Sepultamentos
ficam pela hora da morte
|
|||||||
A
longa jornada burocrática para enterrar um parente pode custar uma fortuna
|
|||||||
Por
Adriano Coutinho
|
|||||||
A perda de um ente querido significa não apenas dor, mas também o início de uma maratona burocrática e um adicional sacrifício financeiro que envolve um enterro. O primeiro passo é a opção pela funerária. Para isso, existe, só na Região Metropolitana do Recife, mais de 120 casas especializadas que oferecem pacotes incluindo o caixão (ataúde), que é a peça mais cara, reserva da cova, arranjo de flores, e o transporte para resgatar o corpo e levar ao cemitério, além da câmara ardente (castiçal onde se colocam quatro velas grandes, o suporte usado como apoio para o caixão, denominado “par de essa”, e uma imagem de ferro do Cristo crucificado), que opcional a cada religião. Os preços variam principalmente de acordo com o cemitério e tipo de caixão utilizado, que oscila entre R$ 200 e R$ 12 mil. A diferença de valores está na peculiaridade dessas peças, que têm relação de dependência com os detalhes, como o tipo do visor, que pode ser parcial ou completo, a madeira usada, os detalhes esculpidos e até o tipo de alça e a localidade para onde será transportado. A vestimenta do corpo é geralmente feita pelos serventes do hospital, mas se isso não acontecer, o ajudante da funerária se encarrega deste serviço. “Tudo é muito simples, mas a morte parece que sempre vem em hora errada”, revelou Walter Agra, proprietário da Casa funerária Agra. Cabe aos familiares, apresentar um atestado de morte assinado pelo médico e preencher fichas com os dados do falecido. A funerária manda esses documentos para o cartório, que registra o óbito e emite uma via de sepultamento, entregando a certidão à família, para exigências legais, como inventário e pensão. Para remoções de
corpos vindos do exterior, é exigido o embalsamamento, um caixão recoberto
de zinco, soldado e devidamente embalado. Viajam nas companhias aéreas
normais como carga. É exigido documento de embalsamamento e aval da
polícia federal para embarque do corpo. Em caso de acidente o corpo
é encaminhado ao IML. Os que não possuem um assistência médica vão para
o serviço de verificação de óbito, na Cidade Universitária, já os indigentes
vão para uma funerária veiculada à prefeitura. |
![]() |
||||||
|
|||||||
|
|||||||
|
|||||||