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Recife, 9 de outubro de 2009 - Ano 8

Superior dos Jesuítas para o Nordeste e Espírito Santo celebra missa na Universidade
Rebeca Kramer

“Nossa Igreja cresce na caridade”. Fazendo referência ao trabalho desenvolvido pela Companhia de Jesus, o Pró-reitor Comunitário da Católica, Padre Miguel Martins, reafirmou a importância do trabalho desenvolvido pela Universidade, durante a missa celebrada na capela da instituição, às 18h desta quinta-feira (8). A missa foi presidida pelo Provincial dos Jesuítas para o Nordeste e o Espírito Santo, Padre José Acrízio Sales, e concelebrada pelo coordenador da Pastoral, Padre Antonio Mota, e pelos padres Ferdinando Azevedo, Lúcio Flávio e Francisco Secchim.

Em 2005, Padre José Acrízio assumiu o cargo de Provincial dos Jesuítas para o Nordeste e o Espírito Santo e, consequentemente, a presidência da Universidade Católica de Pernambuco.

Padre José Acrízio Sales nasceu em Tamboril, no Ceará, no dia 8 de setembro de 1952. Aos 20 anos, iniciou o curso de Economia na Universidade Federal do Ceará, concluindo-o em 1975. Durante o Ensino Superior, participou de diversas organizações católicas, como o Movimento de Juventude na Arquidiocese de Fortaleza, o Cursilho de Cristandade e o Grupo de Jovens Dia de Esperança.

Influenciado pelos contatos que travara durante a juventude no Colégio Santo Inácio e na Escola Apostólica, decidiu ingressar na Companhia de Jesus, em 1977. Desde então, cursou Teologia e Filosofia no Rio de Janeiro e em Brasília, ordenou-se padre em dezembro de 1983 e criou a Comunidade Vocacional do Mondubim, em Fortaleza, onde deu início à ação pastoral.

De 1987 a 1989, Padre José Acrízio realizou o Mestrado em Espiritualidade em Roma, na Itália. Ao retornar para o Brasil, ocupou, durante seis anos, os cargos de diretor da Comunidade Vocacional e coordenador da pastoral na Província. Entre 1996 e 2005, trabalhou como Mestre dos Noviços das Províncias da Bahia e do Brasil Setentrional, cuja fusão deu origem à Província dos Jesuítas para o Nordeste e o Espírito Santo, presidida pelo religioso.

Aluno de Ciência da Computação da Católica vence campeonato de informática
Rebeca Kramer

O estudante do 7º período de Ciência da Computação da Universidade Católica de Pernambuco André Henrique de Brito Leitão, de 24 anos, foi o vencedor da primeira edição do campeonato promovido pela Revista Info, o Info Arena, na área de informática, na categoria Android. A competição aconteceu entre universidades de todo o Brasil.

Além da categoria Android, os participantes podiam se inscrever também nas categorias Iphone, Widget, Inteligência Artificial, Aplicativos on line e Games. André desenvolveu um jogo, cujo objetivo é defender a terra de um ataque lançado por naves inimigas. “Optei por essa modalidade pela inovação, pois telefones Android ainda não chegou ao Brasil ainda para competir no mercado de smart phones. Pessoalmente, sou fã do google e a smart phone é powered bygoogle”, afirmou. O aluno da Unicap vem estudando desde 2008 a tecnologia, quando começaram a ser divulgadas as notícias e a possibilidade de programas nessa área.

Na competição, os juízes e responsáveis solicitam, primeiramente, que os interessados enviem o código fonte de aplicação e a aplicação em si para ser instalada, de forma que os usuários possam fazer o download. “Portanto, nessa primeira fase, há a submissão dos projetos pela internet, além do preenchimento de formulários, a seleção do tema e as ferramentas utilizadas”, contou.

A segunda fase consta da seleção dos projetos mais viáveis. “Como fui classificado, já tinha que mandar um jogo pronto. O meu, o Earth Defender, tinha os comandos para serem feitos por meio de toques na tela”, explicou.  E complementou: “Virei várias noites fazendo o projeto, até que, no final, estenderam o prazo em dez dias. Mas, também, depois disso, esperei até o último minuto para submeter o projeto o melhor possível”, brincou.

