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RESUMO DOS 10 SELECIONADOS GT2004010101010
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 >>Resumo | 2003
 >>Resumo | 2004

Leia aqui o resumo dos 10 trabalhos selecionados para o GT2004.
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Jornal e hábito de leitura na construção da identidade
Ana Claudia de Oliveira (pós-doutora PUCSP)

A leitura diária do jornal, típica das sociedades letradas, é estudada enquanto um hábito do sujeito. Cultivada de modos variados, resultantes de minuciosas reiterações e acomodações subjetivas, esse exercício continuado do sujeito assemelha-se a um rito de passagem.  À luz do tratamento do hábito como um coeficiente estésico que intervém nos modos de sentir do sujeito, assim como na construção de sua identidade e dos regimes de interação, tal como Eric Landowski tem fundamentado, desenvolve-se a leitura do jornal como um modo de sentir, uma forma de vida que, no curso da sua experiência que faz viver, redimensiona a significação do sujeito e do mundo. Se o leitor professa esse culto, a recíproca também se coloca uma vez que o jornal armazena os desencadeadores dessa prática, mostrando de igual modo que também ele se arranja estruturalmente para cultivar a regularidade do contato do leitor. Explorando as estratégias de enunciação em ato e a esteticidade dos arranjos da expressão, tal como mostrou Jean-Marie Floch na comunicação publicitária, a comunicação midiática, da qual a recepção do jornal é só um exemplo, tornou-se uma forma de presença das coisas, do mundo ao sujeito.
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A produção ficcional da televisão brasileira e a busca por novos formatos
Ana Sílvia Médola (doutora UNESP:Bauru)

A comunicação de massa é um dos campos em que os processos de globalização revelam-se de maneira contundente. Tendo em vista que a constante busca por novos programas é uma tônica na lógica de produção da televisão em todo o mundo, o presente trabalho tem por finalidade analisar as influências que formatos consagrados em países hegemônicos exercem sobre a produção televisual brasileira. Tomamos como exemplo a ficção televisiva, que tem pautado suas recorrentes tentativas de renovação na repetição de procedimentos de discursivização de gêneros e formatos mundializados como os sitcoms. Nesse sentido, podemos observar experiências visando a produção sistemática desse formato com o objetivo não só de suprir as novas demandas culturais, forjando novos hábitos de consumo de teledramaturgia para o público brasileiro, mas, também, demandas financeiras, por meio da conquista de novos mercados junto ao público globalizado.
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O tom de uma experiência: Os normais
Elizabeth Bastos Duarte (pós-doutora Unisinos)

O texto apresenta uma reflexão sobre um dispositivo de caráter sintático-semântico a que propõe denominar de tonalização do discurso, o que não deve ser confundido com os processos de modalização ou de sensibilização passional que perpassam as três instâncias do percurso gerativo de sentidos, tampouco com a força elocucional conferida ao que é enunciado, embora esse dispositivo participe da articulação dessas categorias em nível discursivo. Tomando como referência a análise do funcionamento da tonalização na série televisiva Os normais, o trabalho procura evidenciar o tratamento discursivo e textual conferido a algumas categorias subsumidas pelo conceito de tom, bem como apontar algumas estratégias e configurações empregadas para atualizar um tipo específico de tonalidade, aquele que se manifesta pela categoria disposição, na tensão entre seriedade vs. humor, e é determinante em relação a outros tons e modos que, em torno desta, se organizam.
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Os vestidos de Biela. O papel da roupa nas relações identitárias da personagem
Geraldo Carlos do Nascimento e  Sandra Fischer (doutores UTP)

Este texto, não obstante a pretensão de se constituir numa unidade coesa, adianta aspectos de parte de uma pesquisa em construção. Detém-se, por isso, em uma leitura ainda parcial de Uma vida em segredo (2002), de Suzana Amaral, visando a enfatizar aspectos relativos às relações entre identidade e alteridade vivenciadas pela protagonista e acentuadas, na diegese fílmica, pela indumentária. Convoca, para tanto, a semiótica greimasiana, particularmente os trabalhos mais recentes de Eric Landowski.
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Semiótica das locações. Uma leitura do ambiente natural como espaço cenográfico
João Batista Freitas Cardoso (IMES, UNISANTA, doutorando PUCSP)

O cenário televisivo é estruturado de diferentes modos: tanto no que se refere a sua topologia; formas de representação; ou até mesmo nos materiais utilizados para sua confecção. Essas diferentes formas de construção cenográfica podem ser facilmente percebidas quando estabelecemos um paralelo entre certos traços distintivos dos cenários e determinados gêneros televisivos. Partindo do princípio de que cada sistema faz uso de diferentes linguagens para compor o seu texto, e que o texto de um programa de televisão acaba tendo em sua constituição a cenografia, o presente artigo procura observar, fazendo uso do instrumental fornecido pela semiótica peirceana, uma forma específica de produção cenográfica presente no mais importante gênero da televisão brasileira: as locações na narrativa seriada.
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A encenação da violência: um exemplo no filme Cidade de Deus
Kati Eliana Caetano (pós-doutora UTP)

