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Recife, 24 de março de 2006 – ano 5

J. Borges fala sobre sua vida e seu trabalho na Unicap
Por Eduardo Travassos

J.Borges

O cordelista e xilogravurista J. Borges, um dos artistas regionais mais festejados do Brasil, visitou a UNICAP ontem (23) à noite e encantou alunos, professores e funcionários com sua simplicidade e sabedoria popular. O artesão e poeta falou de sua experiência de vida e trabalhos, na maior parte do tempo respondendo a perguntas da platéia. A visita foi na verdade uma aula multidisciplinar dos cursos de Comunicação Social e Letras, capitaneada pelos professores Janilto Andrade e Fabiana Furtado.

E foi o professor Janilto que iniciou os trabalhos, explicando o porquê do encontro: “A finalidade deste momento é, primeiramente, prestar uma homenagem a este artista e trazer informações sobre seu trabalho. Há uma negação dos direitos das culturas regionais, mas também há uma reação a este processo, com o ressurgimento destes trabalhos. Um artista que salvaguarda sua cultura mantém a cidadania de um povo. E a missão da universidade também é esta”. Já a professora Fabiana contou um pouco da origem do cordel: “Este tipo de literatura vem da Europa Medieval e no Nordeste brasileiro encontrou muita receptividade por sua oralidade. É quase um jornal popular onde as pessoas entram em contato com seu cotidiano”.

A aluna do terceiro período de letras Samara Gabriela foi a responsável por fazer uma breve apresentação de J. Borges. José Francisco Borges nasceu em 1935 em Bezerros e começou a ajudar o pai na agricultura ainda cedo. Conseguiu estudar muito pouco e logo se apaixonou pelos cordéis, que fizeram o futuro poeta se interessar pelas letras. A xilogravura surgiu justamente da necessidade de J. Borges ilustrar o que já escrevia. E este trabalho passou a ser reconhecido na Europa, Estados Unidos e em várias outras regiões. Depois das apresentações, o aluno Ronaldo Aragão leu o cordel A Moça que Dançou Depois da Morte, conseguindo muitos aplausos.

J. Borges então teve a palavra. Após o boa noite, ele falou um pouco de sua experiência. “Vocês tiveram o direito de estudar. A minha leitura foi cai-cai tanajura. Estudei só dez meses, depois meu professor veio para o Recife. Mas temos um professor muito maior, o mundo. A leitura é como uma árvore que tem que ser regada sempre”. Mas o foco principal da noite eram as perguntas dos estudantes, que não se acanharam em fazê-las. Sobre os novos cordelistas, o poeta falou que são poucos: “Tem uns aparecendo com um cordel urbano, sem métrica, rima e obedecendo a pontuação. O cordel puro só se preocupa com a oração, a rima e a métrica. Esses novos não tem graça, é mais para turista comprar”, afirmou Borges.

O artista respondeu diversas questões: temática, técnica, dificuldades. Uma das respostas que mais chamou a atenção e arrancou gargalhadas de todos foi a sobre os prêmios que já havia recebido. J. Borges assim falou: “Só digo que ganhei um prêmio quando tem dinheiro na história. Já participei de calendário da ONU, ligação da Unesco, todos prêmios que não davam dinheiro. Aí eu encaro como homenagem. Prêmio foi na Venezuela, em que ganhei 100 mil bolívares. A pena é que quando fui fazer o câmbio US$ 1 mil, depois R$ 930. Mas é com isso que se compra o pão, se paga a água e a luz”. Ao falar das suas experiências internacionais, Borges emocionou a todos: “Eu já viajei muito pelo mundo, vi coisas bonitas, mas nunca tive vontade de registrar nada que não fosse daqui. Temos que valorizar nossa cultura”, afirmou.

Ex-aluno lança livro sobre o escândalo do mensalão

O jornalista Gerson Camarotti, repórter do jornal O Globo em Brasília e ex-aluno de Jornalismo da UNICAP, lança no dia 3 de abril, às 19h, na Livraria Arraial, o livro Memorial do Escândalo – Os bastidores da crise e da corrupção no governo Lula, escrito em parceria com o jornalista Bernardo de La Peña.