Por fim, de acordo com André, os responsáveis pela competição avisaram quais as categorias iriam para a terceira fase. Com ele, foi o jogo World Speak, que permite ouvir, on-line, a pronúncia de palavras em vários idiomas e cadastrar novos termos. “Nessa etapa, aconteceu uma votação pública onde só poderia ser feita com o CPF. No final, deu 70 votos de diferença. Mandei todos os meus amigos votarem. O orkut foi um desses meios de pedir”, explicou.

Segundo o competidor, ele pretende, ainda, calibrar melhor o jogo. “Ora os níveis estão muito fáceis. Ora, tornam-se difíceis. Minha intenção é regular as cinco fases que já tem. Além disso, arrumar um artista para fazer os gráficos, que fui eu mesmo que fiz, e melhorar os efeitos sonoros, porque só tem uma música”, disse.

Das cinco equipes, uma foi selecionada pela Info para viajar para Nova York. “Essa equipe dispunha de um jogo educativo de matemática. Acredito que foi por isso que ganharam. Eles não informaram os critérios de avaliação”, salientou. Mas, André não ficou sem premiação. Segundo ele, irá ganhar um vale compras de R$1 mil. “Ainda não sei em que loja é. Mas acredito que seja de informática”, exclamou.

De acordo com André, a intenção é permanecer atuando nessa área de jogos. Atualmente, o estudante trabalha no Meantime, uma incubada do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (César), empresa de jogos para celular. “Pretendo melhorar o Earth Defender para poder disponibilizá-lo na loja virtual, O Android Market que, em breve, estará disponível no Brasil”, falou.

Palestra de William Bonner terá esquema de credenciamento para inscritos
Tiago Cisneiros

A Assessoria de Comunicação e a Coordenação de Graduação da Católica não param de receber ligações e emails de pessoas interessadas em assistir ao seminário “Jornal Nacional: modo de fazer”, do editor-chefe e apresentador do telejornal, William Bonner, na próxima sexta-feira (16). No entanto, as 450 vagas disponibilizadas para o evento foram preenchidas em poucas horas, no mesmo dia em que as inscrições foram abertas (segunda-feira, 5).

O seminário “Jornal Nacional: modo de fazer” é destinado a estudantes e professores dos cursos de Jornalismo do estado. O evento é uma iniciativa da Universidade Católica de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco, em parceria com a Rede Globo, através do projeto Globo Universidade.

O preenchimento de todas as vagas não surpreende o coordenador do curso de Jornalismo da Católica, professor Alexandre Figueirôa. Segundo ele, o interesse dos estudantes deve-se, sobretudo, ao prestígio do Jornal Nacional e do seu editor-chefe. “Trata-se de um programa com 40 anos de existência, o que não se alcança à toa. Ninguém pode negar que é uma referência e tem um peso grande em todo o país. Para os alunos, a palestra é um evento importante, porque proporciona o contato com o que existe de ponta no telejornalismo”, avalia.

Atenção, inscritos!

O seminário “Jornal Nacional: modo de fazer” será realizado no dia 16 (sexta-feira), das 9h às 12h, no auditório G2 da Católica. Entre 8h e 8h30, os inscritos deverão fazer o credenciamento para o evento, no térreo do bloco G (ao lado dos elevadores centrais), apresentando a carteira de identidade e o comprovante de inscrição (emitido através do site www.unicap.br , após o preenchimento do formulário). A intenção é propiciar a ordem e o conforto a todos os participantes.

Ginásio da Unicap em clima do Dia das Crianças
Victor Bastos

Ao som de muita música e animação, as crianças da Creche Nossa Senhora da Consolação receberam um grande presente. Uma festa em homenagem ao Dia das Crianças foi realizada na manhã desta sexta-feira (9) das 9h às 12h, no Ginásio do bloco. A iniciativa foi promovida por professores, voluntários (estudantes de Direito e Fisioterapia) e funcionários da Universidade Católica de Pernambuco.

Durante toda a manhã, as crianças participaram de brincadeiras, gincanas e atividades lúdicas. Além das 30 crianças da creche, os irmãos, parentes e amigos menores de dez anos, participaram das atividades, do lanche e receberam presentes. O ápice da festa foi a apresentação do grupo infantil Alegria de Bolso, comandado pelo animador Alekrin.

