Recife, 18 de maio de 2006 – ano 5

Especialistas explicam o uso da água nos grandes navios
Por Manuela Ferreira

O 3º Encontro Nacional das Águas, que prossegue até amanhã na UNICAP, recebeu, na noite de ontem (17), o Capitão-de-Mar-e-Guerra Fernando Sérgio Nogueira de Araújo, da diretoria de Portos e Costas da Marinha Brasileira. O Capitão falou sobre “O uso da água pela Marinha do Brasil: água de lastro e navios não poluentes”. A mesa redonda contou ainda com a participação do professor Dr. Élson Ferreira Machado, do Centro de Projetos de Navios do Rio de Janeiro. De acordo com o militar, engenheiros navais e a Marinha, como um todo, se preocupam, hoje, com as chamadas "águas de lastro", líquido colocado em um navio a fim de garantir sua estabilidade e condições de flutuação. “A água coletada, que têm o objetivo de facilitar a tarefa de carga e descarga, no entanto, contém agentes orgâncios que podem proporcionar desequilíbrios ecológicos, na medida em que carregam consigo milhares de seres microscópicos, a maior parte endêmicos”, explica.

Esse seres, transportados em diferentes bacias hidrográficas, podem desarmonizar os ecossistemas receptores dessas águas, afetando de forma prejudicial a comunidade. Segundo o Capitão, a Marinha Nacional tem sido rigorosa no controle das águas de lastro das embarcações que circulam na costa brasileira.“O governo brasileiro assinou, desde o ano passado, a Convenção Internacional sobre Controle e Gestão de Água de Lastro e Sedimentos de Navio. A Convenção, aprovada ela Organização Marítima Internacional (IMO, sigla em inglês), pretende reduzir a introdução de espécies exóticas por meio da água de lastro dos navios”, afirma. A partir da convenção, a troca da água de lastro deve ser realizada em alto mar, no mínimo a 200 milhas da costa ou a 200 metros de profundidade. “Em alguns casos, a distância pode ser de 50 milhas. A troca deverá ser realizada ao menos três vezes”, disse o Capitão. O professor Dr. Élson Ferreira Machado, por sua vez, destacou as novidades do setor marítimo para evitar a poluição nas águas, como os navios que não emitem monóxido de carbono ou resíduos como lixo e esgoto.

Pesquisador alemão alerta: a água vai ficar escassa em vários países até 2025
Por Bárbara Travassos

O III Encontro Nacional das Águas trouxe para o auditório G2 da UNICAP um dos maiores especialistas do mundo no assunto: o diretor do Instituto de Tecnologia de Água da Universidade de Karlsruhe, na Alemanha, professor Wolfgang Höll. O tema discutido foi Água Superficial, Residuária e Sedimento: um enfoque internacional.

Wolfgang Höll começou a conferência, falando dos múltiplos usos do líquido como fonte de água potável, alimentos, produção de energia elétrica, além de servir para a irrigação agrícola, como rota de transportes, descarga de resíduos, prática de esportes e lazer. O acadêmico alemão enfatizou a importância deste recurso natural e a necessidade de preservá-lo. Höll alertou que em 2025, há possibilidade de a água ser escassa em muitos países, principalmente, no norte da África. E mais: apesar do Brasil ter água em abundância, e o fluxo do Rio Amazonas ser a soma dos nove maiores rios do mundo, há o risco de faltar água no País.

Ele ressaltou ainda que a manipulação dos recursos hídricos é um fator preocupante no mundo todo, principalmente, quando se trata de águas superficiais, pois as conseqüências podem ser inundações, interrupções do transporte de sedimentos e processos erosivos nas áreas dos deltas dos rios. A retirada de água para irrigação da agricultura, uso doméstico e industrial, também, tem de ser fiscalizada, porque faz com que lagos desapareçam.

Para exemplificar a problemática, Höll, o afluente do Rio Jordão (Mar Morto - que se situa nas áreas de Israel e da Jordânia) corresponde a 20% do seu tamanho em 1900. A Bacia do Rio Yangtse (China) já perdeu o equivalente a 800 lagos, ou seja, 13.000 km² de superfície, após a década de 50. Situação pior é a da bacia do Rio Amarelo, o segundo maior rio da China, que já perdeu, depois dos anos 80, cerca de 2.000 lagos.

