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O professor Luíz Carvalheira durante a Semana do Estudante de Administração

21/10/2005
Um monge e um executivo analisam a essência da liderança
Por Christiano Vasconcellos

O best seller O Monge e o Executivo – Uma História sobre a Essência da Liderança, de James C. Hunter, foi o tema de uma mesa-redonda realizada, na noite de ontem (20), no anfiteatro do bloco G4. Os alunos de Administração lotaram o auditório para conferir as palestras do monge beneditino Dom Gerardo Wanderley e do empresário Oscar Rache Ferreira, presidente da Tecelagem São José e da Ação Empresarial pela Cidadania AEC-PE. O debate fez parte da V Semana do Estudante de Administração.

A coordenação do evento ficou por conta do professor Luiz Carvalheira de Mendonça. Ele foi auxiliado por três alunos: Debora Rêgo, do 6º período de Administração; Ricardo Mendêlo, concluinte de Ciências Contábeis e Paulo Marcelo Perez, do 2º período de Administração. Ao apresentar os convidados, o professor afirmou que a intenção de trazer um monge e um executivo para o debate era analisar “o vértice religioso e o vértice profissional”.

Dom Gerardo Wanderley iniciou sua apresentação explicando o significado da expressão monge e de vida monástica. Mostrou que uma pessoa que opta pelo monastério escolhe o isolamento, já que uma das definições do termo, que vem do grego, quer dizer “sozinho ou solitário”. O religioso escolheu três palavras-chave existentes no livro para analisar. Ao falar sobre a obediência, citou a Regra de São Bento como um manual de conduta dos beneditinos. Disse ainda, que mesmo dentro do mosteiro deve existir uma certa postura política. “A política faz parte da vida do homem”, assegurou Dom Gerardo.

Liderança foi a segunda palavra-chave escolhida pelo monge. Dentro de um mosteiro, explicou Dom Gerardo, o abade é o líder escolhido pelos demais membros da comunidade religiosa. No entanto, a autoridade dele não vem só do poder que tem nas mãos. Um chefe, segundo o religioso, deve ter carisma e ser humilde. “O homem que é consciente de suas limitações está praticando a humildade”, assegurou. Mesmo seguindo uma hierarquia definida, o monastério conta com outras formas de comando, uma vez que cada religioso exerce uma função distinta.

Quando chegou à terceira palavra-chave, Dom Gerardo mostrou a importância do amor nas relações. Falou que a termo deve ser enxergado não como um sentimento, mas como uma ação. “O ser humano não pode forçar o sentimento, mas pode fazer o bem”, recomendou. Questionado sobre o sucesso da obra analisada, o religioso explicou que o livro “situa os valores do espírito à frente dos valores materiais”. E finalizou dizendo: “A inteligência e a fé devem estar presentes no amor”.

A apresentação do empresário Oscar Rache Ferreira começou com um panorama histórico econômico e social do Brasil. Ele analisou o fato de a maioria da população estar desesperançada e desmotivada. E mostrou seu ponto de vista quanto ao desenvolvimento do país: “Nós temos 25 anos de fracasso”, garantiu. Entrando no assunto proposto pelo debate, Oscar Rache definiu o que é ser um líder. Segundo o executivo, a liderança é basicamente saber motivar. “É se entusiasmar por uma causa e levar todo mundo, de bom grado, com você”, afirmou. Além disso, enfatizou a importância de dar liberdade aos liderados, uma vez que o mercado de trabalho exige profissionais com autonomia para tomar decisões nos momentos importantes.

Em seguida, o executivo fez um paralelo entre negócios e religião. Disse ter fé, mas sem ser um praticante assíduo da religiosidade. Para Oscar Rache, a vida não pode ser dividida em departamentos. Segundo o empresário, as convicções espirituais devem se misturar às atitudes profissionais. Ele assegurou que leva sua fé cristã para dentro da empresa que dirige, apesar de não considerar uma tarefa das mais fáceis.

Aproveitando o fato de que V Semana do Estudante de Administração aconteceu dentro da III Semana de Integração Universidade-Sociedade, o empresário Oscar Rache Ferreira lançou um desafio. Ele sugeriu que houvesse um contato maior entre o meio empresarial e o acadêmico. “Precisamos fazer integração entre a universidade e a vida real”, ressaltou. Segundo o executivo, seria proveitoso para os dois lados se os empresários viessem debater com os professores e alunos nas universidades.

 

 

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