Faces são, em essência, superfícies. Dizem os dicionaristas. Superfícies construídas para serem vivenciadas e apreciadas. Penso. Mas estas construções devem ser edificadas por ações no tempo presente visando um futuro melhor.
Por mais paradoxo que pareça, esse conceito evoca sempre um pensamento sobre o porvir. Nesse sentido, o termo é vital para as instituições humanas porque indissociável de uma identidade coletiva e de um diálogo com a sociedade exercido com liberdade, embora necessariamente hermenêutico.
Assim, interpretando falas, gestos, imagens, sons, objetos – nós, funcionários, professores, gestores – acabamos por construir um arcabouço de referências que passam a fazer parte de nossa existência, de nossa identidade pessoal e profissional, de nossa história, enfim, na Católica.
Dessa maneira, como ignorar os jardins da Católica? Como ignorar a simplicidade de sua capela? Como desprezar as conversas alegres de seus alunos cheios de sonhos e objetivos? Como deixar de se orgulhar de seus professores e suas didáticas na construção do conhecimento? Como não enxergar tanta beleza literária no acervo de sua biblioteca? E os eventos acadêmicos? Quão importantes são para a formação educacional. Como esquecer nossas conquistas esportivas? Como não se inspirar com o retorno da terceira idade às nossas salas de aula? Como não albergar alunos com necessidades especiais? Ah! Quase esqueci: Como desprezar nosso relógio de ponto? Não é ele um diálogo diário com a história?
Como desdenhar desse movimento acadêmico de transformação, competição, cooperação e diversidades? Movimento este que acontece bem diante de nós, funcionários, e que, de um modo ou de outro, nos envolve, nos influencia e nos faz coautores.
Ora, se tudo isso for ignorado, não é nossa identidade que de fato é negligenciada? Não estaríamos “desmemorializando”? Penso que sim.
Qual o sentido da Católica? Aqui não me refiro à sua dimensão material, mas sim de sua capacidade do fazer sociedade, apontar um convívio melhor como outro e de insistir no potencial da educação para a vida. A resposta mais adequada é contemplar a Católica e percebê-la integrada favoravelmente ao processo de desenvolvimento de esperança, de confiança, da segurança e da qualidade das interações humanas.
Temos aí uma integração canalizada para um amadurecimento coletivo e ao mesmo tempo pessoal, que não será ultrapassado, mas permanece ao longo da vida.
Este ponto de vista, acredito, não é somente meu, mas de todos que compõem esse conjunto de atividades que influencia e expressa nosso caráter institucional. Ocupamo-nos, então, da imagem da Católica na sociedade e, portanto, da nossa própria imagem no mundo.
Israel Martiniano da Silva
10 anos ago ·
Muito lindo.
10 anos ago ·
Sem dúvida, o melhor texto. Parabéns!
10 anos ago ·
Parabéns!
Sr. Israel Martiniano
Pela tão grandiosa reflexão sobre a católica e ressaltar as primícias sua importância na vida de cada ser humano.
É muito relevante a sua mensagem.