A poluição de rios e mares, principalmente, por componentes químicos é outro ponto que deve ser visto com seriedade pelas autoridades e pela própria população. O professor Wolfgang apresentou uma pesquisa que revelou: no Rio Amazonas, por ano, são descarregadas 130 toneladas de mercúrio, provenientes da mineração de ouro. A qualidade da água fica totalmente comprometida. No ano 2000, muitos peixes e pássaros morreram, devido a uma descarga de 4.000 m³ de petróleo nos rios Barigüi e Paraná. Um outro acidente, ocorrido no Rio Reno, em 69, fez com que 40 milhões de peixes morressem na Alemanha e na Holanda. Já no ano passado, a explosão de uma fábrica química na China, derramou 100 toneladas de benzeno no Rio Songhua, interrompendo o fornecimento de água potável, por cinco dias, na cidade de Harbin.

Höll falou, também, sobre programas de gerenciamento de recursos hídricos que são modelos mundiais. “Muitos países introduziram projetos para melhorar a situação de suas águas superficiais. No Brasil, foi implantado o Programa Nacional de Recursos Hídricos, além do Projeto do Rio Tietê. Já na Alemanha, existem comissões de proteção a alguns rios e lagos”, afirmou. No Rio Tietê, a captação de águas residuais melhorou em até 82% e a poluição diminuiu num trecho de 160 quilômetros.

O Programa de Gerenciamento da Qualidade da Água: Diretiva-Quadro Européia da Água tem um plano de desenvolvimento que data de 1973 a 2000. A eficácia do programa definiu parâmetros para preservar a qualidade da água. Foram traçados objetivos com relação à utilização da água para banho, água potável, proteção da vida aquática. Além disso, foram instituídos o controle de compostos perigosos (poluentes prioritários); a aprovação do princípio poluidor – pagador; controle e monitoramento da qualidade da água; aprovação de medidas específicas para a indústria. Outras medidas, também, desenvolvidas, envolveram proteção do mar contra a poluição; desenvolvimento de acordos internacionais sobre medidas de proteção ambiental e apoio financeiro para pesquisas.

Unicap participa da Copa do Empreendedor
Por Christiano Vasconcellos

A UNICAP será representada na Copa do Empreendedor, que acontece dentro da Feira do Empreendedor do Sebrae, de hoje (18) até domingo (21), no Chevrolet Hall. Fazem parte da equipe que participará da competição os alunos do curso de Ciências da Computação, Diogo de Barros, Wagner Sales, Thiago Tenório (todos do 5º período) e Yuri Notaro, do 2º período. Além da Universidade, estarão presentes outras instituições de ensino superior do Recife, Olinda, Garanhuns, Petrolina e Caruaru.

A equipe, que foi vice-campeã estadual do Desafio Sebrae no ano passado, começa hoje, às 18h, a disputa que consiste em administrar uma empresa virtual. Durante o jogo, os competidores são levados a enfrentar situações semelhantes às vividas no mercado de trabalho. Eles têm que contratar funcionários e tomar decisões administrativas entre outras medidas. Os alunos estão bastante entusiasmados com mais esse desafio. “A gente está bem confiante”, assegura Wagner Sales, lembrando que por uma questão de detalhes deixaram de ganhar a competição estadual do ano passado.

Fonoaudiólogos discutem a contribuição da profissão no SUS
Por Eduardo Travassos

Começou hoje (18) e vai até sábado (20) a Oficina de Sensibilização de Docentes e Discentes de Fonoaudiologia para o SUS da Regional Nordeste. O encontro é promovido pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) e tem o apoio do Ministério da Saúde. O objetivo é o de encontrar caminhos e alternativas para proporcionar uma ação mais eficiente destes profissionais no Sistema Único de Saúde. Participam dos trabalhos, realizados no Bloco J, professores e alunos de cursos de fono de oito estados nordestinos.

As atividades serão divididas em três eixos: políticas de recursos humanos; integralidade da atenção e do cuidado com a saúde; e diretrizes curriculares e projetos pedagógicos para o SUS. Os participantes, divididos em quatro grupos, discutem cada tema, identificam problemas e sugerem soluções. Depois, cada equipe apresentará o que discutiu ao grande grupo, levantando discussão. Para auxiliar, serão realizadas palestras sobre cada tema. Os resultados dos debates serão levados à Conferência Nacional de Fonoaudiologia para serem homologados juntamente com os trabalhos das outras regiões do País. Este encontro será realizado em São Paulo nos dias 23 e 24 de junho.

