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![]() ![]() Recife, 16 de março de 2006 – ano 5 Unicap e Prefeitura do Recife discutem direitos humanos Foi realizado na manhã de hoje (16) o segundo encontro do Ciclo de palestras do Fórum de Direitos Humanos, promovido pela UNICAP em parceria com o Conselho Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura do Recife. Ficaram encarregados de falar sobre o tema Igualdade Racial e Políticas Afirmativas os professores do curso de Direito da Universidade Maria Betânia e José Mário; o diretor de igualdade racial da prefeitura Lindivaldo Júnior; o doutorando em sociologia pela UFPE Ronaldo Sales, além do coordenador da mesa, o assessor executivo da Secretaria de Direitos Humanos, Luiz Roberto. O auditório G2 recebeu estudantes, professores, integrantes de movimentos sociais e interessados neste tema que cada vez mais ocupa espaço na sociedade. Lindivaldo Júnior foi o primeiro a falar, trazendo inicialmente em sua argumentação o porquê da Prefeitura do Recife criar um setor específico para combater o racismo: “Foi para desconstruir a idéia de igualdade social, que muita gente procura passar. A prefeitura assumiu que há preconceito em nossa cidade e está tentando solucionar isto”. Ele também afirmou que Recife foi eleita, em 1996, a cidade mais racista do Brasil. “Nos assustamos com isso”, salientou. Lindivaldo ainda analisou a situação do negro em nossa cidade: “Para a sobrevivência social, a população negra cria manifestações culturais que sempre foram perseguidas. Um exemplo é o carnaval, onde, atualmente, há dias reservados para o afoxé. Mas no resto do ano, onde estes artistas estão? Escondidos!”. A segunda explanação foi do professor José Mário. Ele explicou o que são e qual a função das ações afirmativas, medidas do Estado que visam beneficiar grupos que não estão tendo seus direitos cumpridos. Ele citou como exemplo as cotas para negros nas universidades. O acadêmico fez um breve histórico do conceito de igualdade, desde o movimento iluminista até a década de 40 do nosso século, quando os direitos humanos começaram a surgir depois das duas grandes guerras. “Surgiram também os direitos coletivos, que abrangiam grupos inteiros. E estes direitos transindividuais entraram em choque com a visão burguesa de isonomia, porque passaram a pedir políticas públicas que garantissem a lei”. Encerrou dizendo que estas ações não se resumem à questão racial, mas a idosos ou qualquer grupo que esteja sofrendo dificuldades. A professora Betânia trouxe ao auditório muitas estatísticas a respeito do tema debatido. Antes de apresenta-las, ela afirmou que “as constituições do mundo todo estabeleceram igualdades que não saíram do plano formal, até que chegaram a conclusão que não bastava apenas proibir, mas tomar atitudes que interfiram nesta situação”. Deste contexto surgiram as ações afirmativas, analisadas por ela: “Quando se discute este tipo de ação as pessoas pensam que esta também é uma forma de discriminação, mas o que se tenta é garantir algo que já é da pessoa por direito. Não sabemos se este meio resolverá o problema, mas foi a solução encontrada”. Para encerar, ela leu estatísticas que comprovam a falta de oportunidade pela qual a população negra passa, como a denuncia de que 70% dos indigentes brasileiros são negros, sendo que estes representam 45% da população. Para finalizar esta etapa do ciclo de debates, o doutorando Ronaldo Sales procurou uma abordagem diferente, mais política. Primeiro, explicou o que significa a data 21 de março, que foi instituído o dia internacional contra o preconceito racial depois que um protesto contra o racismo foi violentamente contido na África do Sul. Ele comparou a situação africana com a brasileira: “Talvez aqui nós vivamos uma situação pior que o apartheid, já que não foi instituído nada deste tipo. Ou seja, fazemos uma segregação naturalmente”. Para provar, ele mostrou o Atlas de Desenvolvimento do Recife, onde é possível observar, “coincidentemente” que nas áreas mais pobres estão concentrados o maior número de negros. Ele percebeu situação parecida nos Estados Unidos: “É interessante como os estados que lá possuem pena de morte são os que tem maior população de afro descendentes.” Ronaldo ressaltou ainda a importância da luta dos movimentos contra a discriminação e de toda a sociedade. Palestra de Pós-graduação em Engenharia Civil analisa colapso de solos