A coordenadora da creche, Reny Melo, destacou a importância da participação dos estudantes de Direito e Fisioterapia da Universidade Católica de Pernambuco para a realização da festa do Dia das Crianças da instituição. “Os voluntários são essenciais para eventos como esse. Pois nós somos uma entidade filantrópica e, por isso, precisamos cada vez mais desse tipo de ajuda”, disse.

A parceria entre a Creche Nossa Senhora da Consolação e a Universidade Católica de Pernambuco existe há 10 anos. Segundo Reny Melo, essa relação entre a Unicap e a creche é cada vez mais importante e necessária. “Isso foi a melhor coisa que existiu para a nossa entidade, a Pastoral nos ajuda bastante”, afirmou.

“A possibilidade de tocar o coração de pessoas que vivem em uma situação precária é muito gratificante”, ressaltou a integrante da Pastoral Unicap Irmã Rosário Cláudio, definindo o sentimento de todos que participaram do Dia das Crianças da Creche Nossa Senhora da Consolação. Irmã Rosário explicou que eventos como esse “despertam misericórdia e belos sentimentos no coração das pessoas”.

No 6° período do curso de Direito na Unicap, Nathália Jungman, 23 anos, demonstrou muita satisfação em participar como voluntária da festa. “Para mim, é uma alegria muito grande, são crianças que vivem em um mundo tão perigoso e triste. Ter bons exemplos pode mudar a vida delas, pode fazer uma grande diferença”, explicou.

O grupo infantil Alegria de Bolso fez a festa com a criançada ao som de muitas músicas e brincadeiras. As mães também entraram nas atividades comandadas pelo fundador do grupo Alekrin. “Nós damos infância para quem não teve uma oportunidade. E isso é um direito de todos, esse é nosso maior desafio e prazer para continuar fazendo isso”, explicou Alekrin.

Alegria de Bolso

O grupo infantil Alegria de Bolso surgiu em 2006. “O nosso nome é esse, pois a gente vai para qualquer lugar, com qualquer pessoa, que realmente precisa. Cabemos em todo canto”, contou Alekrin, fundador do projeto.

Leandro Alekrin, 21 anos, é professor de português e literatura, e assim surgiu o interesse de praticar ações voluntárias. “Eu comecei a dar aulas para crianças carentes, depois surgiu a vontade de fazer algo mais teatral e musical”, afirmou. Para entrar em contato com o grupo infantil, basta ligar para o telefone 9255-1783 ou enviar um e-mail para leandroalekrin@yahoo.com.br.

Alunos do Fé e Alegria comemoram o Dia das Crianças com muita brincadeira
André Amorim

O Fé e Alegria promoveu, na manhã desta sexta-feira (9), um momento diferente do que os alunos estão acostumados a vivenciar. Ao invés de aulas de reforço de português e matemática, os alunos participaram de atividades recreativas em comemoração ao Dia das Crianças. A gincana, realizada no Liceu/Nóbrega de Artes e Ofícios, foi programada pelos estagiários do Fé e Alegria.

Divididos em equipes, quase 40 alunos da 7ª e 8ª séries tiveram que realizar provas, seja em casa (arrecadação de alimentos não-perecíveis) ou nesta manhã (cabo de guerra, caça ao tesouro, jogo da cadeira, formação de palavras, forca e muitas outras) com o objetivo de conseguir a maior pontuação na competição. Muito mais que uma brincadeira, o momento também foi de solidariedade. Os alimentos arrecadados na gincana serão doados para o Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP).

O coordenador da Fundação Fé e Alegria em Pernambuco, Luiz Justino Silva Junior, acredita que a atividade realizada seja um forma de incentivar a participação dos alunos e também de valorizá-los. Além disso, Justino acredita que trabalhar os conteúdos vistos em sala de aula de uma forma lúdica seja uma boa iniciativa.

O mesmo ponto de vista é compartilhado pela psicóloga do Fé e Alegria, Rita de Cássia Araújo, que acredita que as atividades lúdicas envolvendo o que é visto em sala de aula pode ajudar ainda mais no entendimento dos alunos.

II Semana de Filosofia da Católica promove palestra sobre Max Horkheimer
Rebeca Kramer

O professor do curso de Filosofia da Universidade Católica de Pernambuco Antonio Carlos ministrou, no final da tarde desta quinta-feira (8), na sala multiuso, no 1º andar do bloco G, a palestra intitulada A Política em Horkheimer. O evento, organizado pelo Centro Acadêmico de Filosofia Hannah Arendt, integra a II Semana de Filosofia da Unicap. 