No evento de abertura formaram mesa o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Fábio Lessa; a coordenadora do mestrado em Ciências de Linguagem e representante da UNICAP, Vanilda Cavalcante; a coordenadora do curso da Universidade e representante das graduações em fonoaudiologia do Nordeste, Maria Luiza Timóteo; a representante do Conselho Regional de Fonoaudiologia da 4ª região Onilda Maria da Silva; a coordenadora regional de oficinas Gabriella Moraes e o representante da diretoria executiva nacional dos estudantes de fono, Marcos Valério Silva. Todos, em suas falas, concordaram que o evento é de suma importância para a profissão, tendo em vista a necessidade da discussão de novos currículos e de uma maior participação de todos na busca de soluções dos problemas.

Shows de grupos musicais da Unicap lotam teatro
Por Manuela Ferreira

Dois dos grupos artísticos da UNICAP apresentaram espetáculos entre os dias 10 e 12 desse mês. Os sucessos da música popular brasileira dos anos 80 foram tema do show “Saudade não tem idade”, do MPB UNICAP. O Flor de Maracujá, conjunto de chorinho, por sua vez, apresentou o “Linda Flor”, composto de grandes sucessos de Canhoto da Paraíba, João Pernambuco, Pixinguinha e Valdir Azevedo. Hoje e amanhã, o instrumental WAVE faz uma homenagem ao paraibano Sivuca. A apresentação começa às 20h, no 1ª andar do Bloco B.

De acordo com o arranjador do MPB UNICAP e responsável pelo Flor de Maracujá, Percy Marques, os próximos espetáculos dos grupos já estão em fase de pesquisa. “O MPB deve estrear um show em homenagem aos cantores do Estado. O nome está escolhido: Pernambuco, nossa terra, nossa música”, revela Marques. Ele destacou ainda o sucesso das apresentações da semana passada, que tiveram casa cheia durante os três dias de temporada. “O repertório do Saudade não tem idade era formado por músicas de Raul Seixas, Rita Lee, Ivan Lins, Guilherme Arantes e outros cantores de peso da música brasileira, como Milton Nascimento”, enfatiza.

Secretário de Comunicação da PUC/MG faz palestra na Unicap
Por Sophia Marvão

A UNICAP vai receber, amanhã, o secretário de Comunicação da PUC/MG, o jornalista Maurício Lara. Ele ministrará palestra, às 19h, no anfiteatro do Espaço Executivo. Lara vai falar sobre “As Sete Portas da Comunicação Pública – como enfrentar os desafios de uma assessoria” e também da “Campanha de Rua – a cobertura jornalística de uma eleição presidencial”, títulos de dois dos quatro livros publicados pelo jornalista.

O evento contará com a presença do diretor do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco, Osnaldo Moraes, e do editor de Política do Diário de Pernambuco, Sergio Miguel Buarque. O coordenador do curso de Jornalismo, Ricardo Mello, vai ser o mediador. Maurício Lara já foi repórter; editor e produtor da TV Manchete; repórter especial do Jornal Hoje em Dia; e repórter da sucursal do Jornal do Brasil. Também atuou na Secretaria de Comunicação da Presidência da República no início do Governo Lula

Palestra analisou os pilares da gestão do conhecimento
Por Manuela Ferreira

Os pilares da gestão do conhecimento foram apresentados, em palestra na noite de ontem (17), pelo professor Antônio Mendes Silva Filho, do curso de Ciências da Computação e Sistemas de Informação da UNICAP. Na apresentação, ele destacou a importância dos três pontos principais da gestão do conhecimento, também chamados de três C’s. “O conceito compreende o consultar, o compartilhar e o colaborar, importantes na busca da informação. Vale ressaltar que o criar poderia ser pensado como o quarto C”, explica o professor.

Antônio Mendes apresentou aos alunos informações sobre a pesquisa intitulada O desafio da gestão do conhecimento nas áreas de administração e planejamento das instituições federais, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). “O estudo aponta que 50% dos órgãos governamentais faz uso de ferramentas como a intranet, como prática de gestão”, afirmou Mendes. Ele também apontou as vantagens do investimento, tanto por parte das empresas públicas quanto privadas, nas formas de gestão que visem diminuir o tempo de execução do trabalho. “O tempo de realização das atividades vai influir na produtividade da empresa”, resume.

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