A formatura em Direito no primeiro semestre de 2017 não representou fim do vínculo entre a Unicap e Ana Catarina Pereira Gomes. Pelo contrário, mesmo tendo concluído os estudos, a ex-aluna seguiu como advogada voluntária na Assessoria de Treinamento, Estágio, Pesquisa e Integração (Astepi), o Núcleo de Prática Jurídica da Católica. Catarina comemora um ano de voluntariado contribuindo com cerca de 30 processos na área cível.
“Achei uma boa oportunidade atuar como voluntária porque sempre quis ter tempo para estudar para concurso e não trabalhar em escritório, mas aqui eu descobri que o sentido do voluntariado era outro: além do aprendizado, há o prazer de ajudar as pessoas”. Catarina avalia a relação com a Unicap como sendo de troca. Ela conseguiu uma bolsa de assistência social de 100% da Universidade. “Então hoje eu retribuo fazendo algo de coração”.
Assim como os alunos das disciplinas práticas de direito trabalhista, civil e penal, os advogados voluntários também são supervisionados por professores. “Tive muita sorte de pegar o professor Fernando Lapa que tem muita experiência no ensino”, contou Catarina se referindo ao coordenador da Astepi.
Ainda no ensino médio, Catarina já sonhava em estudar na Unicap. “Eu dizia: ‘mãe, eu só quero a Católica porque outra faculdade não vai me dar um bom currículo. Só quero a Unicap’ “, disse ela se recordando dos tempos do Vestibular. O bom relacionamento de Catarina com os professores da Católica começou já nos primeiros semestres do curso. Antes de conquistar a bolsa, ela teve ajuda de uma das professoras. Catarina prefere não revelar o nome a pedido da própria docente que já não está mais na Unicap.
“Ela me ajudou bastante durante um tempo e depois me encaminhou a Padre Lúcio (Pró-reitor Comunitário ao qual a Divisão de Ação Social está ligada) e disse para falar em nome dela. Contei toda a verdade: que não tinha condições de pagar a Universidade”, relata Catarina que nem esperava conseguir bolsa de 100%. “Foi um dos grandes momentos da minha vida. Liguei para a minha mãe e ela gritava feito louca”, relembra a advogada emocionada. “Vou levá-la para o resto da minha vida. Não tenho palavras para agradecer”, disse Catarina ao se referir à professora.
A jovem advogada continua aprendendo na Astepi, mas ao longo desses anos frequentado o ambiente da Universidade ela já tirou lições suficientes para aconselhar quem está chegando agora. “Se você não tiver uma boa base, você não será um bom profissional. Por isso é fundamental aproveitar todas as disciplinas porque os concursos cobram. No final, o que importa é o conteúdo que a gente traz”, afirmou Catarina que planeja fazer concurso para a magistratura federal a partir de 2020.