Apresentação

Mensagem do Comitê Organizador

Rios Urbanos Limpos: possibilidades e desafios é o tema central do 9o Encontro Internacional das Águas – 9 EIA, promovido pela Universidade Católica de Pernambuco- UNICAP em conjunto com a Marinha do Brasil – Capitania dos Portos de Pernambuco, Ministério do Meio Ambiente – Secretaria de Recursos Hídricos e Academia Pernambucana de Química – APQ. Conta com o apoio da FACEPE, CNPq, SECTMA, IPA, EMBRAPA, COMPESA, FASA Gráfica, CARPOOL Turismo, CPRH.

Ao longo da existência humana, o homem utiliza recursos naturais para se manter vivo, produzir tecnologias e aumentar seu conforto, sendo a água fator essencial para a conservação da vida e manutenção da economia. As grandes civilizações tiveram seu início nas margens de rios e não existe um só sistema de engenharia que não utilize a água.

O reflexo do consumo acelerado e descartes de resíduos sobre os corpos hídricos vem contribuindo para a degradação do meio ambiente e da qualidade das águas afetando assim a saúde e o bem estar da população e as atividades sociais e econômicas relacionadas.

Na relação entre rios e cidades, um dos maiores problemas é resolver as questões relacionadas ao mau uso e à ocupação desordenada da faixa marginal dos rios, levando em conta a dinâmica das bacias de drenagem e ocupação dos seus leitos. Um dos grandes desafios é organizar a população em bacias hidrográficas, conscientizando a sociedade das noções espaciais das bacias, as relações e comportamento com a água, tratando-se de um processo lento de construção e mudança cultural que envolve trabalho educativo, de caráter socioambiental (FERREIRA et al., 2008).

Nas áreas urbanas os rios sofrem com modificações, ocupação irregular e desordenada da faixa marginal, degradação, confinamento em canais de concreto, sendo assim eliminado da paisagem, tornando-se elemento do sistema de drenagem, recende tudo que é descartado pela sociedade.

“Os rios urbanos são aqueles que, dialeticamente, modificam e são
modificados na sua inter-relação com as cidades. E a partir dessa interação,
surge algo que é, ao mesmo tempo, natural e cultural, orgânico e artificial,
sujeito e objeto, algo híbrido por que não é mais natural, mas também não
se transformou ao ponto de deixar de carregar em si a Natureza.”  (ALMEIDA e CARVALHO, s.d.)

Com a rápida urbanização, as pessoas passaram a ocupar a cidade sem que o planejamento territorial acompanhasse o forte crescimento. O alto valor do solo urbano levou a população mais carente a ocupar leitos de rios de maneira irregular, os rios também serviram de deposito de descarto pela sociedade. Eles sofreram com degradação ambiental, contaminações e foram sendo escondidos pelas construções. A falta de investimentos e estrutura em suas margens levou a população a enxergar o rio com um problema e não uma fonte de possibilidades, tanto culturais, de renda, lazer, como de consumo e uso da água, um valioso recurso natural.

Os ingredientes para um encontro cheio de interesse existem em qualidade e quantidade. Para isso é fundamental a sua presença e a sua contribuição. Ela poderá fazer-se de diversas formas, tirando proveito dos debates, conferências, minicursos e comunicações técnicas, através dos palestrantes convidados e autores de comunicações, que contribuirão para a formação e consolidação profissional de todos.

Arminda Saconi Messias
Presidente da Comissão Organizadora