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Recife, 24 de outubro de 2005 – ano 4

Primeiro lugar do PIBIC no CTHC comemora resultado
Por Camila Maciel

Pibic

A III Semana de Integração Universidade Sociedade foi espaço garantido para reconhecimento e premiação de trabalhos desenvolvidos por alunos e professores da UNICAP. A Profª Drª do curso de Fonoaudiologia e do Mestrado em Ciências da Linguagem, Erideise Gurgel, comemora com a estudante bolsista do 8º período de Fono, Teresa Cristina Barbosa, o primeiro lugar dentre as pesquisas do CTCH apresentadas no último dia 19 na Biblioteca Central da Universidade.

A pesquisa foi financiada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC e concorreu com cerca de cem pesquisadores. As premiadas estudaram durante 11 meses a Análise morfofuncional da voz em sujeitos portadores da doença de Parkinson. Para a estudante Teresa Cristina a doença do avô influenciou na dedicação à pesquisa. “Meu avô é portador de Parkinson e, por causa disso, meu interesse pelo assunto dobra”, afirma a estudante premiada.

Durante a pesquisa, dez pacientes portadores de Parkinson foram analisados. De acordo com as pesquisadoras foram identificadas nesses pacientes alterações na voz que se mostravam mais rocas e trêmulas. Essas alterações puderam ser observadas através de exames médicos realizados pela professora Erideise Gurgel, graças a um aparelho adquirido recentemente pela Universidade que permitiu às pesquisadoras enxergarrem a laringe dos pacientes durante a sua fala. “O exame de Videolaringoscopia foi fundamental para a nossa pesquisa”, explicou a professora.

O trabalho terminou para a bolsista, mas o estudo não pára por aí. O próximo grupo de bolsistas terá a responsabilidade de dar continuidade à pesquisa desenvolvida este ano, dessa vez acompanhando os pacientes que serão encaminhados a um tratamento para conter os malefícios da doença de Parkinson na voz e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos portadores. Para a estudante de Fonoaudiologia, a pesquisa abriu horizontes: “Fiquei surpresa com o resultado. Eu já vejo uma especialização ou um mestrado nessa área”, planeja Cristina.

Bombas nucleares são tema de discussão na Semana de Integração
Por Juliana Carneiro

O espaço estava reservado para o professor Dr. Michael Stabin da Vanderbit University que falaria sobre A Física Médica no Brasil e nos Estados Unidos. Contudo, problemas causados pelo furacão Wilma, fez com que a chegada do vôo do professor atrasasse seis horas. Por isso, a palestra que aconteceu na sexta-feira (21), no auditório G1 foi da professora do Departamento de Física Aplicada e Física Nuclear do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, Emico Okuno.

A professora, que já havia participado da Semana de Integração na quinta-feira (20), com uma explanação sobre Os efeitos do ultravioleta no corpo humano falou aos alunos e convidados a respeito do Projeto Manhattan e as conseqüências da bomba de Hiroshima.

A professora Emico começou a palestra falando da criação do projeto, desenvolvido pelo governo americano em meados do século passado. Três bombas atômicas foram construídas. Dessas, duas foram usadas e explodiram nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, respectivamente nos dias 6 e 9 de agosto de 1945. A terceira bomba foi usada para testes no deserto do Novo México. “Com o projeto Manhattan houve um ‘boom’ de construção de laboratórios secretos nos Estados Unidos. O investimento foi alto. Na época foram quase dois milhões de dólares que hoje, é o equivalente a vinte milhões”, revelou a professora. Ainda segundo Emico, a chegada de grandes cientistas, na maioria judeus, aos Estados Unidos que fugiam da guerra na Europa ajudou o desenvolvimento da tecnologia nuclear. “Criou-se na verdade uma espécie de competição entre a Alemanha e os EUA para a construção da primeira bomba, mas nunca os alemães chegaram a produzir algum exemplar”, completou.

