Relações Públicas da Unicap e os 80 anos de o Ciclo do Recife

O curso de Relações Públicas da Universidade Católica de Pernambuco, lembra o Dia do Cinema Brasileiro – 5 de novembro, referência a primeira exibição pública em 1896 -, com panorâmica aos 80 anos de o Ciclo do Recife. A homenagem é registrada pelo audiovisual de ex-estagiários da Agência Experimental em Relações Públicas (Agerp) – o Aurora Pernambucana -, trabalho vencedor na subcategoria vídeos institucionais ou educacionais, do 18º Set Universitário, mostra de comunicação promovida pela Faculdade dos Meios de Comunicação (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Com outros trabalhos também em primeiro lugar, o curso da Unicap foi heptacampeão no festival.

2013 é ano significativo para o Cinema Brasileiro. Nos anos 1920, interessados, curiosos – os pioneiros -, nas imagens em movimento, “puras e mudas”, aventuraram-se em registrar cenas do cotidiano do Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, historicamente denominados de “Ciclos Regionais”, nas cidade de Porto Alegre (RS), Cataguases (MG) e Campinas (SP) e Recife (PE), respectivamente.

O Ciclo do Recife (1923-1931) foi o mais longo e o que mais produziu. A contribuição de Pernambuco para o Cinema Brasileiro foi enveredada pelos méritos de Edson Chagas e Gentil Rois que, em parceria com outros produtores/diretores – apoiados por cidadãos “anônimos”, funcionários públicos e comerciantes -, produziram “treze filmes de enredo (longos), vários curtas e alguns inacabados, sem contar com os ‘naturais’, como eram mais conhecidos na época” (SPENCER, 1983, grifo do autor).

 

O Extracenas e o Aurora Pernambucana

O curso de Relações Públicas da Unicap, por meio da coordenação, de webdesigner e de ex-estagiários da Agerp, realizaram homenagem a mais expressiva produtora do Ciclo do Recife – a Aurora Filmes -, por ocasião do VIII Encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema (Socine), acontecido no período de 3 a 6 de novembro de 2004 na Unicap. O evento foi coordenado pelo jornalista e crítico de cinema Prof. Dr. Alexandre Figueirôa. A ação intitulada Extracenas: produção independente do VIII Socine teve como produto principal, a animação Aurora Pernambucana (em breve, o vídeo será disponibilizado para download no site 2.0 da Agerp).

Concepção: Alfredo Sotero | Programação Visual: Breno Carvalho.

 

O vídeo premiado em 2005 no Set universitário, possui os argumentos técnicos:

– Apresentação:

O Aurora Pernambucana foi desenvolvido para homenagear o cinema pernambucano, especialmente o Ciclo do Recife (1923 – 1931) e teve como base principal, a primeira produtora de filmes do estado, a Aurora Filmes, com referência ao surgimento, declínio e renascimento das produções pernambucanas.

– Sinopse:

Na década 1920, enquanto Hollywood deslumbrava o mundo com seus filmes, Pernambuco dava os primeiros passos com o Ciclo do Recife, através da primeira produtora de filmes do estado, Aurora Filmes que tinha como base às famosas produções americanas (faroeste, arqui-inimigos, amores impossíveis e finais felizes). Os filmes realizados em Pernambuco assim como em outras regiões brasileiras não conseguiram competir com as produções hollywoodianas, devido a sua simplicidade e falta de recursos o que levou muitas produtoras a fecharem suas portas, inclusive a Aurora Filmes.

O curta animado Aurora Pernambucana surgiu da pesquisa sobre os filmes pernambucanos produzidos na década de 20 e narra a história de duas pessoas de vidas distintas: a princesa Ora e Teo, que enfrentam a tradição familiar pelo amor que sente, passando por muitos encontros e desencontros. Além de fazer referência aos filmes produzidos pela Aurora, o curta animado faz menção ao momento áureo, o declínio e o renascimento do cinema pernambucano nos anos 1990.

De forma simples e modesta, o roteiro foi baseado nos filmes Aitaré da Praia, Herói do Século XX, Jurando Vingar, Retribuição, Um Ato de Humanidade e A Filha do Advogado.

– Argumento:

Na distante galáxia de Cosmo, vive a Princesa Ora. Sabendo que seu futuro seria governar Cosmo, ela costumava passar os dias flutuando para conhecer seu reinado. Em um desses passeios ela acabou conhecendo Teo, que pelos seus ideais, acabou a impressionando.

Não demorou muito para que Ora percebesse que estava apaixonada por ele. Mas o que Ora não sabia sobre seu futuro é que seus pais já haviam escolhido seu marido, como era tradição. O escolhido foi o Príncipe Pter, da galáxia vizinha.

Seguindo seus impulsos, Ora e Teo decidem fugir. Mas Pter (seu noivo prometido) ficou sabendo de tudo e arma uma cilada para trazer Ora de volta. Na nova galáxia estava havendo uma festa e assim que chegaram, Teo perdeu Ora. No meio das constelações, ele procurava desesperado por sua amada e travou até uma guerra com meteoros, mas nada resolveu. Teo não desiste e depois de muitos anos-luz procurando sua amada, descobre que ela está de casamento marcado com Pter.

Do outro lado, Ora está infeliz e apreensiva para ter notícias de Teo e termina por ficar doente. Sua mãe vai até uma estrela cadente e lhe compra uma garrafada de prótons, pois com este remédio ela se recupera antes do casamento. No dia do casamento, Teo desesperado e quase se jogando num buraco negro tem uma grande ideia. Ele seria o Raio de Luz que iria casar Ora e Pter. Antes do casamento Teo engana o verdadeiro Raio de Luz e o joga dentro de uma cratera lunar. Todos admiravam a beleza de Ora a caminho do seu casamento.

Quando todos pensavam que o casamento iria se concretizar, Teo tira seu disfarce e diz que não é o Raio de Luz. O pai de Ora, indignado com o que estava acontecendo, manda prender Teo, mas sua filha lhe diz que não poderá brilhar sem seu verdadeiro amor. Com a pressão de todos e vendo a infelicidade de Ora, seu pai volta atrás e concede o casamento. Hoje Ora cresceu e não é mais conhecida por seu apelido. Agora ela é Aurora, estrela conhecida de todos e que irradia muitos planetas com sua beleza.

– Créditos:

. Roteiro (autores): Adelmo Vasconcelos, Andréa Aguiar, Claudilaine Lima e Juliana Guedes

. Ilustrações e Story Board: Breno Carvalho

. Animação e Pós-produção: Breno Carvalho | Adelmo Vasconcelos

. Direção (orientação): Alfredo Sotero

Trailer do vídeo.

 

Informações e outros conteúdos sobre o o Cinema de Pernambuco, poderão ser pesquisados na Biblioteca Pe. Aloísio Mosca de Carvalho, S.J. da Unicap, entre outros, em: FIGUEIRÔA, Alexandre. Cinema pernambucano: uma história em ciclos. Recife: Malungo/Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2000. (Número de Chamada: 791.4(81PE) F475ca).

 

Referência

SPENCER, Fernando. Uma trajetória do cinema brasileiro de 60 anos. In: FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO. Ciclo do Recife: 60 anos. Recife: Massangana, 1983.

 

2 Respostas so far.

  1. Claudilaine Lima disse:

    Amei fazer esse trabalho!! Aprendi muiiiito!






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