Recife, 31 de março de 2006 – ano 5

Alunos de Jornalismo entrevistam o ator José Pimentel
Por Sophia Marvão

A história dos 28 anos de carreira do ator pernambucano José Pimentel foi tema de entrevista hoje no estúdio de rádio da Universidade. A iniciativa de trazer o convidado especial, que é formado em Jornalismo pela UNICAP, partiu dos alunos do 6º e 8º períodos do curso de Jornalismo. O exercício serviu como prova das disciplinas de Rádio II e IV.

José Pimentel se tornou mais conhecido do público com a interpretação de Jesus, no espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano. Atuação que encantou os espectadores por 19 temporadas.

Com a saída da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, o ator encarou uma nova via crucis: o desafio de encenar a Paixão de Cristo no Recife. A iniciativa deu certo. A peça chega à sua décima temporada. Foram cinco anos no estádio do Arruda e outros cinco no Marco Zero, no Recife Antigo. Mas o local está em obras e foi transferido para frente do Forte do Brum, próximo à Prefeitura da cidade.

Este ano o elenco terá 100 atores e 300 figurantes. Na montagem, José Pimentel deu oportunidades a novos atores. Grande parte é da comunidade de Chão de Estrelas, Zona Norte do Recife. Os artistas se mobilizaram num mutirão e costuraram as roupas que farão parte do figurino.

Durante a entrevista, os estudantes perguntaram se José Pimentel pretende se aposentar. E com a disposição e o bom humor dos seus 70 anos ele respondeu: só saio dos palcos quando não agüentar carregar a cruz”, brincou. As matérias das alunas Bruna Rodovalho e Camila Chidid, do 8º período, vão trazer curiosidades do início de carreira de Pimentel. A vocação cênica veio à tona em sala de aula, quando uma professora pediu para ele ler um texto na frente da turma. O ator acabou decorando e interpretando o conteúdo.

Os dez anos da Paixão de Cristo do Recife renderam a José Pimentel homenagem na Assembléia Legislativa de Pernambuco. O espetáculo deste ano será realizado entre os dias 12 e 16 de abril, às 20h.

Atendimento especial na Biblioteca começa na segunda -feira
Por Bárbara Travassos e Christiano Vasconcellos

Se depender da Biblioteca Central da UNICAP, professores, alunos e funcionários terão um ambiente de concentração total para estudar e realizar suas pesquisas. Durante o período de provas, mais conhecido como GQ´s (grau de qualificação), o acesso à Biblioteca ficará restrito à comunidade acadêmica da Universidade.

É o que vai acontecer nos próximos dias 03 a 20 de abril (1ºGQ) e 29 de maio a 17 de junho (2ºGQ). Nesses períodos, estudantes terão prioridade. Para usufruir das instalações da Biblioteca, eles deverão apresentar um documento de identificação e o certificado de matrícula.

O acesso permanece livre para ex-alunos. Segundo dados da direção, a cada dia passam pelas dependências da Biblioteca 3.500 pessoas. E este número sobe para 4.500, por dia, no período de GQ. A medida tem como objetivo melhor servir e atender a comunidade acadêmica da UNICAP.

Mas fora dessas datas, a Biblioteca da UNICAP vai continuar de portas abertas para o público externo, disponibilizando as salas de estudos, seu acervo de livros e laboratórios multimídia para consultas.

Nesses períodos, os alunos terão que apresentar o documento de identidade e um outro que comprove o vínculo com a Universidade (carteira de estudante atualizada, certificado de matrícula ou histórico escolar) para entrar na Biblioteca. Funcionários e professores, também, terão que apresentar dois documentos: a identidade e um outro comprovante de vínculo com a UNICAP, a exemplo do contra-cheque.

Os ex-alunos terão que se cadastrar para ter acesso à Biblioteca Central. Para isso eles devem apresentar documento de identidade e um comprovante de residência.

Empresas mostram projetos sociais em seminário de Relações Públicas
Por Manuela Ferreira

O Departamento de Comunicação Social da UNICAP promoveu a palestra Empresas e Comunidade: parceiros da cidadania. No encontro, os alunos do curso de Relações Públicas conheceram os projetos sociais desenvolvidos por diferentes empresas e órgãos públicos no Recife. O evento contou com a presença de Alfio Mascaro, da secretaria de Educação da prefeitura do Recife; João Batista Amarante, conselheiro regional do Instituto C&A e Sandra Arruda, gerente de marketing do Shopping Tacaruna.

Durante a palestra, Alfio Mascaro apresentou o programa Escola Ambiental Águas do Capibaribe. A ação é voltada para os alunos da rede pública do Recife, que recebem noções de proteção ao meio ambiente à bordo de barcos, em pleno Capibaribe. João Batista Amarante, por sua vez, falou sobre o programa Prazer em Ler, realizado em diversas capitais brasileiras, entre as quais o Recife.

Já Sandra Arruda, gerente de marketing do Shopping Tacaruna, mostrou como o projeto social “Pityboama” tem mudado a vida das crianças e adolescentes atendidos. De acordo com o professor do curso de Relações Públicas, Alfredo Sotero, o evento servirá de base para a disciplina Comunicação Dirigida III. “A disciplina será voltada para a execução de um projeto social. Por isso, os estudantes deverão se espelhar nas iniciativas bem-sucedidas que foram apresentadas”, comentou o professor.

Ex-aluno lança livro sobre o escândalo do mensalão

O jornalista Gerson Camarotti, repórter do jornal O Globo em Brasília e ex-aluno de Jornalismo da UNICAP, lança próxima segunda-feira (3), às 19h, na Livraria Arraial, o livro Memorial do Escândalo – Os bastidores da crise e da corrupção no governo Lula, escrito em parceria com o jornalista Bernardo de La Peña.

