Quem nunca teve vontade de remexer o corpo enquanto ouvia uma música, um batuque, um frevo? Esta edição do jornal O Berro é inteiramente dedicada à dança, atividade que tem papel bastante significativo na evolução humana, sendo vista, ao longo dos séculos, não apenas como forma de entretenimento como também instrumento de libertação e terapia.
A dança encontrou maneiras de comunicar, transpondo barreiras físicas, culturais e políticas. Nas próximas páginas, o leitor vai encontrar histórias de pessoas que não só vivem financeiramente da arte como fazem dela a sua motivação para superar desafios.
As reportagens a seguir buscam proporcionar uma fonte de conhecimento e reflexão acerca da realidade da dança no Recife. Desde pessoas com deficiência, que superam os limites do corpo, à formação acadêmica de profissionais da área. Do forró estilizado aos descontraídos passos da biodança, passeando pela coreografia elaborada do balé e pelos atuais problemas do frevo.
O Berro mostra também que tradições orientais deixaram um legado às mulheres do nosso tempo, entre eles a sensual dança do ventre, que, adaptada à realidade ocidental, exala feminilidade através de movimentos que envolvem todo o corpo. Hoje, banida em alguns países árabes, a dança, há muito tempo, deixou de sofrer preconceito no Brasil, o que, infelizmente, não acontece com os personal dancers, dançarinos contratados na noite, vítimas constantes de discriminação.
Metrópole famosa pelos tradicionais ritmos da terra, a capital pernambucana mostra a multiplicidade de alternativas que o amante da dança pode encontrar sem sair da cidade. Este jornal procura oferecer uma abordagem, sempre que possível crítica, das atividades que movem a arte na região. Um olhar, essencialmente, sobre a vida, as pessoas, seus passos, desenvolturas e posições no cenário do Recife.