O livro nasceu de uma urgência interna de falar sobre percepções, sentimentos e fatos em uma linguagem não puramente poética e nem ensaística, mas, através de uma história de ficção onde o dito e o não dito ficassem a cargo de seus personagens. O livro se inicia com o conto “Tardes Vermelhas” e resultou da experiência que tive vivendo em Barcelona por um ano e interagindo com uma cidade renascida após o franquismo. O segundo conto “Rosa” é uma denúncia à exclusão social e á prostituição, aos vértices pontiagudos da miséria. O conto que vem em seguida “A Santa” trata de uma situação histórica de subserviência da mulher na qual, talvez, ele não tenha sido tão subserviente assim, pois também tinha as suas armas e o seu protagonismo. O quarto conto “Amanheceres” trata de um Brasil com problemas insolúveis, tal como a pedra de Sísifo que rola montanha acima para logo rolar montanha abaixo e, felizmente hoje, talvez tenhamos ou estejamos saindo dessa contingência. O último conto versa sobre culpa, desejo, fatalidade e genialidade, um mergulho no consciente e no inconsciente de um homem que foi atribulado por esses aspectos do humano, o nosso “Vincent van Gogh – um homem amarelo”. O que une esses contos? O que eles têm em comum? Nada, apenas a minha paixão e curiosidade sobre a vida.
Andrea Campos
Data: 17 de novembro de 2012 (sábado)
Horário: 17h
L0cal: Instituto Histórico de Olinda – Salão das Artes (Ao lado da FLIPORTO)