Camarotti estudou na UNICAP entre 1992 e 1995 e o primeiro dos muitos prêmios que recebeu em sua carreira foi conquistado com o trabalho Morte e Vida Severina 40 anos depois – uma visão jornalística. O projeto experimental de conclusão do curso rendeu a ele o Prêmio Nacional de Jornalismo da Intercom e de vídeo-reportagem. Repórter de O Globo há dois anos e meio, Camarotti trabalhou também na rádio CBN, no Diário de Pernambuco, Correio Braziliense e O Estado de São Paulo e nas revistas Veja e Época.

A crise provocada pelos indícios de corrupção no governo Lula, do uso de caixa 2 em campanhas eleitorais do PT, do uso de dinheiro para comprar apoio de deputados e das suspeitas de desvio de recursos públicos, de estatais, para estas finalidades é o tema de mais um “instant book” da Geração Editorial (Memorial do Escândalo – Os bastidores da crise e da corrupção no governo Lula, de Gerson Camarotti e Bernardo de la Peña, 272 páginas, R$ 32,00).

Memorial do Escândalo é o primeiro “instant book” sobre a atual crise política, que motivou três Comissões Parlamentares de Inquérito e investigações por parte da Polícia Federal e Ministério Público. O livro traz muitas novidades sobre os bastidores da luta entre os partidos e o governo, as idas e vindas nas investigações e os perfis dos principais envolvidos, do publicitário Marcos Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares ao deputado José Dirceu, o banqueiro Daniel Dantas e o próprio presidente Lula.

Química é ensinada de uma forma diferente na Unicap
Por Bárbara Travassos

Ontem (23) foi realizada mais uma edição do Quinta na Química, evento promovido pelo Departamento de Química e Meio-Ambiente. O palestrante foi o professor do Departamento de Química Fundamental da UFPE Arnaldo Carvalho, que falou sobre “Visualizações no Ensino-Aprendizagem de Química”.

De uma maneira bem diferente e até lúdica, Arnaldo Carvalho mostrou aos presentes, em sua maioria alunos e professores do Departamento de Química e Meio-Ambiente da UNICAP, que ensinar e aprender química é fácil e divertido. Através de várias experiências, o professor prendeu a atenção da platéia e ensinou alguns fundamentos químicos. Um relógio que funcionava graças a eletrodos mergulhados em suco de laranja, uma escova de dente que o cabo mudava de cor com o tempo de uso (devido ao calor da mão), brinquedos e filmes foram utilizados para que Carvalho mostrasse que a química está presente em vários lugares.

Arnaldo Carvalho faz parte do Projeto Isto é Química, fundado em 1988, e que começou com um grupo de teatro que fazia apresentações explicando a química em eventos organizados pela UFPE. Hoje, esse projeto foi remodelado e com outro nome, “Visualizando Química”, estende-se às salas de aulas do ensino fundamental e médio de escolas públicas e do curso de Licenciatura em Química da Federal. Segundo Carvalho, o trabalho desenvolvido pelos membros do projeto não é fácil. “Ninguém aprende química se não gostar. Tentamos minimizar a antipatia que muitos alunos têm a matéria. O projeto é uma tentativa de fazer uma ponte entre a teoria e a prática, na sala de aula, de uma forma interessante”, ressalta o professor.

Para Carvalho, o aprendizado da química pode estar no supermercado, na farmácia, nas lojas de brinquedos, em revistas, teatro e até cinema. Entre uma apresentação e outra, Arnaldo Carvalho exibiu um filme em que os atores derramaram conhaque nas mãos e atearam fogo, apagando alguns segundos depois sem se queimarem. De acordo com o professor, o fenômeno se dá devido ao fato do conhaque ser uma mistura de álcool e água. Por isso, quando ocorre a vaporização da água, o calor é absorvido de tal forma que o homem suporta a temperatura.

Inscrições para Pós-graduação em Logística Estratégica vão até dia 31
Por Christiano Vasconcelos

As inscrições para o curso de Pós-Graduação em Logística Estratégica vão até o dia 31 de março. As matrículas para a formação da segunda turma serão realizadas entre 8 e 20 de abril e as aulas terão início no dia 28 do mesmo mês.

O curso terá a duração de 14 meses e carga horária de 360 horas. As aulas acontecerão às sextas-feiras, das 18h45 às 22h, e, aos sábados, das 9h às 12h30. Outras informações podem ser obtidas no site www.unicap.br ou pelo fone 2119-4134.

 
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