Horkheimer nasceu em Stuttgart. Era filho de um rico fabricante de tecidos e estudou filosofia em Frankfurt, tornando-se professor em 1930. Com Theodor Adorno, fundou o Instituto de Pesquisas Sociais, mais conhecido como Escola de Frankfurt, instituição dedicada a pesquisas de filosofia, sociologia, economia e psicologia.  

Durante a década de 30, escreveu uma série de artigos, reunidos em dois volumes sob o título Teoria Crítica (1968), em que postula que o futuro da humanidade depende da adoção de um pensamento crítico a respeito do que ela produz, entre teorias tradicionais e elementos da cultura atual. Quando o regime nazista assumiu o poder, na década de 30, mudou-se com sua escola para Nova York, nos Estados Unidos (EUA). Escreveu, em 1947, O Eclipse da Razão e, em parceria com Adorno, a Dialética do Esclarecimento. Portanto, valendo-se dos legados de Horkheimer: A Teoria Crítica e a Dialética do Esclarecimento, o professor Antonio Carlos conduziu sua fala.  

Na ocasião, o professor mencionou alguns dos autores que foram fontes de referência e de influência para Horkheimer. “Os autores por mais intelectuais que sejam não têm, simplesmente, insights das teorias que desenvolvem. Para tanto, precisaram estudar outros pensamentos”, afirmou. Dada essa circunstância, o palestrante apontou Hegel – a sua dialética e cosmovisão de um mundo dinâmico, de luta entre contrários, de rigor conceitual e da razão na história.  

Depois, Karl Marx, cuja fala destacada foi a de que os filósofos não têm feito nada mais do que interpretar o mundo de diferentes maneiras, quando, o que importa, mesmo, é transformá-lo. Horkheimer teria herdado, segundo Antonio Carlos, a dialética marxista, onde há a inversão da dialética hegeliana, que era idealista e se torna, assim, materialista. “Dialética é um método de raciocínio em que as ideias se encadeiam em três momentos: a tese, a antítese e a síntese. Aplicando-se nas relações materiais, como na relação trabalho versus natureza, escravos x senhores feudais”, observou. 

Freud também foi um grande influenciador das teorias de Horkheimer, visto que este também era psicólogo. “Freud afirmava que a dinâmica da vida psíquica trata-se da tentativa de integrar o nível macroteórico - produção capitalista - com o nível micro - o indivíduo e seu psiquismo”, destacou. Nesse momento, o professor Antônio Carlos levantou o seguinte questionamento, já instigado pelo próprio Karl Marx: “Como entender um indivíduo extremamente revolucionário que, em situações da vida particular, contradiz em tudo o que defende publicamente?”. Segundo o professor, Marx era um homem que lutava pela emancipação feminina na rua, mas, em casa, exigia que sua mulher se acordasse mais cedo para colocar o café dele na mesa. 

Nietzsche teria sido mais um forte influenciador das doutrinas de Horkheimer. No artigo intitulado: Da discussão do racionalismo na Filosofia Contemporânea, Horkheimer endossa a crítica nietzschiniana à moral burguesa e a entende como um protesto contra o aprisionamento da vida individual. “Horkheimer colocou no centro da discussão a possibilidade de um materialismo que não compactuasse com as formas conceituais abstratas de dominação da natureza. Mas, sim, de homens com competência para assumir o próprio destino ao reconhecer que ele não é ditado por forças externas. Ao contrário, os homens deveriam fazer uso da razão para conduzirem suas próprias histórias”, argumentou. 

Essa ideia de abordar a Teoria Crítica à Teoria Tradicional, esta última de tipo cartesiana, visa reunir a teoria e a práxis. A Teoria Crítica inicia-se a partir do Ensaio Manifesto publicado por Horkheimer, em 1937, intitulado: Teoria Tradicional e Teoria Crítica. Propondo o esclarecimento da sociedade quanto às ordens instituídas, quer oferecer um posicionamento crítico nos confrontos com a ciência e a cultura, expressando uma possibilidade política de reorganização da sociedade com o intuito de superar a crise da razão, ou seja, a reflexão sobre a racionalidade e a manutenção de um sistema estabelecido por um status quo. “Por isso, propõem a dialética como uma forma de entender a sociedade, relacionando os fenômenos com as forças sociais que os provocam”, relatou. 

