A SECA ATRAVÉS DO FOTOJORNALISMO
Álvaro Claudino
Marcelle Carvalho
Viviane Brasil
Orientador : Heitor Rocha

IMPRESSÕES DE UMA TERRA CHAMADA SERTÃO
Zadoque Filho

Orientador
Alfredo Sotero

Co-orientador
Janilto Andrade


CANTADORES ENCANTADORES
Júlia Carlos
Juliane Planzo
Wanessa Andrade
Orientadora: Neide Mendonça

AS VISAGENS DO IMPERADOR DA PEDRA
DO REINO SOBRE “OS SERTÕES”
Ana Paula Campos


Impressões de um terra chamada sertão

Considerada a parte mais densa, mais rebuscada e mais complexa da centenária obra de Euclides da Cunha, Os Sertões, a Terra (primeira parte da obra) se situa como ponto chave no desenvolvimento do raciocínio do autor, em seu intuito de denunciar as atrocidades cometidas em Canudos. A analogia entre a terra e a mãe, contudo, torna-se procedente à medida em que o próprio Euclides procura mostrar a terra como um organismo dotado de vontade, que luta pela vida e que ensina os sertanejos a sobreviver num ambiente tão cheio de dificuldades.

Personagens da literatura nordestina como as mães Cordulina, do romance O Quinze, e Sinhá Vitória, de Vidas Secas, verbalizam as palavras dessa mãe-terra que é tão maltratada quanto os homens.

Imprescindível, no entanto, é reconhecer a crítica social que Euclides quis dar ao seu relato, e atualizá-la à medida em que suas narrativas são lembradas.


Cantadores encantadores

No centenário de "Os sertões" de Euclides da Cunha, apresentamos um olhar sobre essa obra, fazendo parâmetro com a de três poetas nordestinos. Dois desses poetas são pernambucanos e o outro, cearense. São eles: João Cabral de Meio Neto, Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré.

Este trabalho é, de certa forma, uma releitura da obra euclidiana, sendo dividido de acordo com a trilogia da obra de Euclides: a terra, o homem e a luta. Em cada poeta, é possível averiguar e apresentar essa divisão. É interessante perceber as diferenças e semelhanças nos olhares sobre os sertões de poetas de origem sertaneja e de "estrangeiros".

Contudo todos eles cantam o sertão com extremo carinho e encantam pelo jeito particular de descrevê-lo, por isso todos são cantadores encantadores.


As visagens do imperador da Pedra do Reino sobre "Os Sertões"

Em dezembro de 1902, Euclides da Cunha lançava uma obra que seria marco na literatura brasileira. Os Sertões trazia, além do relato jornalístico, informações científicas, narrativa eficaz e uma perfeita reconstrução das imagens de um sertão até então desconhecido pelo resto da nação. Mas nos chamaram a atenção as declarações do escritor Ariano Suassuna que se dizia influenciado pela obra de Euclides da Cunha e a presença de elementos d'Os Sertões no romance suassuniano A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.

Buscando um aprofundamento nas influências, foi possível constatar que a importância d'Os Sertões para Suassuna ia além da influência literária. Fatos reais e fictícios se misturam n'A Pedra do Reino.

Euclides da Cunha tinha muito mais importância que a de um simples autor. A figura de Euclides e a de João Suassuna, pai de Ariano, confundem-se na vida e principalmente na obra do paraibano.


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