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Recife, 10 de março de 2006 - ano 5

Peça mostra os direitos das mulheres
Por Eduardo Travassos

Peça Dia da mulher

Em seu penúltimo dia, a Semana da Mulher na UNICAP trouxe em sua programação uma apresentação teatral. Encenada pelo Grupo de Teatro Popular do curso de Serviço Social, formado pelas alunas Vanessa Nazareth, Telma Reis, Valderez Barroca, Ezilda Amaral, Juliane Camila e Dalate Bianca, a peça Mulher: Conheça seus direitos mostrava os passos de um relacionamento amoroso entre um homem e uma mulher, que acabava em agressão por parte dele. Na noite de ontem (9), alunos que estavam indo ou saindo das aulas pararam no hall do bloco A para acompanhar a apresentação, aprovada por seu teor.

Dividida em seis atos, a encenação, que não tinha diálogos, contava com músicas específicas para cada situação. O primeiro ato, “baile”, mostrava uma mulher se preparando para sair. No segundo, “conquista”, a mulher dançava enquanto um homem se aproximava, até que dançam juntos. O terceiro, “casamento”, apresentava o homem pedindo a moça em casamento e obrigando-a a fazer serviços domésticos, marcando o início da mudança de atitude dele, sublinhada na quarta passagem, “agressão”. Nesta, ela se apronta toda para ele, que a agride fisicamente. “Denúncia” é o ato que segue, quando a personagem decide denunciar o marido às autoridades competentes. O último ato, “final”, é o que traz a única fala de peça: “Estou livre!”, dita pela mulher.

Após o término da apresentação, integrantes do grupo fizeram um momento de análise da situação em que vivemos hoje. “Como encenar todas as dificuldades pelas quais as mulheres passam?”, indagou um deles, lendo, em seguida, um poema de autoria do grupo, formado há quase quatro anos com o apoio dos professores do Departamento de Sociologia.

Bianka Carvalho é entrevistada por alunos de Jornalismo
Por Bárbara Travassos

Alunos do 8º período de Jornalismo da UNICAP entrevistaram, ontem (9), no estúdio de rádio do Departamento de Comunicação Social, a repórter da Rede Globo Bianka Carvalho. O trabalho faz parte da programação da disciplina Rádio IV, lecionada pelo professor Carlos Benevides, e será divulgado na Rádio Folha, graças a uma parceria firmada entre a Universidade e a emissora.

Os alunos Jorge de Assis e Márcia Loureiro, que estavam comandando o programa, traçaram um perfil da jornalista e fizeram várias perguntas a ela tanto sobre sua vida pessoal quanto profissional. Uma delas abordou a questão da renúncia a qual o repórter de uma empresa como a Globo pode se submeter. “Eu era de sair muito para me divertir, viajar. Mas, hoje em dia, eu me acordo às 5h30 e tenho que sacrificar feriados, lazer, para me dedicar ao trabalho”, respondeu Bianka.

A simplicidade e a competência são fatores que enriquecem as qualidades profissionais de Bianka Carvalho. Porém, ela não pretende parar de estudar. Atualmente, a jornalista está de volta à Universidade, onde se formou há quase 12 anos, a UNICAP, cursando pós-graduação em Direitos Humanos. Ao mesmo tempo, Bianka, que já tem os cursos de inglês, espanhol e francês, está estudando alemão. Além disso, sempre que pode, ela faz cartilhas, livretos e participa de programas de rádio para ajudar ONGs como S.O.S Corpo, Fórum de Mulheres de Pernambuco, Casa da Mulher do Nordeste e Cendhec.

Em relação ao fator exposição que a TV proporciona à repórter, Bianka diz não se incomodar muito com o assédio, mas acha engraçado alguns casos que acontecem. “Até para ir fazer exame de sangue, se estivermos de sandálias, o público estranha e ainda pergunta se somos aquelas pessoas que trabalham na televisão”, disse a jornalista, complementando em seguida: “Mas ser reconhecido pelo que você faz é muito bom.” Há 11 anos trabalhando no veículo, a jornalista afirmou que não tem a intenção de ir para o eixo Rio – São Paulo. “Devemos estar abertos a todas as oportunidades, mas acho que a felicidade mora perto. Gosto muito de estar com meus amigos e família”, revelou.

Questionada sobre como ela definiria Bianka Carvalho, respondeu: “Eu me emociono muito fácil. Rio fácil e choro fácil. Acho que temos que ser sensíveis aos anseios da sociedade, pois somos testemunhas da história e temos que nos envolver com essa causa. Para o jornalista é essencial gostar de conversar, ouvir e contar histórias. Tem que gostar do que faz”, afirmou Bianka.

