Ronda noturna leva alegria à comunidade pobre
Por Eduardo Travassos

Papai Noel existe. E não é um só. Esta é a certeza que os moradores do Conjunto Limoeiro, localizado no bairro de Santo Amaro, têm após mais uma visita da ronda noturna promovida por alunos, professores e funcionários da UNICAP. Na noite da quinta-feira passada (22), o grupo promoveu uma bela confraternização natalina na comunidade, com bênção dada pelo Pe. Mota e ceia com distribuição de presentes para as 20 famílias que lá moram.

Os integrantes da ronda noturna, uma iniciativa da Pastoral da UNICAP, e os moradores do Conjunto Limoeiro se conhecem há algum tempo. As famílias que viviam na Vila dos Morcegos, que se localizava debaixo da Ponte do Limoeiro, receberam da Prefeitura do Recife as casas onde hoje residem, e creditam parte desta conquista aos amigos da ronda noturna. “Ajudamos a chamar a atenção das autoridades para os problemas deles”, diz o funcionário do NIC e integrante do grupo Valter Avellar. “Tentamos ajudar estas pessoas e criamos uma sintonia com elas”, completou.

E esta sintonia foi mais do que provada, tendo em vista a forma calorosa como os visitantes foram recebidos. Todos os moradores do conjunto fizeram questão de cumprimentar e fazer tudo para agradar, além de, claro, ficarem felicíssimos com os presentes: “Sabemos que eles querem os presentes, mas temos certeza eles querem nos rever”, explicou Valter. Com a ajuda de doações de seus integrantes e de outros grupos, como o Grupo da Mística Inaciana, foram dadas cestas personalizadas com alimentos não-perecíveis, roupas e brinquedos, além da ceia, que teve um cardápio especial: “Trouxemos creme de galinha, macarronada, bolo, para proporcionarmos a eles uma refeição o mais próximo possível da tradição natalina”, concluiu Avellar.

Mas antes da visita às famílias de Santo Amaro, a ronda parou para levar um pouco de conforto aos biscateiros que se concentram na Praça Joaquim Nabuco. Foi dado um “cestão” com alimentos, roupas e brinquedos para as pessoas que praticamente moram no local. Como no Conjunto Limoeiro, as crianças, que tem em sua maioria doze anos e já trabalham, foram as mais contentes com as doações.