Os alunos do 5º período de Relações Públicas da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Felipe Medeiros, Julliana Guimarães, Karolina de Melo Silva, Marcelo Barroso, Maria Gabriela Barbosa, Maria Tatiana Xavier e Thayling de Moura, realizaram na última sexta-feira (23), no Espaço Executivo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) a discussão Marcas Psicológicas da Violência Obstétrica. Coordenada pela aluna Karolina o debate foi realizado com o enfermeiro e professor José Gilmar Costa de Souza Júnior, a psicóloga Amanda Souza de Britto e a advogada Mariana Bahia.
Inicialmente, foi exibido o vídeo promocional do filme “O Renascimento do Parto” de Érica de Paula e Eduardo Chauvet. O debate foi caracterizado pela convergência de o “parto humanizado” (1), tendo como referências, relatos e pesquisas com estudos quantitativos e qualitativos apresentados pelos convidados. O prof. Gilmar iniciou sua explanação intitulada de o “Brasil: um país que nasceu de cesárea” e que, “tal situação é crime”. Apresentou casos e números dos cenários internacional, nacional e local: “no Recife 41,7% das cesáreas são realizadas em hospitais públicos e 95% nos hospitais particulares”.
Para a psicóloga Amanda Souza de Britto, o grande trauma da mãe que passou pela violência obstétrica é o medo de relatar o fato, assim “a fala pode promover a elaboração da situação traumática”, disse a profissional. Esse argumento foi também sequenciado pela explanação ratificadora da advogada Mariana Bahia. Inicialmente, apresentou o vídeo “A Dor Além do Parto”, Trabalho de Conclusão de Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília, produzido por Amanda Rizério, Letícia Campos Guedes, Nathália Machado Couto e Raísa Cruz. Segundo Mariana, os juristas têm dificuldades de receber as denúncias das mulheres em que, entre outros motivos, ser o “corporativismo médico no Brasil muito forte”.
Os participantes foram recepcionados com reproduções das fotoss do projeto 1:4 retratos da violência obstétrica da fotógrafa Carla Raiter – pesquisado e definido pelos alunos. O debate foi presenciado, além de integrantes dos corpos discente e docente da Unicap, por alunos e alguns profissionais de Enfermagem, Jornalismo, Fisioterapia, Marketing, Relações Públicas e Turismo do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), da Faculdade Boa Viagem (FBV), da Faculdade de Ensino Superior de Olinda (Funeso), da Universidade de Pernambuco (UPE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
A ação é/foi estratégia comunicacional do evento/debate A Formação da Opinião Pública, sendo a temática escolhida pelos alunos na disciplina Opinião Pública, ministrada em 2014.1 pelo prof. Alfredo Sotero. Outros embates – construtivos, ratificadores e ou antagônicos aos argumentos dos expositores de as Marcas Psicológicas da Violência Obstétrica -, podem ser realizados oportunamente ou registrados neste post. A Opinião Pública deve ser caracterizada com argumento coletivos.
“Recepção”
O Debate
Os Debatedores e a Equipe
Bastidores. Fotos: Alfredo Sotero
(1) Os três convidados concordam com a importância da cesárea. Porém, a intervenção deve ser realizada, apenas, quando do risco de morte da mãe e ou do bebê. Foram apresentadas “falas de pesquisas realizadas com várias mães sobre a indução/conveniência de inúmeros obstetras. Uma das condições: “ao médico não é ensinado, não sabe fazer parto; mas cesárea”. Assim, de acordo com os convidados, falta “humanização” nos partos.