O Vale do Catimbau, a 285 Km do Recife fica situado entre o Agreste e o Sertão
de Pernambuco abrangendo terras do município de Buíque e estendendo-se
por áreas semi-áridas de Tupanatinga, Inajá e Ibimirim,
já em plena Microrregião do Sertão do Moxotó.
Integra geologicamente os patamares mais antigos da Bacia Sedimentar do Jatobá,
que está situada na porção centro-sul de Pernambuco,
limitados pelas maiores altitudes da Formação Tacaratu, sedimentação
paleozóica sobre relevos residuais do complexo cristalino granítico-gnáissico.
Constitui o divisor de águas entre as bacias hidrográficas do
Moxotó e do Ipanema.
Pelos aspectos topográficos do seu quadro natural e pelas origens da ocupação espacial, transformou-se em importante potencial turístico. Formado por elevações montanhosas de topo suave, encostas abruptas e vales abertos, distribuídos em aproximadamente 90.000 ha, o Catimbau impressiona pela sua grandiosidade, primitivismo e pelos aspectos de sua morfologia, trabalhados pela ação intempérica do clima favorecendo acentuada erosão nas encostas da chapada arenítica, possilitando a ocorrência de verdadeiras obras de arte esculpidas pelo vento. Sítios arqueológicos, cemitérios indígenas, fontes de água, ao lado da reserva indígena Kapinawa,
Em seu eixo principal orientado no sentido norte/sul, a Serra do Catimbau, um grande maciço sedimentar, em suas diversas encostas toma diferentes denominações: a Serra de Jerusalém, na porção oeste, em cujo topo descortina-se uma paisagem dominada pela Serra Grande onde fica o Morro do Elefante, a Serra das Torres e Morro do Cachorro, formaçãoes areníticas intensamente trabalhadas pelo vento. Integra esse conjunto o chamado Recanto Selvagem, local onde são encontradas fontes naturais, cavernas e formações sedimentares exóticas.
Em sua face leste, aparecem a Serra do Pico, Serra da Jibóia e do Cobaça. A vegetação que lhe circunda reflete a influência climática e edáfica. Como as encostas da Serra de Jerusalém, do Coqueiro e de Buique, encontram-se estruturalmente dispostas em sentido perpendicular aos ventos úmidos.
Trata-se, portanto, de uma área de grande potencial turístico que necessita ser corretamente explorado, objetivando o estabelecimento de políticas de preservação ambiental, garantindo conseqüentemente as bases de uma economia sustentável.
Autor
Marcus Rafael Souza de Freitas Oliveira
Orientadora
Sidney Gomes G. da Silva
Programação Visual
Breno Carvalho