Recife, 3 de fevereiro de 2006 - ano 5

Professores apresentam resultados dos estudos em grupo
Por Eduardo Travassos

A manhã de hoje (3), último dia da XVI Semana de Estudos Docentes da UNICAP, teve como primeiro evento da programação a sessão plenária de Apresentação dos Resultados dos Estudos em Grupo, realizados ontem à tarde. Sob a coordenação da professora Arminda Saconi, os professores Valdemir Alexandre, Franklin Santos e Cíntia Alves representaram os três centros da Universidade e expuseram o resultado obtido junto aos seus docentes e funcionários a respeito de três questões formuladas com o intuito de perceber algumas das dificuldades encontradas.

O representante do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT), Valdemir Alexandre, foi o responsável por responder a primeira questão: como os cursos oferecidos estão formando profissionais cidadãos para assumir uma atitude construtiva a serviço de sua comunidade e sua região. Ele explicou que seu Centro, assim como os outros, está preocupado em oferecer cada vez mais uma elaboração melhor dos currículos, coordenações de cursos voltadas para a integração entre discentes e docentes, aulas contextualizadas com a realidade do mercado e social e incentivar a participação de todos em programas de bolsas do Pibic UNICAP com trabalhos em assuntos como educação ambiental e inclusão digital.

Ficou a cargo de representante do Centro de Ciências Sociais (CCS), Franklin Santos, apresentar a resposta à segunda questão: como o seu curso / departamento se situa e interage diante dos resultados apresentados sobre a avaliação institucional? Ele respondeu que o Centro promove encontros entre alunos e professores, além de que cada coordenador de curso vai em cada sala de aula por qual é responsável, conversando e ouvindo os alunos, resultando numa base para a avaliação: “Estes resultados estão servindo para balizar as ações dos docentes em sala de aula”, apontou.

Para encerrar, a professora Cíntia Alves respondeu em nome de seu Centro, o de Teologia e Ciências Humanas (CTHC), a pergunta: como o seu centro / departamento interage com os resultados apresentados sobre a avaliação institucional da UNICAP e como estes resultados podem contribuir para reforçar os pontos positivos detectados e impulsionar o desenvolvimento das ações para superação de dificuldades nos âmbitos do Centro, do Departamento, do curso e da sala de aula? Para a professora, os pontos positivos e os negativos devem ser observados dentro de diversos contextos, analisados e desenvolvidos, “resultando em melhores profissionais”. Ela também sugeriu como os processos avaliativos podem ser otimizados, tornando-o mais simples.

Professor da UFPE faz palestra sobre avaliação da aprendizagem
Por Christiano Vasconcellos

Avaliação da Aprendizagem: repensando a prática docente. Este foi o tema da palestra realizada na manhã de hoje (3), no auditório G2 da UNICAP, como parte da programação da XVI Semana de Estudos Docentes. A abordagem do assunto ficou por conta do professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Janssen Felipe da Silva. O encontro, coordenado pela chefe do Departamento de Sociologia, Vitória Machado, contou ainda com o debate entre as professoras Maria da Graça Ferreira e Maria Helena da Costa Carvalho.

O professor Janssen iniciou sua apresentação mostrando a diferença entre se avaliar a aprendizagem e a avaliação institucional. Para ele, deve haver uma separação entre a parte comercial da instituição e a qualidade do ensino oferecido. “A educação vista como mercado deve ser combatida”, assegurou. O palestrante usou a Curva de Gauss para dividir os alunos em categorias: fracos, medíocres e fortes.

Segundo o professor Janssen, é importante que o educador saiba o que o aluno traz de conhecimento prévio sobre o que irá estudar. Para ele, a universidade deve ser um local de “produção de saber e não apenas de reprodução”. Traçando um perfil do profissional da educação superior, o palestrante mencionou que ele deve ser “intelectual, reflexivo e transformador”.

“A avaliação só tem sentido se a sua finalidade for repensar a prática educativa”, declarou o professor ao falar da avaliação enquanto estratégia organizacional. Para ele, a função educativa da avaliação é acompanhar. “Não se pode fazer da avaliação um instrumento de controle”, declarou.

“Nas cadernetas a gente não registra aprendizagem, registra o conteúdo dado”, garantiu Janssen para em seguida mostrar os procedimentos de avaliação considerados adequados por ele. Dentre os quais pode-se destacar o conhecimento do objeto a ser avaliado, negociar e estabelecer previamente os objetivos e os critérios e escolher e construir uma variedade de instrumentos avaliativos.

Quando perguntado sobre a forma ideal de se mudar as relações avaliativas entre alunos e professores, Janssen foi categórico: “É necessário construir fóruns nos quais haja a participação de alunos, professores e de toda a comunidade acadêmica”. Mas o palestrante não considera a tarefa fácil. “Claro que isso é um grande desafio que deve ser ultrapassado por todos”, concluiu.

A professora Maria da Graça iniciou sua fala lembrando que todos os presentes no auditório também já foram alunos. “Todo mundo já se sentiu logrado com a avaliação”, disse. Mostrou os critérios de avaliação que usa, como a participação e presença nas aulas, o domínio do conteúdo e a prática do que foi ensinado.