De acordo com o professor, a perspectiva Tradicional da teoria pretende somente explicar o funcionamento da sociedade e termina por adaptar o pensamento à  realidade vigente. Partindo disso, por outro lado, a atitude crítica não se volta, apenas, para o conhecimento. Mas, também, para a própria realidade das condições sociais capitalistas. “Isso acontece porque o comportamento crítico tem sua fonte na orientação para a emancipação”, explicou.

O pensamento político de Tomás de Aquino é tema de palestra da II Semana de Filosofia
Rebeca Kramer

O Centro Acadêmico de Filosofia da Universidade Católica de Pernambuco e o curso de Filosofia da instituição estão promoveram até esta sexta-feira (9), a II Semana de Filosofia. No final da tarde desta quarta-feira (8), na sala de multiuso do bloco D (primeiro andar), o professor José Urbano de Lima Júnior ministrou a palestra intitulada O Pensamento de Tomás de Aquino no De Regno ad Regem Cypri.

O De regno é um livro, não finalizado, que trata do tema da monarquia. A importância dessa pequena obra consiste no fato da entrada da Política de Aristóteles no meio intelectual do Ocidente latino. Segundo José Urbano, Aquino retoma o pensamento aristotélico que diz que o ser humano é, essencialmente, um ser social.  E, também, de natureza política. “Todas nossas faculdades só serão plenamente executadas se estivermos no seio do social. Somos seres gregários. Fica, portanto, mais fácil, atendermos às nossas necessidades se estivemos juntos e não sozinhos”, expôs.

A partir disso, apresenta-se o problema da autoridade no De regno: o governo de uma cidade ou reino tem a finalidade de conservar a paz e agir de acordo com o bem comum. Apresenta-se, em seguida, a retomada da divisão clássica dos regimes de governo. De acordo com José Urbano, Tomás de Aquino manifestava-se a favor de um regime misto, para que se evitasse o abuso de poder. Por fim, expõe-se o problema da tirania. “Se o principal papel do governo é o bem comum, algumas instituições só farão sentido se promoverem o bem comum. É Tomás adiantando no século 13 o que se aplicaria hoje. A sociedade só existe moralmente se ela trabalha no sentido de atender a todos”, expôs.

O palestrante relembrou, ainda, que, no Governo Lula, em certos momentos, os sem-terra saquearam caminhões. E a Igreja, respondendo ao fato, retomou a ideia de Aquino. “O furto é sempre pecado?”, questionou Urbano. Para Aquino, a necessidade torna comum o que antes era considerado privado. “Quando há uma necessidade extrema, não é coerente moralmente, para Aquino, que haja um erro nesse ato”, colocou.

Na obra, ainda há a comparação das desvantagens da tirania com os benefícios da realeza. Segundo o palestrante, Aquino não tem uma obra específica que verse acerca das formas de poder. Entretanto, em De Regno, expõe que as fontes consultadas para utilizar como referência nas melhores formas de governar, consistiriam no governo dos melhores príncipes, e, principalmente, na base da sagrada escritura.

De acordo com o princípio da teleologia de Aristóteles - a teoria dos fins ou o para-que-de-todas-as-coisas, tudo age visando um fim. E ele reafirma essa ideia colocando que o fim supremo do ser humano é a busca da felicidade. “E como alcançar essa plenitude?”, perguntou Urbano. Isso se daria por meio não só de virtudes civis, mas também pelas cristãs. “Mas isso não basta. A própria virtude precisa visar a felicidade coletiva e o bem comum, que é o real objetivo da sociedade politicamente organizada”, salientou.

Na ocasião, ainda, o professor desmistificou os preconceitos existentes acerca do momento histórico da Idade Média, especialmente da Baixa Idade Média e os séculos 11, 12 e 13. “É extremamente incorreto afirmar que, naquele período, não houve produção de conhecimento filosófico ou tecnológico. A idade média não deve ser vista estritamente como de um lado os servos e de outro os senhores feudais, porque por meio dessa restrita designação não se estabelece bem os aspectos políticos da época”, observou.