Na segunda parte da explanação, a pesquisadora da USP explicou o funcionamento e a construção das bombas atômicas que podem ser à base de plutônio ou urânio. “É preciso haver uma fissão nuclear. Uma partícula de nêutron invade o núcleo de um dos átomos e o divide. Os neutrons desse átomo dividido fará a fissão em outros átomos como uma reação em cadeia”, explicou Emico. As bombas nucleares têm o funcionamento diferente dos reatores. A primeira tem a reação em cadeia não é controlada, ao contrário do segundo. “Para se conseguir esse controle, o urânio tem que ser enriquecido até 30% e não 90% como acontece com as bombas” afirmou a professora.

Mas a palestra não ficou apenas na parte técnica. Segundo dados apresentados pela professora Emico, a principal causa das mortes em Nagasaki e Hiroshima foi a onda de calor de até três mil graus celsius que varreu um raio de até dois quilômetros a partir do local onde a bomba foi jogada. Em seguida, foram as chamadas ondas de choque que mais mataram. “A força foi tão grande que muitas pessoas foram arremessadas contra muros e contra o chão. O impacto foi muito forte”, disse a professora. Mas em muitos locais quase nada sobrou. “Pelo menos 92% das construções foram destruídas em Hiroshima. Muitas pessoas simplesmente desapareceram, desintegraram por causa da intensa onda de calor. Foi um cenário devastador”, relatou a pesquisadora. Uma chuva negra ainda caiu em Hiroshima por aproximadamente quatro horas numa área de 19Km.

Os efeitos da radiação nas cidades japonesas são sentidos até hoje. “Quem sobreviveu ao incidente desenvolveu ao longo dos anos doenças como o câncer. A radiação causou também infertilidade nos homens e atingiu o sistema reprodutor das mulheres. Com isso várias crianças nasceram com distúrbios mentais e físicos”, disse a cientista. Até hoje o governo japonês acompanha a saúde das vítimas da bomba atômica. Anualmente elas vão ao Japão fazer exames. É uma importante forma de controle. O mais curioso é que o reflexo de problemas causados pela radiação não foi tão evidente nos descendentes. “Problemas existem, mas não no nível que se esperava. Os índices não são alarmantes”, concluiu Emico.

Outra questão levantada pela pesquisadora foi sobre os índices seguros de radiação. Até 100 mSV (unidade que mede energia radioativa) é considerado normal. A partir de 1 SV a situação começa a ficar preocupante. “Se uma pessoa for atingida por 4 SV, morrerá em poucos segundos. Pelo menos 65% dos sobreviventes de Hiroshima receberam radiação igual ou menor que 100 mSV”, afirmou a palestrante. O problema segundo Emico é que muitas vezes somos expostos à radiação sem necessidade quando por exemplo, tiramos uma radiografia. “Em alguns casos é possível ter o diagnóstico preciso sem o raio X. Esses aparelhos nem sempre estão regulados e emitindo radiação de acordo com a legislação em vigor”, afirmou a professora.

Mas quem acha que toda radiação é maléfica se surpreendeu durante a palestra. A mutação genética de algumas espécies de flores, por exemplo, pode deixá-las mais bonitas e resistentes a pragas. Outra utilização é na mineração. Pedras transparentes quando irradiadas adquirem cores de ótima aceitação e valorização no mercado. Mas o que pouca gente sabe é da utilização da radiação em alimentos. “A canela, por exemplo, só consegue ser exportada por causa da radiação. Se não fosse assim, ela estragaria no meio do caminho. A aluna do curso de Ciências Biológicas, Ana Claudia quis saber sobre a perda de nutrientes no caso de irradiação e a cientista respondeu : “A perda é pequena. È quase a mesma coisa que se perde ao levar um alimento ao forno”, esclareceu Eunico. “Produtos hospitalares também são esterilizados com a ajuda de raios gama” acrescentou.

