Patrimônio do Recife – Um tesouro ameaçado

Uma cidade que passa por uma rápida transformação corre o risco de apagar o seu passado. Essa é uma situação vivenciada no momento pelo Recife, onde um processo de adensamento e verticalização provoca, em algumas áreas, um verdaderio extermínio do patrimônio construído. É com o objetivo de constatar essa situação e alertar para o seu perigo que esta edição de O Berro é dedicada ao patrimônio arquitetônico.

O jornal tenta traçar um panorama da situação desse patrimônio, que, com dificuldade, vem atravessando décadas e, em alguns casos, séculos.

A capital pernambucana ocupa agora o pouco honroso 21° lugar no posto de cidades com mais arranha-céus no mundo, de acordo com uma pesquisa feita na Alemanha. Uma reportagem mostra o porquê de essa tendência ter surgido e se espalhado no mundo.

Em outra reportagem, conta-se o motivo pelo qual a arquitetura influencia o estilo de vida dos moradores. Um dos exemplos é como o medo da violência tem alterado a arquitetura dos edifícios.

Curiosamente, é de jovens arquitetos que surgem ideias inovadoras, como é o caso dos projetos de conclusão de cursos de arquitetura, nos quais são apresentadas ideias, hoje consideradas malucas, mas, talvez, necessárias no futuro.

Há, no Recife, casos de construções importantes que viraram oficinas mecânicas, lojas ou, simplesmente, salões de festa. Em todo esse processo, não ajuda em nada a lentidão dos órgãos de fis-calização, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e falta interesse aos cidadãos em cuidar da própria história.

Uma das coisas que tem preocupado os especialistas em preservação é a mudança de perfil de algumas áreas da cidade. É o caso do centro, onde um empreendimento causa polêmica com as chamadas Torres Gêmeas, (os edifícios Píer Duarte Coelho e Píer Maurício de Nassau), que mudam o estilo arquitetônico em torno do Cais de Santa Rita.

Mesmo tombado, o tradicional bairro do Recife vem perdendo o encanto. Os atuais proprietários não temem a represália e descaracterizam as fachadas originais das construções.

O jornal mostra também que, no bairro do Pina, um conjunto residencial dos anos 70 é alvo da cobiça de grandes construtoras. Muitos moradores não resistem ao alto valor oferecido pelas empresas.

A arquitetura moderna dos anos 30 aos anos 50, agora ameaçada, também é assunto para uma de nossas reportagens.

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