Com relação aos problemas existentes entre filosofia e teologia, Aquino busca distinguir clara e precisamente as duas ordens. Ainda com base no sistema aristotélico, é eliminada a doutrina da iluminação agostiniana, que levava inevitavelmente a uma confusão da teologia com a filosofia. “Aquino desperta a consciência do que conhecimento racional e as matérias de fé”, contou.

Para Urbano, as ideias verdadeiramente políticas não foram disseminadas somente com Maquiavel, na obra O príncipe. Afinal, a Idade Média iniciada no século 11 observa um verdadeiro renascimento medieval, com manifestações de cunho cultural. “A partir do século 11, acontece uma movimentação contrária pré-estabelecida em séculos anteriores. Há o surgimento das cidades, para onde diversas pessoas migraram em busca dos principais centros. Isso acabou por estabelecer relações interpessoais e o incremento do comércio para atender as demandas. Houve, portanto, decorrente da urbanização, a renovação de uma nova estrutura jurídico-política. Além do surgimento e a difusão das primeiras universidades, como Oxford e Paris, dando, às cidades, um novo incremento intelectual”, frisou.

Processo de criação de identidades nacionais é tema de palestra do II Circuito Literário da Católica
Tércio Amaral

Foi encerrado, na noite desta quinta-feira (8), o primeiro ciclo de palestras no Estado de Pernambuco sobre literatura africana. Realizado nos dias 6, 7 e 8, a palestra “Literatura Africana: entre olhares” integrou o II Circuito Literário da Católica, evento realizado pelo Diretório Acadêmico de Letras, com o apoio da coordenação do curso de Letras. Participaram da mesa a professora Joelma Santos e as alunas do Programa de Pós-graduação em Literatura Africana da Fafire Ana Raquel e Wanessa Tenório.

Segundo um dos membros da organização e do Diretório Acadêmico da gestão “Soltar o verbo” Alan Douglas, este encontro, além do pioneirismo do tema, releva as necessidades na área de Letras no conhecimento da literatura africana. “As graduações em Letras não possuem disciplinas especificas em literatura africana. Temos que enriquecer com essas ideias ao nos preparar para o mercado de trabalho. A Lei de Diretrizes de Base, que regula os conteúdos de ensino no Brasil, incluem o estudo da cultura afro-brasileira e dos grupos indígenas nos currículos”, disse.

A abertura dos trabalhos desta noite ficou com a professora Joelma Santos, da Faculdade Frassinetti do Recife – Fafire. “É um prazer contemplar obras que têm forte influência na literatura brasileira”, disse a professora. Ela ainda criticou a postura da Academia Brasileira de limitar a literatura africana às discussões de cor, etnia e raça. “A literatura africana está acima de tudo. É literatura com letra maiúscula”, defendeu.  Para ela, não basta apenas discutir a literatura africana sem ter como o objetivo a desconstrução de preconceitos. “Encontramos muitas dificuldades para encontrar referências teóricas. Nossas bibliotecas têm uma carência muito grande nessa área, mas é preciso tirar a literatura africana do discurso marginal”, disse.

A apresentação contou com a participação da ex-aluna do curso de Letras da Católica Wanessa Tenório. Ela destacou que seus conhecimentos sobre literatura africana começaram com os estudos de graduação nas disciplinas da Católica. “Conheci a obra de Germano Almeida ainda na graduação com a professora Fabiana Furtado”, disse. Com o trabalho “A memória e o real no testamento de Sr. Napumoceno”, Wanessa Tenório analisou a memória de Cabo Verde a partir de elementos literários construídos na prosa contemporânea do escritor Germano Almeida, produzida no país após o processo de independência em 1975.

Mesclando sentimentos de cultura portuguesa, Cabo Verde foi um dos últimos países do continente africano a conquistar a independência política. O desejo da liberdade foi sendo transformado em literatura, justamente no momento que floresciam os grupos de arte, de poesia e a intelectualidade cabo-verdiana. Mas a construção dessa literatura se relacionou com as dificuldades trazidas com a independência. Com a economia deficiente, o país que geograficamente é um arquipélago no meio do Atlântico sofreu o processo de migração. “Essas criaturas abandonam ilhas de fortes tradições próprias e já enraizadas formas de estar no mundo, para de repente se lançarem no espaço aberto”, destacou Wanessa Tenório citando a obra de Germano Almeida.

