Os verdadeiros filhos da terra - sertanejos, sertanejas – são, em parte, denominadores comuns entre os descritos por Euclides, um pouco das entrelinhas midiáticas, mas, e sobretudo, cidadãos trabalhadores. Trabalham honestamente como alguns de outras sociedades, ou até mais, devido à terra inóspita em que (sobre)vivem. Precisam de apoio assim como outros o têm, seja com financiamento, seja de parcerias... pois sabem transformar a incredulidade em riquezas.

Nessa segunda página, são apresentados trabalhos sobre os primeiros habitantes, as fortes mulheres, sertanejas, o povo religioso e o representante maior da música pernambucana. Olhai os Índios do Sertão relata o que o homem “branco”, detentor do que chama de sabedoria, vem fazendo com os seus descendentes há mais de 500 anos. O gancho utilizado para Bonitas Marias tem como referência a lendária Maria Déia, a Maria Bonita, para reverenciar a valentia, a coragem e a predestinação das parteiras, carpideiras e benzedeiras. A falta de esperança em alguns homens faz o sertanejo buscar ajuda no Padre Cícero, considerado por alguns o salvador dos pobres, por outros, um farçante, tônicas delineadas no Padim dos (des) Crentes. E 90 anos do Lua Arretado é uma homenagem ao nascimento de Luiz Gonzaga, onde segundo as autoras o Rei do Baião conta, do céu, a trajetória, as nuances e façanhas do homem que trouxe e levou, através das suas músicas, esperança aos que achavam que tudo estava perdido.