No final da entrevista concedida aos alunos da UNICAP, um questionamento foi feito a Bianka Carvalho: “Se você pudesse ter a certeza de que obteria a resposta verdadeira de um entrevistado em uma única oportunidade, com quem você o faria?” E a jornalista pensou, mas só um pouco. “Eu perguntaria ao presidente Lula como é que funciona essa ‘coisa’ de não saber o que se passa no seu governo a exemplo da corrupção, do mensalão. E ainda gostaria de desvendar o mistério de quem matou Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, porque já estou ficando incrédula a cada fato, indício novo, que surge no caso”, afirmou.

Mestrado em Ciências da Religião promove palestra no dia 15
Por Christiano Vasconcellos

A Pró-reitoria de Ensino, Pesquisa e Extensão, através do Programa de Mestrado em Ciências da Religião, vai promover a palestra A Proteção Constitucional das Pessoas Portadoras de Deficiência, com o Dr. Luiz Alberto David Araújo, da Instituição Toledo de Ensino. O evento acontecerá no dia 15 de março, às 9h, no Anfiteatro do Espaço Executivo da UNICAP, 3º andar do bloco G4.

Mulher com deficiência e o mercado de trabalho é tema de palestra
Por Bárbara Travassos

A Mulher com Deficiência e o Mercado de Trabalho foi o tema da palestra realizada, ontem (9), como parte da programação da Semana da Mulher na UNICAP. A ex-aluna de Jornalismo da Universidade Fátima Azevedo, que é deficiente auditiva foi a palestrante, convidada pela professora do Departamento de Psicologia e coordenadora do Projeto Horizonte,Tânia Nery.

Fátima Azevedo se comunica através da leitura labial. Como a palestrante perdeu a audição aos 12 anos, ou seja, já foi ouvinte, ela desenvolveu bem a sua fala e tem um vocabulário muito bom. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, Fátima tem duas graduações, em Jornalismo e Licenciatura Plena em Formação de Professores, uma Pós-graduação em Educação Especial e ainda trabalha no Centro de Reabilitação e Educação Especial (CREE) do Estado. “Eu perdi a audição, mas não o entusiasmo de viver. Tive muitas decepções, porém, quanto mais tive problemas, mais eu fui à luta”, afirmou Fátima.

Para a palestrante, a mulher deficiente é duplamente discriminada. Primeiro pelo fato de ser do sexo feminino – segunda ela, deveria ser sexo forte, pois além de filhos e marido, as mulheres têm que trabalhar. E segundo por ser deficiente. “Os empresário não podem ter preconceitos, ou seja, discriminar as pessoas com deficiência sem antes conhecer as suas potencialidades”, ressaltou. Fátima disse que depois que se formou em Jornalismo, em 78, chegou a trabalhar em dois jornais locais, mas foi vítima de preconceito e não se engajou na profissão.

De acordo com um decreto do presidente da República, em 22 de dezembro de 2005, a partir daquela data, as empresas de grande porte, com mais de 100 funcionários, são obrigadas a contratar pessoas portadoras de deficiência, correspondendo, em média, a 5% do quadro de funcionários. O percentual da taxa varia de acordo com o número de funcionários da empresa. Fátima Azevedo acha que isso é um grande passo, mas não afasta a hipótese dos deficientes continuarem sofrendo discriminação. “Excesso de proteção, também, é discriminação. As habilidades das pessoas têm que ser trabalhadas e elas não podem ser tratadas como se estivessem, no emprego, de favor”, ressaltou Fátima.

A exploração dos portadores de deficiência é outro fator preocupante. “Um amigo meu foi aposentado por invalidez, com hérnia de disco, porque trabalhava carregando muito peso em uma fábrica”, alertou Fátima. Para ela, o cuidado deve ser redobrado com as mulheres. “Nós temos dificuldades de competir de igual para igual com os homens no campo de trabalho. Já conquistamos um espaço muito bom no mercado, mas temos que buscar nossa auto-independência e não podemos nos acomodar”, afirmou. “É triste saber que estamos sofrendo violência e constatarmos, ao abrir o jornal, que 74 mulheres já foram assassinadas só este ano em Pernambuco”, completou Fátima.

A platéia era composta, na maioria, por estudantes dos cursos de licenciatura da UNICAP, trazidos pela professora Tânia Nery, que enfatizou a importância de se assistir à palestra. “Muitos dos que estão aqui presentes serão professores. É preciso que eles aprendam a lidar com as diferenças e se especializem na área de educação especial. Por lei, agora os cursos de licenciatura terão a disciplina de aprendizagem de Libras, a linguagem dos sinais. Já é um bom começo”, disse Tânia.

 
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