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Recife, 5 de maio de 2006 – ano 5

Tradição e modernidade da Unicap são reconhecidas na premiação Marcas que Eu Gosto
Por Manuela Ferreira

Marcas que Eu Gosto

A noite de ontem (04) foi de comemoração e reconhecimento para a UNICAP. A Universidade foi agraciada, pela terceira vez consecutiva, com o troféu Marcas Que Eu Gosto na categoria Instituição Privada de Ensino Superior. A premiação, promovida pelo Diario de Pernambuco, elegeu as marcas das empresas mais lembradas pelo público recifense em 33 categorias.

O Reitor da UNICAP, Padre Pedro Rubens, e o diretor de atendimento da Agora, (agência de publicidade responsável pelo marketing da Universidade) Tom Nogueira, receberam o troféu e o certificado da premiação das mãos do gerente de marketing do mercado leitor do DP, Carlos Eduardo Machado. A cerimônia de entrega aconteceu no Hotel Atlante Plaza, em Boa Viagem.

O evento também contou com uma palestra do presidente da Associação Profissional dos Designers e Diretor da MultiDesign, Ricardo Notari Peixinho. Ele sintetizou o espírito da premiação. “Algumas marcas se transformam em ícones culturais pela fácil memorização e modernidade gráfica, entre outras razões”, explicou. De acordo com o diretor superintendente dos Associados Pernambuco, Joezil Barros, três critérios também foram levados em consideração para na escolha: a qualidade, o preço e a tradição das marcas preferidas pelo público recifense.

Os resultados foram obtidos a partir de 603 entrevistas domiciliares espontâneas realizadas pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Para o Reitor Pedro Rubens, o prêmio confirma a credibilidade da UNICAP. “Conseguimos aliar tradição e modernidade ao longo de 55 anos de história. Atravessamos as décadas com renovação, sem deixar de crescer”, avalia. “O troféu é muito importante porque atesta este diferencial da Universidade. Estamos no imaginário da cidade do Recife pela localização e pela qualidade dos serviços prestados”, completou o Reitor.

Semana de Estudos Lingüísticos e Literários debate sobre um dos mitos da cultura negra
Por Christiano Vasconcellos

Semana de estudos linguísticosO jornalista e professor francês Bernard Magnier ministrou, na manhã de hoje (05), uma conferência sobre o escritor e ex-presidente senegalês Léopold Sedar Senghor. Com o título de l’ Homme du Méstissage, o evento fez parte da programação da VIII Semana de Estudos Lingüísticos e Literários. A iniciativa, promovida pelo Departamento de Letras da UNICAP, contou com o apoio da Aliança Francesa e do Consulado Geral da França no Recife.

A apresentação, com tradução simultânea do professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Tomás Lapa, teve início com o conferencista mostrando a situação dos negros em Senegal, na época em que Senghor começou a se interessar pelas artes. “Não se fazia o uso da palavra apharteid, mas havia segregação”, explicou. Na França, no entanto, o escritor senegalês passou a exibir a arte criada na colônia, com maior facilidade. Ele foi um dos responsáveis pela influência da temática negra na cultura artística européia.

Sua ida a Paris rendeu a graduação e a pós-graduação (um fato raro para os senegaleses na época) no Liceu Louis le Grand. Em 1931, Senghor promoveu a Exposição Colonial com o intuito de que o evento mostrasse para os visitantes a temática africana. No ano seguinte, juntamente com Leon Gontram Damas (nascido na Guiana Francesa) e Aimé Césaire( oriundo da Martinica), criou o termo negritude.

O professor Bernard explicou que o escritor senegalês publicou várias obras, entre elas: O canto da Sombra, de 1945, na qual está contido o seu poema mais conhecido, Mulher nua, mulher negra; Hóstia Negra, que se refere aos soldados de Senegal que formavam a linha de frente das tropas francesas durante a guerra; Etiópica; As Elegias Maiores e Elegias da Saudade.