Camarotti estudou na UNICAP entre 1992 e 1995 e o primeiro dos muitos prêmios que recebeu em sua carreira foi conquistado com o trabalho Morte e Vida Severina 40 anos depois – uma visão jornalística. O projeto experimental de conclusão do curso rendeu a ele o Prêmio Nacional de Jornalismo da Intercom e de vídeo-reportagem. Repórter de O Globo há dois anos e meio, Camarotti trabalhou também na rádio CBN, no Diário de Pernambuco, Correio Braziliense e o Estado de São Paulo e nas revistas Veja e Época.

A crise provocada pelos indícios de corrupção no governo Lula, do uso de caixa 2 em campanhas eleitorais do PT, do uso de dinheiro para comprar apoio de deputados e das suspeitas de desvio de recursos públicos, de estatais, para estas finalidades é o tema de mais um “instant book” da Geração Editorial (Memorial do Escândalo – Os bastidores da crise e da corrupção no governo Lula, de Gerson Camarotti e Bernardo de la Peña, 272 páginas, R$ 32,00).

Memorial do Escândalo é o primeiro “instant book” sobre a atual crise política, que motivou três Comissões Parlamentares de Inquérito e investigações por parte da Polícia Federal e Ministério Público. O livro traz muitas novidades sobre os bastidores da luta entre os partidos e o governo, as idas e vindas nas investigações e os perfis dos principais envolvidos, do publicitário Marcos Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares ao deputado José Dirceu, o banqueiro Daniel Dantas e o próprio presidente Lula.

Departamento de Filosofia promove debate sobre Platão e Friedrich Nietzsche
Por Manuela Ferreira

Os filósofos Platão e Friedrich Nietzsche foram tema do projeto Cinco e Meia, promovido pelo Departamento de Filosofia da UNICAP. A discussão foi realizada pelos professores Anastácio Borges e Martha Perrusi, que responderam questionamentos dos alunos sobre o pensamento e a obra dos filósofos. A próxima palestra do projeto, aberta ao público, acontecerá no dia 23 de maio. Na ocasião, será discutida a ética na época técnico-científica. Os debatedores serão os professores Karl-Heinz Efken e Severino Dias.

Durante o encontro, o professor Anastácio Borges falou sobre a presença do filósofo grego na obra de Nietzsche. “As percepções de ambos são muito diferentes. O filósofo alemão, por um lado, admira Platão. Por outro, o critica”, aponta o professor

Martha Perrusi, por sua vez, usou como referência para o debate o livro Introdução aos estudos dos diálogos de Platão, publicado por Nietzsche. O projeto Cinco e Meia acontece mensalmente, sempre às 17h30, no auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas, no 1ª andar do bloco B. A cada reunião, um tema novo é abordado. A entrada é franca.

Biblioteca Central moderniza sua estrutura sem esquecer dos deficientes
Por Bárbara Travassos

A Biblioteca Central da UNICAP implantou dois novos projetos nas suas instalações. O setor de multi-meios ganhou mais uma sala de informática com dez computadores novos e uma outra impressora em Braille para atender aos deficientes visuais. A outra novidade é a informatização do setor de periódicos (revistas, jornais e artigos), onde antes, o aluno tinha que preencher, à mão, formulários para cada empréstimo de material.

Para melhorar o atendimento aos portadores de necessidades especiais, a Biblioteca está capacitando 20 funcionários com o curso de Libras – Linguagem Brasileira dos Sinais. Tanto no setor de periódicos como no de empréstimo de livros existem guichês de atendimento específicos aos deficientes. Além disso, todo o acesso à Biblioteca Central dispõe de rampas e elevadores.

No setor de multi-meios, há um aparelho chamado transcritor, que reproduz imagens/gráficos em auto-relevo, possibilitando aos cegos perceberem figuras através do tato. Ainda no local, o estagiário Milton Pereira, (estudante de Publicidade) que é deficiente visual, adapta as provas da Universidade para os alunos portadores de deficiência. A ferramenta utilizada no trabalho é um programa de computador (software) que emite os sons das letras digitadas. O material é colocado no papel pelo método Braille, graças a uma impressora especial.

Arte universitária nos jardins da UNICAP
Por Manuela Ferreira

Os jardins do Bloco G da UNICAP foram palco, na noite de ontem, da Mostra Independente de Arte Universitária (Miau). O evento, promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Movimento Acionando Flores, reuniu exposição de quadros, fotografias, exibição de vídeos e apresentação de performances e de grupos musicais. De acordo com a organização, a iniciativa foi uma prévia da 1ª mostra de arte independente, que deverá ser realizada na Universidade na 2ª semana de maio.

Durante o encontro, os alunos puderam conferir o documentário Instituto, dirigido pela cineasta Taciana Oliveira; o vídeo Textículos de Mary e Outras Histórias, de Flávia da Rosa Borges e Matarás, de Camilo Cavalcante. A noite também contou com a apresentação da Banda Comuna Experimental. No show, foi exibido, sem áudio, o clássico Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha. Isso porque a banda compôs uma trilha especial para a película.

Segundo Lucas Leite, do Movimento Acionando Flores, a mostra pretende debater a arte independente produzida no Recife na atualidade. “Valorizamos a presença dos estudantes e da comunidade acadêmica durante o Miau. Essa interação será fundamental para o a mostra artística que acontecerá em maio”, avalia Lucas Leite.

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