O objetivo deste trabalho é examinar certos dispositivos e efeitos de presentificação dos sentidos sobre o destinatário na organização do discurso. Trata-se da análise de uma cena do filme brasileiro Cidade de Deus, considerada exemplar para a discussão teórica aqui proposta, porque deflagadora de isotopias da violência cotidiana nas favelas brasileiras e, ao mesmo tempo, responsável pelas alterações do fluxo de atenção do espectador. Esse momento é visto como representativo, na medida em que metaforiza, do ponto de vista temático, o devir dos sujeitos desse micro-universo social e, da perspectiva da tensividade do texto, prenuncia acelerações virtuais no ritmo da narrativa fílmica e na percepção do ouvinte, convertido em observador sensível dos acontecimentos.
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Assentamentos da memória: (re)construções de memória discursiva na revista Veja
Kleber Mendonça (UNESA, doutorando UFF)

A partir da constatação da diferença de tratamento das reportagens da revista Veja sobre o campo (mega-empresários X MST) é possível elaborar uma discussão teórica que dê pistas sobre o funcionamento das estratégias discursivas da revista. A meta principal deste ensaio é mostrar como há uma constante construção e (re)elaboração da memória discursiva — na direção ideológica que interessa à publicação — presente no interdiscurso posto em jogo no processo de produção de sentido. Este aspecto, talvez seja uma das características prioritárias do modo de funcionamento da mídia como instância política contemporânea.
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Lanterna mágica: fantasmagoria e sincretismo audiovisual
Maria Cristina Miranda da Silva (CAp-UFRJ, doutoranda PUCSP)

O estudo, fundamentado nas abordagens de Algirdas J. Greimas e de Jean-Marie Floch, analisa as práticas de exibição do aparelho óptico lanterna mágica, em especial os espetáculos de fantasmagoria, mediante os referenciais da semiótica sincrética. A partir dos procedimentos enunciativos e da descrição e análise da construção de sentido nessas exibições, evidenciamos o modo como as várias linguagens podem ser articuladas no plano da expressão, por meio de estratégias de sincretismo. O estudo não objetiva um detalhamento exaustivo dos procedimentos de sincretização, mas destacar a relevância da teoria semiótica, sobretudo da semiótica sincrética, para a análise das exibições dos aparelhos ópticos, dos séculos XVIII e XIX, que podem ser as primeiras referências de texto sincrético na história das exibições audiovisuais mediadas por dispositivos.
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A publicidade e o tensionamento global/local
Maria Lília Dias de Castro (doutora Unisinos)

Esta comunicação propõe-se a discutir a tensão entre traços globais e locais presentes nas publicidades de produtos oferecidos ao mercado, veiculadas na mídia impressa. No percurso da reflexão, busca caracterizar o universo publicitário, detalhando as lógicas que presidem seu funcionamento na perspectiva do contexto de que ele é parte integrante, isto é, no âmbito das circunstâncias espaço-temporais e das restrições sociais e culturais da realidade.  Em seguida, tenta reconhecer os movimentos estratégicos que norteiam seu fazer e as configurações discursivas usadas na produção / compreensão do sentido. Para a construção do quadro analítico, faz um recorte da amostragem e discute as publicidades de um tipo específico de segmento (varejo de eletrodoméstico) e de um tipo de mídia (a impressa diária), sob a ótica do referido tensionamento. A perspectiva adotada busca contemplar a complexidade dos fatores envolvidos na construção e no reconhecimento do texto publicitário, bem como as restrições sociais a ele vinculadas que não se limitam à compra.
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O espraiamento da publicidade no poético
Sônia Castino (Cásper Líbero, Anhembi-Morumbi, doutoranda USP)

Buscamos estudar o poético em filmes publicitários, que ultrapassam as fronteiras de seu gênero e se espraiam em outro — a poesia —, e investigamos quais caminhos intersticiais foram encontrados para que esse poético aflorasse em tais textos híbridos, em que há um espaço maior para a interferência da recepção, espaço gerado pelas múltiplas possibilidades de leitura que o texto abriga. Nosso arcabouço teórico constitui-se de estudos acerca do fenômeno publicitário (Bigal e Saborit), alem dos teóricos da poeticidade (Levin, Tynianov, Cohen, Kloepfer), que foram aplicados no exame analítico do poético em filmes publicitários — textos que não têm a intenção de ser literários e que não recebemos como poesia. 
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