“O que se destaca na obra de Senghor é o caráter mestiço, mesmo tendo lido autores como Baudelaire”, afirma Bernard Magnier. Ele explicou que o próprio nome do escritor é um exemplo de mistura étnica. Léopold é de origem cristã e significa leão, Sedar é um prenome que pode ser traduzido como “aquele que não se pode humilhar” e Senghor tem origem na língua portuguesa e quer dizer senhor.

Em seguida, o conferencista falou sobre a carreira política de Senghor. O escritor foi deputado pelo Senegal no Congresso Francês e fez parte do grupo que redigiu a Constituição da França, que vigora até hoje. Em 1961 foi eleito presidente de Senegal e permaneceu no cargo durante 20 anos. Em 1983 se tornou o primeiro membro negro da Academia Francesa. Ao final da conferência, o professor Bernard mostrou uma gravação com a voz de Senghor declamando uma poesia e respondeu perguntas da platéia.

Minicurso aborda a representação da água na literatura brasileira
Por Bárbara Travassos

Ontem à tarde, foi realizado, o minicurso Do Cão Sem Plumas a Vidas Secas como parte da VIII Semana de Estudos Lingüísticos e Literários, promovida pelo Departamento de Letras. A professora Fabiana Furtado está ministrando o curso que termina hoje (5) e tem o objetivo de debater a representação da água na literatura brasileira.

Durante a programação do minicurso, estão sendo trabalhadas três obras literárias: Do Cão sem Plumas a Vidas Secas do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto; Vidas Secas de Graciliano Ramos e; A Terceira Margem do Rio de Guimarães Rosa. Fabiana Furtado exibiu, ontem, o filme A Terceira Margem do Rio baseado na obra literária. “A intenção é analisar a versão cinematográfica e comparar as linguagens utilizadas no livro e no filme”, explicou a professora.

Palestra aborda a linguagem modernista
Por Bárbara Travassos

O Agito do Modernismo e a Dança da Língua Portuguesa foi o tema da palestra realizada, hoje à tarde, no auditório do CTCH da UNICAP, como parte da programação da VIII Semana de Estudos Lingüísticos e Literários. A idéia do título da palestra surgiu como uma forma de dar um tom mais leve ao tema. “Língua e literatura são processo lúdicos. Fiz uma brincadeira com o verbo ‘dançar’ utilizado na linguagem coloquial no sentido de estar fora de um contexto e, também, de significar movimento”, explicou o palestrante Fernado Castim. Na palestra, foram discutidos temas como a importância da Semana de Arte de Moderna de 1922 e as variantes ricas que se opõem ao colonialismo português na língua erudita.

Fernando Castim explicou que a língua portuguesa colonialista erudita foi assimilando a língua dos indígenas, dos mestiços, termos coloquiais e populares, modificando a sua estrutura original. O professor citou o poeta Manuel Bandeira para falar que “a língua gostosa e certa é a do povo”. Ainda na palestra, foram abordadas questões como a língua falada e a escrita, o modernismo e os vulgarismos, a palavra “meio” flexionada como advérbio e lheísmo (a utilização do pronome lhe inadequadamente).

Para dar exemplos das diferenças entre a língua falada e a língua escrita Castim citou o poeta modernista Oswald Andrade que em um de seus poemas diz: “Dê-me um cigarro/ Diz a gramática/ (sic) /Mas o bom negro e o bom branco/ Da nação brasileira/ Dizem todos os dias/ Deixa disso camarada/ Me dá um cigarro”. Fernando Castim disse que existe uma forte influência da língua falada na escrita e que os modernistas contribuíram para que isso acontecesse. “Os modernistas fizeram questão de fazer poemas com a língua falada para mostrar que a literatura não era apenas para pessoas cultas. O modernismo propõe diminuir a diferença entre língua escrita e língua falada, entre prosa e poesia”, afirmou o professor.

Para falar sobre as regras da gramática, Castim também citou Manuel Bandeira: “Ele foi além de poeta, escritor, intelectual, sociólogo e antropólogo. Ele valorizava mais as idéias que a organização gramatical. Um exemplo disso é o Prefácio Interessantíssimo no Livro Paulicéia Desvairada, onde Manuel Bandeira quebra as regras da gramática para falar ao povo”, afirmou o professor.

 
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