Outro país africano de colonização portuguesa que teve sua independência em meados de 1975 foi Angola. Segundo a palestrante Ana Raquel, a construção da identidade nacional angolana não contemplou todos os grupos sociais. “O objetivo dessa literatura é construir a memória das pessoas marginalizadas no processo de construção da nacionalidade. Pois, a história efetiva não descreveu a participação de todos os personagens”, disse.

Ana Raquel estuda justamente a narrativa “O vendedor de passados”, do romancista angolano José Eduardo Agualusa. Para ela, a literatura por criar uma imaginação em prosa fabricaria os sonhos daqueles que não puderam estar no processo de construção da nacionalidade através da historiografia oficial – que seria a história aceita pelo grupo dominante no processo de independência. Assim, essa produção não abriu mão de “buscar elementos de veracidade para justificar elemento da realidade”.

Curiosidades

No Brasil, o processo de construção de identidade nacional também esteve relacionado com a produção literária. Com a fundação do Instituto Histórico Nacional, em 1838, pelo imperador d. Pedro II, vários intelectuais ficaram encarregados de criar uma memória nacional. Diversos romancistas, como José de Alencar e Gonçalves Dias, tiveram obras literárias patrocinadas pelo Estado Imperial. Diferentemente dos países africanos contemporâneos, o símbolo escolhido para dar guarida às ideias de unidade nacional foi o indígena que, por sua vez, era descrito como um homem branco europeu. Para o Brasil, o índio “civilizado” seria uma espécie de amadurecimento da cultura colonizadora europeia nos trópicos.

Curso sobre formação intelectual Infantil chega ao final
Diego Ximenes

Na tarde desta sexta-feira (09), foi concluído o curso Winnicott e o Psiquismo Infantil, que foi ministrado pela professora de Psicologia Maria Consuêlo Passos, no auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH), no primeiro andar do bloco B.

No último dia do evento, a professora trabalhou os vários conceitos da formação psicológica que a mãe pode influenciar no filho, segundo o psicanalista Donald Winnicott. Ainda, esclareceu os pontos de vista, em relação aos sentidos sociais dos recém-nascidos, nos primeiros dias de vida, passando pela constituição de condições de amadurecimento e a importância do brincar, que segundo o estudioso das relações maternais, estimula o bebê à sociabilidade e o desenvolvimento intelectual.

Segundo a estudante do 8° período de Psicologia da Católica Juliana Góes, o curso abriu um novo caminho para aprofundar os estudos no trabalho que o psicanalista desenvolveu.  “Nesses três dias de aula, tive a oportunidade de ampliar meus conhecimentos sobre Winnicott. Tudo o que acompanhei, só fez aumentar minha curiosidade e me proporcionou outras abordagens que eu posso incluir no meu projeto”, ressaltou a aluna, que está desenvolvendo uma monografia baseada nos estudos de Winnicott.

Para a professora Consuêlo, o curso, que teve inicio na última quarta-feira (7), teve um ótimo resultado, pois o evento foi uma grande oportunidade de debater vários conceitos que podem ampliar a visão dos alunos, que participaram. Compartilhar conhecimento sobre questões que fazem parte do cotidiano familiar sempre ajuda os estudantes a adquirir uma maior noção nessa área de psicologia. Estou muito contente com o a realização deste trabalho”, enfatizou a professora.

Fundação Joaquim Nabuco marca presença na Semana da Integração da Católica
Tiago Cisneiros

A Fundação Joaquim Nabuco apresentará, de 19 a 23 de outubro, na Católica, o “Projeto Piloto: a pesquisa social na Fundaj”. No térreo do bloco A, serão exibidos os relatórios de estudos, livros, revistas e banners ligados à Diretoria de Pesquisas Sociais da instituição. A programação conta, ainda, com a mesa-redonda “Os desafios da pesquisa social hoje” e a palestra “Transposição do Rio São Francisco”.

A mesa-redonda, que terá, como debatedores, os pesquisadores Clóvis Cavalcanti e Socorro Araújo e um convidado externo, e a palestra, ministrada pelo pesquisador João Suassuna, acontecerão no auditório do bloco D da Universidade. As sessões serão realizadas, respectivamente, nos dias 19 e 21 de outubro, a partir das 18h.

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