A linguagem simples e a forma da abordagem do assunto chamaram a atenção de quem assistiu à palestra. “O nível e o jeito simples de explicar um assunto aparentemente complicado fez com que todos aqui, mesmo os que não são da área de ciência e tecnologia, pudessem entender o conteúdo da explanação. A professora Eunico está de parabéns” elogiou a professora Alexandra Salgueiro do Departamento de Química da UNICAP.

Alunos do Ensino Médio visitam a Unicap
Por Belisa Biondi

Através do programa Universidade de Portas Abertas alunos dos colégios Agnes e São Bento visitaram a UNICAP na última sexta-feira (21). A visita fez parte da programação da III Semana de Integração Universidade-Sociedade. Foram 12 estudantes do Agnes, sendo 11 do 2º e um do 3º ano do Ensino Médio, acompanhados da orientadora Eve Morais. Do colégio São Bento foram 47 estudantes dos 1º, 2º 3 º anos, acompanhados da psicóloga Márcia Regina de Sá.

Ao chegarem, os alunos foram divididos em grupos de saúde, humanas e exatas. Eles seguiram para os laboratórios específicos das áreas. O grupo de humanas conheceu a Assessoria de Treinamento, Estágio, Pesquisa e Integração - Astepi - além do departamento e laboratórios de comunicação. O de exatas seguiu para as dependências dos cursos de engenharia, física, química e informática (Itautec). Já o de saúde foi conhecer os laboratórios de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia.

De acordo com a professora e supervisora da clínica de fono, Conceição Silveira “a vinda dos alunos é importante do ponto de vista vocacional, já que estão em época de formação de opinião. O desafio maior é os alunos encontrarem aquilo com que se identifiquem, sem deixar de lado o mercado de trabalho.’’explicou. Após as visitas, todos se reuniram no térreo do bloco G onde tiveram um horário livre para visitação dos stands da III Semana de Integração.

Os estudantes se mostraram satisfeitos e entusiasmados com tudo que viram. “Gostei muito dos laboratórios de fisioterapia, antes eu tinha receio de tentar o vestibular da Católica, mas mudei de opinião ao ver a infra-estrutura”, constatou a aluna Maria Luiza, 17 anos, do 3º ano do colégio São Bento.

O aluno Victor Tedi, 16 anos , do 2º ano do colégio Agnes disse já ter feito sua escolha: “Eu estava em dúvida antes, mas achei interessante o curso de física médica e vou tentar. Se eu for aprovado vou dar entrada numa bolsa para ajudar na mensalidade”, disse.

Abertas as inscrições para o I Encontro do Ensino da Matemática da UNICAP
Por Camila Maciel

O Departamento de Matemática da UNICAP realiza de 26 a 28 de outubro o I Encontro do Ensino de Matemática. As inscrições poderão ser realizadas das 15h às 21h30, até o primeiro dia do evento no departamento do curso. O valor da inscrição é de R$ 15.

O encontro vai oferecer oficinas, palestras e minicursos. Dentre os temas a serem apresentados durante o evento são destaque a oficina dos professores licenciados pela UNICAP Christiane Pastich e Carlos Adonai entitulada Geometria dos Canudos e Bolha de Sabão e a exposição de jogos matemáticos coordenada pela Profª Drª. da Universidade Federal Rural de Pernambuco Josinalva Menezes.

Veja a programação do encontro >>

Unicap solicita maior policiamento ao redor do campus
Por Eduardo Travassos

A UNICAP, através de sua Pró-Reitoria Administrativa, enviou, no dia 18 de outubro, mais um ofício à Secretaria de Defesa Social do Estado e outro ao Comando da Polícia Militar de Pernambuco, a fim de obter um melhor policiamento ao redor do seu campus universitário. Com esta iniciativa, a Universidade contabiliza, somente este ano, oito ofícios enviados aos órgãos de segurança pedindo mais policiamento na área.