Durante o encontro, Orêncio Monje falou da importância de se estudar os solos colapsíveis, que são aqueles que sofrem, naturalmente, redução de volume e compactação devido à adição de água. “Os solos de regiões áridas e semi-áridas estão sujeitos a esse fenômeno (colapsibilidade). Em Nova Petrolândia, sertão pernambucano, por exemplo, já houve manifestações deste problema”, ressaltou. A ex-aluna da UNICAP Eduarda de Queiroz Motta, laureada da turma 2000.1 de Engenharia Civil, estava presente na palestra e analisou a relevância do tema para estudantes. “Para alunos de graduação é interessante que tenham contato com esse tema que é muito abordado em aulas de Pós-graduação”, afirmou. Eduarda Motta conclui o Mestrado em Engenharia Civil este ano, sendo orientada em sua dissertação pelo professor da UNICAP Sílvio Romero. Na banca examinadora, o professor Orêncio Vilar foi um dos avaliadores da dissertação de Eduarda cujo tema é ligado ao da palestra: “Análise do colapso de um solo compactado devido à inundação e à interação solo-líquido contaminante”. O professor do Mestrado de Engenharia Civil da UNICAP e presidente da ABMS – Núcleo Nordeste - Joaquim Oliveira comentou o aproveitamento da palestra para os estudantes. “É uma oportunidade de intercâmbio que complementa os conteúdos vistos na sala de aula”, afirmou. Professor da Unicap realiza oficina de Jornalismo Esportivo O professor Álvaro Filho, do Departamento de Comunicação Social da UNICAP, está realizando uma oficina de Jornalismo Esportivo. O curso prossegue até o dia 11 de abril. As aulas estão sendo ministradas na sede do Pernambuco Futebol Clube, na Rua das Pernambucanas, 144, Graças, e contam com a participação do jornalista Paulo Augusto. O principal objetivo da oficina é familiarizar os alunos que têm interesse em trabalhar com futebol, ambiente dos estádios e se acostumar com as rotinas de trabalho. A oficina é totalmente prática e inclui visitas a clubes, jornais e emissoras de rádio e TV. No final, os alunos acompanharão uma partida de futebol. Mais informações pelos fones 3221.5461, 8896.5990 ou 8896.5991. Pastoral promove Dia do Perdão A Pastoral realiza no próximo dia 12 de abril, às 18h, o Dia do Perdão na UNICAP. A Celebração Penitencial será realizada na Capela, em preparação para a Páscoa. De acordo com a organização, há possibilidade de confissão individual. Unicap vai realizar workshop sobre tecnologia em petróleo e derivados Entre os dias 15 e 18 de agosto será realizado, na UNICAP, o 1º Workshop Meio-Ambiente, Ciências e Tecnologia: de mãos dadas para o futuro. O evento será promovido pelo Mestrado em Desenvolvimento de Processos Ambientais, Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais e pelos Departamentos de Química e Biologia. A temática abordada será Ciência e Tecnologia em Petróleo e Derivados, Avanços Tecnológicos no Tratamento dos Efluentes Têxteis e Indústria Química e o Meio Ambiente: Novas Tendências. Durante o workshop serão realizados minicursos, palestras, mesas-redondas e sessões de comunicações, além de exibição de painéis. Entre os temas dos minicursos estão Biorremediação: Aspectos Químicos e Microbiológicos, Microscopia Eletrônica de Varredura: Aspectos Técnicos e Perspectivas, Introdução à Fluídodinâmica de Risers de Refino de Petróleo e Produção e Aplicação de Biossurfactantes. Para os interessados em participar do workshop o valor da inscrição é de R$ 20,00 (estudantes) e R$ 80,00 (profissionais), até o dia 31 de abril. Entre os dias 1º de maio e 20 de junho, o preço cobrado será R$ 30,00 (estudantes) e R$ 120,00 (profissionais). E até o dia 21 de junho, os valores serão de R$ 35,00 (estudantes) e R$ 160,00 (profissionais). Outras informações podem ser obtidas através do telefone 2110-4017/ 2119-4043 (fax) ou pelo e-mail workshop2006@unicap.br. O site do evento é www.unicap.br/proespe/meioambiente/index.html . |
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