Faces da Católica

Participe da primeira edição do Faces da Católica. Quatro categorias para você revelar seu talento e mostrar a identidade de quem faz parte de nossa história



Resultados

Category : Sem categoria · No Comments · by jul 31st, 2015

Saiu o resultado do concurso Faces da Católica. Os vencedores foram Alex Sandro da Silva Bezerra, com a imagem “Meu trabalho, minha segunda casa”, na categoria Fotografia, e Janayna Alves, com o texto “O Ser”, na categoria Literatura. Agradecemos a todos os inscritos e também a quem curtiu os trabalhos na página do concurso. Obrigada!

O sonho

Category : Literatura · No Comments · by jul 21st, 2015

Paraibano de nascimento, ainda pequeno, deixei, do Alto da Borborema, minha linda e hoje saudosa Campina Grande, para, como presente, vislumbrar uma também linda Cidade, traçada por rios e pontes, me tornando, pois, pernambucano de coração. Com toda a família, portanto, cheguei aqui ainda criança, aproximadamente aos seis anos de idade. O maracatu, o caboclinho e o frevo, de alguma forma já passariam a fazer parte de minha vida, fincando, pois, o pé neste guerreiro Estado e, com audácia, contrariando o jargão do nosso mestre Luiz Gonzaga, em “Último Pau de Arara”, “quem sai da terra natal em outro canto não para”. A relação direta com a Unicap vinha a nascer ainda como aluno de graduação, embora mesmo antes já sentia a sua energia através da Biblioteca Central. Lembro quando, em alto andar do bloco G, deslumbrado com a belíssima Mauriceia, sonhava acordado: “como seria ser um contador de uma instituição de ensino tão importante para a comunidade pernambucana?”. Uma passagem bíblica diz “Pedi e obtereis”, e assim aconteceu, pois tudo de bom que desejamos, de coração, chegam aos anjos e, conforme nossas ações, o tempo, por mais longo que pareça, se encarrega de movimentar as estrelas que conspiram para realização dos nobres desejos. Já formado e atuando profissionalmente, involuntariamente tomei conhecimento, em 1997, de uma oportunidade na Universidade, não deixando escapar, aqui hoje estou, graças a Deus.

Durante minha experiência profissional na área contábil, antes da Universidade, passei pela indústria, comércio e serviços. Sempre muito empenhado nas minhas atividades, sentia, contudo, que algo mais precisava ser implementado nessa carreira, algo que, além de negócios, envolvesse diretamente o ser humano, sentia isso no âmago. Quando por fim me vi integrando o quadro de colaboradores da Unicap, fiquei ainda mais deslumbrado, pois o meu conhecimento estaria a serviço de uma bela instituição. O trabalho com jovens, crianças, idosos, pessoas carentes e com necessidades especiais, as clínicas, o apoio à sociedade através dos seus projetos assistenciais me faria, sim, orgulhoso por contribuir neste projeto tão honroso.

Quando se faz algo por amor, por satisfação, as dificuldades do percurso podem até surgir, como de fato surgem até para nos provar e nos fortalecer, contudo não destroem o fogo que move a busca pela conquista do objetivo, principalmente quando este objetivo não envolve apenas a si mesmo, mas o desenvolvimento de outros, de toda a comunidade, ou melhor dizendo, de toda a sociedade.

Costumamos, com legitimidade, cobrar compromissos dos outros, do governo, dos políticos etc. Todavia, precisamos cada vez mais nos conscientizar sobre a nossa própria responsabilidade no processo de construção de uma sociedade melhor, e justiça não é apenas lutar pelos próprios direitos, justiça também é a defesa dos direitos dos outros, justiça é a defesa dos direitos de todos, deixar um pouco de olhar para o próprio “umbigo”, de “puxar a brasa apenas para seu peixe”, ou seja, procurar enxergar o direito do outro, o direito coletivo. Isso podemos ver dentro da Unicap, na sua missão, é claramente explícito em sua carta de princípios. A Unicap, é, pois, minha grande aliada para por em prática aquilo que, sem ela, seria-me muito mais difícil, contribuir na construção de uma sociedade cada vez mais justa.

Para mim, trabalhar na Unicap, pois, não é apenas ter um emprego donde posso obter o sustento material de minha família, é muito mais do que isso, é participar de um grande projeto de vida, projeto que envolve o crescimento do ser humano individual e coletivamente, por isso posso dizer sem medo, como Inácio de Loyola e seus amigos, não sonhei em vão, sonhei com o “pé no chão”, por isso tenho muito orgulho de trabalhar na Universidade Católica de Pernambuco.

Dimas Ferreira de Luna

Um olhar

Category : Literatura · (2) Comments · by jul 21st, 2015

UM OLHAR…

Olho pro horizonte e vejo um luzir

Um brilho que se reflete na água e passa amor

Que vem da foz de um rio a surgir

Que irriga a terra e faz nascer uma flor

 

UMA FLOR DE AMOR…

Uma flor a desabrochar

Com um grande sentimento: o amar!

Uma beleza interior a brilhar

Que o mundo em breve iria constatar

 

O SENTIMENTO…

Este sentimento que é tão mágico

Que nos toma o peito e sai a caminhar…

E nos leva longe!