Cabe a UNICAP garantir a segurança de alunos, professores, funcionários e visitantes dentro de suas dependências. Por força da lei, a instituição é impedida de usar seus seguranças como policiais nas áreas fora da Católica.

Grupo Schincariol abre inscrições para trainee
Por Eduardo Travassos

Estão abertas as inscrições para o Programa Trainee Schincariol 2006. Entre os dias 1 e 31 de outubro formandos dos anos de 2003, 2004 e 2005 podem se inscrever através do site HYPERLINK "http://www.schincariol.com.br" www.schincariol.com.br. O programa, que terá duração de dez meses, capacitará os 85 selecionados a trabalhar nas áreas comercial, industrial e administrativa. Também são pré-requisitos bons conhecimentos de informática, inglês fluente e disponibilidade de mudança. Podem se inscrever formandos dos cursos de administração, análise de sistemas e formações afins, arquitetura, ciências contábeis, direito, economia, engenharia (todas as modalidades), jornalismo, marketing, publicidade e propaganda, relações públicas e serviço social.

Professores da Unicap apresentam trabalhos em congresso de direito no Ceará
Por Eduardo Travassos

Os professores da UNICAP Gustavo Ferreira Santos e Walber Moura Agra tiveram seus trabalhos selecionados para apresentação no XIV Congresso do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito (Conpedi), a ser realizado nos dias 03, 04 e 05 de novembro na Universidade de Fortaleza (Unifor), na capital do Ceará. O coordenador do mestrado em direito professor Manoel Severo acompanhará os docentes na viagem.

Dentro do tema central do congresso, A Pós-Graduação em Direito: Pesquisa Contemporânea no Brasil, o professor Gustavo Santos apresentará no primeiro dia o tema Direito Fundamental À Comunicação e Princípio Democrático. No dia seguinte é a vez do professor Walber Agra apresentar o trabalho Direitos Fundamentais e Democracia Substancialista.

 



EDIÇÃO: Paula Losada (1652-DRT/PE), Vlaudimir Salvador (1836-DRT/PE) e Daniel França (3120-DRT/PE)

REDAÇÃO e FOTOGRAFIA: Bárbara Travassos, Camila Maciel, Eduardo Travassos, Jorge de Assis, Juliana Carneiro, Juliana Trajano, Marcela Negromonte e Mhatteus Sampaio (Estagiários).

RELAÇÕES PÚBLICAS:
 Caroline Vasconcelos, Patrícia Caldas e Pollyana Fialho (Estagiárias)

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 Danilo França (Estagiário)

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O Boletim Unicap é distribuído exclusivamente para os alunos, ex-alunos, professores, funcionários, instituições de ensino superior e empresas de comunicação. Caso queira cancelar o recebimento desta publicação, ou alterar seu e-mail, escreva para

 

25 a 28 - Aluno de Administração tem artigo selecionado para seminário

27 - Unicap recebe grandes nomes do jornalismo nacional

27 - Unicap realiza XI Jornada de Debates sobre a Infância

28 - Grupo Madrigal promoverá recitais em setembro e outubro

28 a 30 - Professora de Fonoaudiologia fará palestra em São Paulo.

31 a 2/11 - Alunos da Unicap participam de encontro de Física em Maceió

NOVEMBRO

3 a 11 - Festival de cinema vai premiar produções locais

6 a 8 - Encontro de pró-reitores discutirá as CPAs

8 - Seminário discute impacto da reforma universitária nos cursos de Jornalismo

8 a 11 - Professores de Arquitetura apresentam trabalhos no Rio de Janeiro

9 a 12 - Unicap será sede de encontro de estudantes de fonoaudiologia

22 a 25 - Professora da Unicap participa de congresso de Microbiologia

DEZEMBRO

5 a 7 - Unicap vai sediar Simpósio Nacional sobre Mal de Parkinson

 

       
Assecom - Assessoria de Comunicação da Universidade Católica de Pernambuco - Unicap