Boletim Unicap

Recife, 09 de abril de 2007 Ano 6

Católica forma grandes jornalistas
Por Higor Gonçalves e Raítza Vieira

O interesse humano pela informação talvez seja tão (ou mais) antigo quanto à própria linguagem. Periódicos que tratavam dos assuntos do cotidiano já existiam desde a Antigüidade. Na Idade Média, eram os trovadores - que viajavam pelos diversos feudos - os responsáveis por reportar as notícias do “mundo externo”. No século XV, a propagação das informações ganhou uma forte aliada: a imprensa – instrumento criado pelo alemão Johannes Gensfleisch Gutenberg que, ao possibilitar a produção literária em larga escala, revolucionou (para sempre) a história da comunicação.

A trajetória da informação, no Brasil, começou em 1808, com a vinda da corte portuguesa. Naquele ano, circulou pela primeira vez no país, de forma clandestina, o Correio Braziliense - editado em Londres pelo jornalista Hipólito José da Costa. No Recife, foi fundado, 19 anos mais tarde, o Diário de Pernambuco - o mais antigo jornal em circulação da América Latina.

A idéia de criar um curso de jornalismo, no Nordeste, surgiu nos anos 50 com o jornalista Luiz Beltrão. Na década seguinte, o jornalista apresentou uma proposta de criação do curso à Universidade Católica de Pernambuco - que aprovou a iniciativa. Em 1961, teve início a primeira turma de jornalismo de uma universidade nordestina - a Católica foi a terceira instituição do país e a primeira da região a oferecer o curso de Jornalismo.

No último sábado, dia 7, foi comemorado o Dia do Jornalista. Aproveitando a data, a Assessoria de Comunicação da Unicap ouviu alguns profissionais que estudaram na instituição acerca de suas reflexões a respeito da profissão:

Gerson Camarotti, Repórter especial do jornal O Globo, em Brasília. Formado pela Católica desde 1995.

“Para ser jornalista é preciso gostar muito do que se faz. A profissão é difícil e precisamos abdicar de muita coisa por ela - até mesmo da vida pessoal. É preciso, também, ter muita dedicação e compromisso. Compromisso com o leitor, com o telespectador, com o ouvinte, com o internauta. É necessário noticiar a verdade”.

Maria Cleidejane Esperidião – Editora do Jornal Hoje, da Rede Globo. Formada pela Unicap desde 1991. Ex-professora e coordenadora do curso de Jornalismo da instituição.

“O jornalismo não é simplesmente uma profissão para ganhar dinheiro. Ganha-se, aliás, cada vez menos. Ser jornalista é andar um pouco no contra-fluxo da sociedade de hoje. Precisamos parar de glamourizar a profissão. O mercado está repleto de jovens cheios de garra e, ao mesmo tempo, lotado de outros que estão mais interessados em viver a experiência da fama. Mais urgente que transformar o mercado é repensar a formação das novas gerações frente a um mundo onde qualquer um pode gerar uma notícia.”

Bianka Carvalho – Repórter da TV Globo Nordeste. Graduada pela Católica desde 1994 e concluinte da Especialização em Direitos Humanos.

“Pra mim, ser jornalista é gostar de gente, sobretudo. É se importar com o que se passa na vida das pessoas, com os dramas, as conquistas, as lutas. Ser jornalista é levar a verdade para a vida de quem nos vê, ouve e lê”.

Geneton Moraes Neto – Repórter especial do Fantástico, da Rede Globo. Formado pela Unicap desde 1977.

“O jornalista tem de ter curiosidade sobre tudo. Ele deve transmitir ao leitor ou telespectador uma informação (de preferência nova) da maneira mais atraente possível. O gosto pela leitura e a paixão pelo texto devem ser cultivados. O profissional não pode se deixar contaminar por paixões políticas e não deve se iludir com a convivência entre famosos e poderosos. A capacidade de se espantar diante da vida não deve ser perdida nunca, jamais, em hipótese alguma”.

Biblioteca da Católica realiza Oficina de Normalização
Por Raítza Vieira

Com o objetivo de explicar como elaborar referências bibliográficas, a Biblioteca Central da Universidade Católica de Pernambuco promove a “Oficina de Normalização” - minicurso que ensinará  a elaborar as referências bibliográficas de acordo com as regras da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). A oficina acontecerá entre os dias 16 e 20, na própria Biblioteca, com vagas disponíveis para os três turnos.

Cada turno será ministrado  por uma bibliotecária: no período da manhã (9h às 11h) por Susiquine Silva, à tarde (14h às 16h) por Ana Beatriz  Nascimento e à noite (18h às 20h) por Ellys Regina Barros.

Os interessados em participar da “Oficina de Normalização” devem fazer a sua inscrição  no térreo da Biblioteca, até o dia 14 de abril,  entre às 7h30 e 21h30. As inscrições são gratuitas. O número de vagas é limitado. A  carga horária é de 10h e os participantes receberão uma declaração de comparecimento a essa atividade extracurricular.

Fonoaudiologia prorroga inscrições para curso de LIBRAS
Por Higor Gonçalves

Foram prorrogadas, até a próxima sexta-feira, dia 13, as inscrições para o Curso de Extensão LIBRAS I – promovido pelo Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Católica de Pernambuco.

Direcionado aos interessados em aprender a linguagem das pessoas com deficiência auditiva, o curso terá início a partir da próxima segunda-feira, dia 16, no horário das 17h às 19h. A carga horária é de 40 horas-aula. As aulas acontecerão todas as segundas e quartas-feiras, até o dia 30 de abril.

A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é reconhecida, no Brasil, como meio legal de comunicação e expressão entre pessoas surdas. O sistema nacional baseou-se, a princípio, na Língua de Sinais Francesa, apresentando semelhanças, também, com as várias línguas de sinais européias e a norte-americana.

As inscrições para o Curso de Extensão LIBRAS I podem ser feitas, das 9h às 21h, na secretaria do Curso de Fonoaudiologia, que fica no 7º andar do bloco B.

Informações pelo telefone: 2119-4172.

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