Como se a geografia do coração

Estivesse a dizer: vá!

 

A FLOR…

E foi num dia especial

Que o mundo iria ganhar

Uma luz, um sinal

Um ser muito mais do que estar

Porque o estar é passageiro

E o ser veio pra ficar

 

O SER…

É uma flor de nome Rosa

De cores vivas a alegrar

De sentimento puro e verdadeiro

Mãe, você nasceu para brilhar!

 

Janayna Alves

Faces da universidade

Category : Literatura · No Comments · by jul 21st, 2015

Faces da cidade

Da universidade

Que não tem fronteiras

E se estende

Campus afora

Afinal “teu campus é a cidade”

Teu objeto: as faces da cidade

Faces aflitas

Faces alegres

Faces esperançosas

Plenas de incertezas

De questões

Que demandam planos

Projetos

Ensino

Pesquisa

Extensão.

 

És formada

Por muitas faces

Cientes e conscientes

De tua sagrada Missão: educar

Que é tudo

Mas um educar, de múltiplas faces.

Um educar

Com seres humanos e

Para seres humanos

Pois teu diferencial

É ser

Acima de tudo

Humana

Dentro e fora

De teus limites

Que não têm limites.

 

Do outro lado

De teus infinitos horizontes

Há outras tantas faces

Sedentas de luz

De saber

E, jamais, te negaste

A ir ao encontro

D’estas faces

Que, de ti esperam,

Sempre

O melhor

Que tendes a dar.

 

Do lado de cá

Lutam tuas faces

Dia a dia

Sol a sol

Vencendo obstáculos

Buscando, sempre, a humana Excelência

Refletida

Muito além

Dos mares de números

Que te rodeiam

PDI’s, CPC’s, IGC’s

Que espelham

Sonhos, planos, ações!

 

Mas teus braços

Abraçam a cidade

E vão muito além

Pois educas com amor

Todas as faces

Independente de cores

Padrões

Convenções

Afinal és Católica

E como tal

Cristã e Universal

Tua identidade

Se reflete

No Amar e Servir

A todas as faces

Em cada canto e recanto

Em cada coração

Que habita o campus e a cidade

Com a qual te fundes

E já não há campus

Nem cidade

Nem universidade

Apenas, tuas múltiplas faces.

E um só coração a pulsar.

 

Cezar Augusto Cerqueira

Eunicap

Category : Literatura · (3) Comments · by jul 21st, 2015

Faces são, em essência, superfícies. Dizem os dicionaristas. Superfícies construídas para serem vivenciadas e apreciadas. Penso. Mas estas construções devem ser edificadas por ações no tempo presente visando um futuro melhor.

Por mais paradoxo que pareça, esse conceito evoca sempre um pensamento sobre o porvir. Nesse sentido, o termo é vital para as instituições humanas porque indissociável de uma identidade coletiva e de um diálogo com a sociedade exercido com liberdade, embora necessariamente hermenêutico.

Assim, interpretando falas, gestos, imagens, sons, objetos – nós, funcionários, professores, gestores – acabamos por construir um arcabouço de referências que passam a fazer parte de nossa existência, de nossa identidade pessoal e profissional, de nossa história, enfim, na Católica.

Dessa maneira, como ignorar os jardins da Católica? Como ignorar a simplicidade de sua capela? Como desprezar as conversas alegres de seus alunos cheios de sonhos e objetivos? Como deixar de se orgulhar de seus professores e suas didáticas na construção do conhecimento? Como não enxergar tanta beleza literária no acervo de sua biblioteca? E os eventos acadêmicos? Quão importantes são para a formação educacional. Como esquecer nossas conquistas esportivas? Como não se inspirar com o retorno da terceira idade às nossas salas de aula? Como não albergar alunos com necessidades especiais? Ah! Quase esqueci: Como desprezar nosso relógio de ponto? Não é ele um diálogo diário com a história?

Como desdenhar desse movimento acadêmico de transformação, competição, cooperação e diversidades? Movimento este que acontece bem diante de nós, funcionários, e que, de um modo ou de outro, nos envolve, nos influencia e nos faz coautores.

Ora, se tudo isso for ignorado, não é nossa identidade que de fato é negligenciada? Não estaríamos “desmemorializando”? Penso que sim.

Qual o sentido da Católica? Aqui não me refiro à sua dimensão material, mas sim de sua capacidade do fazer sociedade, apontar um convívio melhor como outro e de insistir no potencial da educação para a vida. A resposta mais adequada é contemplar a Católica e percebê-la integrada favoravelmente ao processo de desenvolvimento de esperança, de confiança, da segurança e da qualidade das interações humanas.

Temos aí uma integração canalizada para um amadurecimento coletivo e ao mesmo tempo pessoal, que não será ultrapassado, mas permanece ao longo da vida.

Este ponto de vista, acredito, não é somente meu, mas de todos que compõem esse conjunto de atividades que influencia e expressa nosso caráter institucional. Ocupamo-nos, então, da imagem da Católica na sociedade e, portanto, da nossa própria imagem no mundo.

Israel Martiniano da Silva