No entanto, a professora não se sente confortável em ter que avaliar. “O processo menos solidário e discutido é a avaliação”, disse. Em seguida, ela encerrou sua participação citando um sermão do Padre Antônio Vieira que falava sobre a tarefa de ser pregador.

“Avaliar não é vigiar nem controlar”, assim a professora Maria Helena iniciou sua apresentação. Mostrou o que considera os três pontos básicos na avaliação: o que avaliar, como avaliar e como aferir o resultado. “A avaliação devia ser gratificante porque acompanha o crescimento do aluno”, disse.

Para a professora Maria Helena, deve existir uma melhor relação de aprendizagem em sala de aula. “Todos os alunos aprendem e todos os professores também aprendem, o que muda é a forma de aprender”, garantiu. Ao final do debate, foi dada à platéia a oportunidade de fazer questionamentos e comentários. Após os trabalhos encerrados, o professor Janssen convidou o público a participar de uma ciranda ao som de Lia de Itamaracá.

Coordenadora de pós-graduação apresenta avaliação de cursos
Por Jorge de Assis

A coordenadora dos cursos de pós-graduação da UNICAP, Marígia Aguiar, apresentou na tarde de ontem (2), durante a XVI Semana de Estudos Docentes, os resultados das avaliações realizadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e falou sobre como o constante processo de aperfeiçoamento está criando uma cultura de pesquisa na Universidade a ponto de gerar o reconhecimento por parte de instituições de fora do estado.

A coordenadora iniciou sua exposição com um breve histórico do processo de avaliação da Capes em 1976. “Também foi nessa época que a Universidade começou a ter cursos de pós-graduação, mas só em 1985 os resultados passaram a ser divulgados”, lembrou ela. Desde então, foi com base nas correções de rumo que a UNICAP conseguiu a certificação de seus cursos pelo Ministério da Educação.

Logo em seguida, a docente detalhou como acontece a avaliação que valida os mestrados e quais itens são essenciais para o bom funcionamento deles, entre os quais as atividades de pesquisa e de formação e produção intelectual. No entanto, professora Marígia admitiu que é preciso continuar melhorando para primar pela qualidade de ensino. “Estamos desenvolvendo projetos para estimular mais produção intelectual por parte dos alunos”, destacou.

Centros debatem importância da interação entre alunos e professores
Por Bárbara Travassos

Ontem (2) à tarde, foi realizada a Plenária por Centro dos cursos da UNICAP como parte da XVI Semana de Estudos Docentes. A cada Centro foi destinada uma pergunta, abordando questões da Avaliação Institucional. O objetivo das pautas apresentadas é revelar quais são os aspectos que precisam ser melhorados para que o processo de aprendizado dos alunos seja otimizado. Estavam presentes na reunião professores, coordenadores de cursos, chefes de Departamento e os decanos.

Para o Centro de Ciências e Tecnologia (CCT) foi dirigida a seguinte pergunta: como os cursos oferecidos pelos outros Centros da Universidade estão formando profissionais cidadãos para assumir uma atitude construtiva a serviço de sua comunidade e de sua região? O d,ecano do Centro José Orlando Vieira, resumiu que é preciso que projetos político-pedagógicos sejam direcionados: “Desta forma, é possível que haja uma formação cidadã e humanística e não, apenas, técnica. A participação dos alunos neste processo é essencial.”

A opinião do chefe do Departamento de Química, Valdemir Alexandre dos Santos, não é diferente. “É necessário que não se tenham, somente, ações pontuais dentro dos cursos e, sim, que entre os departamentos exista uma interação”, ressaltou. Valdemir Alexandre ainda lembrou que a participação dos Diretórios Acadêmicos (DAs) na intermediação da relação entre professores e alunos é muito importante na construção dos projetos pedagógicos. Além disso, ele também frisou que o diálogo entre professores e coordenadores de curso deve fazer parte da rotina dos docentes.

A pergunta destinada para o Centro de Ciências Sociais (CCS) abordou a importância da interação no processo pedagógico. Como o seu curso ou departamento se situa e interage diante dos resultados apresentados sobre a Avaliação Docente? A decana do CCS e chefe do Departamento de Ciências Jurídicas (DCJ), Mirian de Sá Pereira, falou a respeito da importância da reunião. “Ficou claro que o Centro de Ciências Sociais trabalha em harmonia com seus departamentos e que a relação aluno-professor tem que ser otimizada. Temos que melhorar o ruído que existe na comunicação entre docentes e discentes, utilizando estratégias”, explicou a decana.

O chefe do Departamento de Comunicação Social (DCS), Paulo Fradique afirmou que os coordenadores dos cursos de Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Turismo estão trabalhando em conjunto. “Há um consenso entre os docentes do departamento em manter as práticas pedagógicas que têm resultados positivos e redirecionar as que não têm retorno com o alunado. A participação do corpo discente é essencial para boas mudanças acontecerem”, frisou Fradique. Já a professora Vitória Machado, representando o Departamento de Ciências Sociais Aplicadas, falou que é preciso que ocorra um redirecionamento da forma pedagógica aplicada em seu departamento. “Reunimos os departamentos, as assessorias e os setores de estágio para debater o questionário da Avaliação Institucional. O corpo docente refletiu e está buscando eficiência e eficácia na metodologia de ensino”, garantiu a professora.