Contexto

Tendências – O Conselho Mundial de Viagens e Turismo – WTTC (entidade que reúne os maiores empresários de turismo no mundo), através do seu estudo anual sobre o impacto econômico causado pelo segmento das viagens e turismo em vários países do mundo, identificou, nas projeções para o ano de 2014, o Brasil numa posição de destaque importante: sexto lugar no ranking mundial. Os indicadores para que se chegasse a esse resultado foram, entre outros, a importância da atividade turística para o PIB brasileiro, os empregos que são gerados (direta e indiretamente), as divisas ocasionadas pelos gastos dos turistas estrangeiros, além dos investimentos que são feitos pelos setores públicos e privados. O referido estudo revelou ainda um crescimento linear do turismo ao longo de todo o ano de 2014, em especial no tocante ao aumento da oferta de emprego para 4,5% em relação ao ano de 2013 (cerca de 8,9 milhões diretos e indiretos). As tendências para a atividade turística nos próximos dez anos também são animadoras: o estudo do WTTC projetou que, até 2024, a economia brasileira alcance 10,3% do PIB (700 bilhões de Reais), causados pelo turismo e, que o setor empregue 10,6 milhões de pessoas no País.

Nordeste brasileiro – De acordo com o resultado de um estudo realizado em 2013 pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, o Nordeste brasileiro é quem mais benefícios obtém através do desenvolvimento da atividade turística, que representa 9,8% do PIB da região (42,7 milhões por ano). As cidades de Olinda, São Luís e o bairro do Pelourinho (Salvador) destacam-se como atrativos turísticos do segmento cultural, por serem destinos considerados Patrimônios Culturais da Humanidade pela UNESCO. Pernambuco oferece, ainda, um dos atrativos naturais mais procurados e visitados pelos turistas que é o arquipélago de Fernando de Noronha, além das praias do litoral sul, com destaque para Porto de Galinhas. Entretanto, muitos dos destinos nordestinos em evidência pela prática do turismo de Sol e Mar, como Porto Seguro/BA e Porto de Galinhas/PE, recebem ao longo do ano uma demanda maior que sua capacidade de carga cultural e ambiental, podendo resultar, entre outras consequências, na baixa qualidade dos serviços prestados – considerando que não houve condições de formar mão de obra especializada para suprir as necessidades de todos os empreendimentos turísticos e demais prestadores de serviços.

O Recife/PE – A carência de conhecimentos básicos da operacionalização turística também é percebida nos municípios pernambucanos, quando se constata o desconhecimento dos servidores municipais e dos próprios gestores públicos em manejar ferramentas básicas para uma adequada intervenção turística. Tal falta de conhecimento oportuniza a elaboração de projetos mal-estruturados, impedindo ou retardando a captação de recursos e a sustentabilidade das ações propostas ao longo do tempo. A capital pernambucana, o Recife, é uma cidade que reúne um rico patrimônio cultural, além de muita história e diversidade de manifestações artísticas materiais e imateriais. Possui um forte potencial turístico, um carnaval multicultural e festejos juninos e religiosos que atraem multidões. Sem falar das pontes e prédios históricos construídos no período holandês, dos artistas e poetas cuja vocação propiciou terem reconhecimento mundial. Oferece ainda um rico folclore e artesanato, uma gastronomia diversificada e uma grande variedade de outras festas populares. O clima recifense (praticamente de sol o ano inteiro), suas praias, oferta hoteleira, bens de alimentação, a sua localização estratégica, na região nordeste do Brasil potencializa a realização de bons negócios no turismo e em toda a cadeia produtiva do setor.

Formação do Gestor de Turismo – Em sendo assim, o turista do novo século, por desejar vivenciar mais do que apenas um final de semana desfrutando de um destino, busca emoções novas, únicas, experiências das quais ele não se esqueça. E é exatamente para atender aos anseios dos turistas, e pelo exposto ao longo deste texto, que se justifica a oferta do curso tecnológico de Gestão do Turismo da Universidade Católica de Pernambuco, pois é perceptível a necessidade de qualificar mão de obra, oferecer ao mercado novos gestores, na tentativa de atender aos atuais anseios do mercado turístico não apenas brasileiro, mas de Pernambuco e do Recife em especial. Disponibilizar um profissional focado no conhecimento operacional, uma vez que se trata de uma ferramenta imprescindível para uma adequada atuação no planejamento e na gestão, tanto de localidades quanto de equipamentos turísticos.

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