadas. Como todos os biomas nacionais que, apesar dos acordos e leis internacional e nacional (federal, estadual e municipal), respectivamente, continuam sendo devastados pela biopirataria.
A Mata Atlântica (1) é um dos alvos. De acordo com relatos técnicos/científicos a floresta litorânea do Brasil, nos anos 1500, cobria, aproximadamente, 15% do território nacional ou 1. 300 (um milhão e trezentos mil) km² antes da colonização portuguesa, em uma “faixa que se entendia do Sul ao Nordeste do país” (BRASIL, 2004). Hoje, está reduzida cerca da sua metade. Para as áreas remanescentes, foi concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o título de Patrimônio Cultural Natural da Humanidade, às reservas da Mata Atlântica: Reservas do Sudeste – São Paulo e Paraná – (2) e a Costa do Descobrimento: Reservas da Mata Atlântica – Bahia e Espírito Santo – (3).
Em Pernambuco, a devastação é literalmente histórica. Iniciou-se com a exportação do Pau-Brasil e com o cultivo da monocultura de o Ciclo do Açúcar. Hoje, existem poucos hectares isolados, a exemplo do pequeno território do Horto de Dois Irmãos e do (re)florestamento da Estação Ecológica de Tapacurá do Pau-Brasil – São Lourenço da Mata (Cidade da Copa), a 18 km da capital do estado – Recife.
O meio ambiente em Pernambuco por egressas de Relações Públicas
Seja via os corpos discente e docente, o curso da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) já produziu vários trabalhos acerca do meio ambiente. Um dos destaques foi em comemoração aos 500 anos do “descobrimento do Brasil” no ano 2000. Egressas de Relações da Unicap, após pesquisa iniciada com a Carta de Pero Vaz de Caminha aos investimentos socioambientais de Assis Chateaubriand, desenvolveram a campanha institucional Brasil de Impressões: fragmentos da fauna e da flora pernambucanamente brasileiro-americanas.
O trabalho de autoria de Cynthia Lorenzo e Thaise Medeiros e orientação do prof. Alfredo Sotero, foi 1º Lugar em Projeto de Temas Livres no 13º Set Universitário, evento promovido pela Faculdade dos Meios de Comunicação (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). Foram definidos cinco elementos simbólicos/representativos da Mata Atlântica e da Caatinga pernambucanas: a Ararinha-Azul; o Pau-Brasil; a Pitomba; a Mangaba e algumas espécies de Beija-Flores.
Hoje, 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente . No (último) 27 de maio (foi) é comemorado o Dia da Mata Atlântica.
(1) Informações atualizadas, consultar a Fundação SOS Mata Atlântica ou participar dos embates do grupo de estudos Ecologia, Desenvolvimento e Sociedade Sustentável do Instituto Humanitas da Unicap (IHU).
(2) Critérios de inclusão para Patrimônio Cultural da Humanidade de acordo com a Unesco:
ii. ser exemplos excepcionais que representem processos ecológicos e biológicos significativos para a evolução e o desenvolvimento de ecossistemas terrestres, costeiros, marítimos e de água doce e de comunidades de plantas e animais, ou
iii. conter fenômenos naturais extraordinários ou áreas de uma beleza natural e uma importância estética excepcionais, ou
iv. conter os habitats naturais mais importantes e mais representativos para a conservação in situ da diversidade biológica, incluindo aqueles que abrigam espécies ameaçadas que possuam um valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação.
(3) Critérios de inclusão para Patrimônio Cultural da Humanidade da Costa do Descobrimento são os itens: ii e o iv (op. cit.).
Referência
BRASIL. Patrimônio mundial no Brasil. 3. ed. Brasília: Unesco, Caixa Econômica Federal, 2004.
