Recife, 20 de setembro de 2005 – ano 4

Alunos de Terapia Ocupacional participam do III Encontro do Idoso
Por Juliana Carneiro

A praça Oswaldo Cruz, no centro do Recife, foi coberta de música, alegria e colorido nesta terça-feira (20) para comemorar o III Encontro do Idoso. Cerca de 15 alunos do curso de Terapia Ocupacional da UNICAP participaram do evento promovido pela Secretaria Estadual de Saúde, que ofereceu serviços médicos, apresentações culturais e feira de artesanato.

Quem passou pelo estande da UNICAP pôde conhecer um pouco mais sobre o Estatuto do Idoso. Através de um jogo de tabuleiro, os participantes respondiam a perguntas sobre os direitos dos cidadãos na terceira idade. Os vencedores de cada rodada levaram uma versão resumida do Estatuto do Idoso. A professora de Terapia Ocupacional Mauricéa Tabosa destacou a importância da participação de professores e alunos do curso no evento. “Uma das funções da Terapia Ocupacional é ajudar os idosos a exercer sua cidadania e isso só é possível quando eles conhecem os próprios direitos”, avalia a professora.

A aluna do 8º período de Terapia Ocupacional Fernanda Maria da Silva foi uma das idealizadoras do jogo e festejava a aceitação do trabalho. “Já recebemos convite de muitas associações de terceira idade que querem levar o jogo para suas instituições. É prova que ele funciona como instrumento educativo”, disse Fernanda. A aposentada Maria das Dores Borges aprovou o jogo. “Aprendi muito sobre os meus direitos e quero conhecer mais”.

Dia do Turismólogo é comemorado na Unicap
Por Jorge de Assis

As comemorações do Dia do Turismólogo começaram ontem (19) na UNICAP. A coordenadora do curso, professora Roberta Cajaseiras, abriu os trabalhos e convidou a gestora da unidade de promoção da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), Ana Beatriz de Alcântara, para falar sobre a atuação do poder público no setor turístico.

Especialista em gestão de turismo nos municípios, Ana Beatriz deu um panorama do turismo no Estado e falou sobre os principais desafios atuais. “Recife tem uma grande dificuldade na área. O turista de lazer chega por aqui, mas não fica. Vai logo para Porto de Galinhas, que já está saturada”, afirma a gestora, ao lembrar que o Bairro do Recife deixou de ser uma atração. Ainda de acordo com a turismóloga, a cidade tem os produtos de turismo, mas é muito urbana. “Isso dificulta. Em cidades como Natal, Fortaleza ou Salvador, o turista chega no centro e há praias, hotéis e lazer. O Recife é tão grande que a praia é longe do centro e os hotéis são afastados dos pólos de lazer. A orla de Boa Viagem é linda, mas não tem animação nenhuma”, ressalta.

Ana Beatriz também afirmou que os esforços para a melhoria na área acontecem em conjunto através de parcerias entre o governo estadual e as secretarias municipais. “Quando o assunto é turismo, todos os órgãos trabalham juntos porque a intenção de melhorar é a mesma”, confirma. E foi esse trabalho em conjunto, ainda de acordo com ela, que conseguiu implantar o Circuito do Frio, em 1999. “Tivemos grandes dificuldades em cidades como Pesqueira, Triunfo, Taquaritinga. Na época quase não existiam pousadas e hotéis. Hoje a área já cresceu e se desenvolveu”, constata.

A especialista ainda abordou a questão dos vôos fretados, mas quando uma das perguntas envolveu o real benefício dessa forma sazonal de turismo, ela preferiu salientar as freqüências diretas da capital com a Europa. “O vôo da TAP para Portugal virou diário através dos charters. A tendência é essa”, afirma.

No final da apresentação, a turismóloga concluiu dizendo que o estado dá um banho em todo o Nordeste quando o assunto é cultura. Mas, ainda de acordo com ela, o interior de Pernambuco ainda está esperando para ser trabalhado, pois dispõe de um imenso potencial para o setor.

Professor de Letras apresenta trabalho sobre obra de ex-aluno
Jorge de Assis

A UNICAP pôde acompanhar, na última sexta-feira (16), como a pesquisa de um ex-aluno virou objeto de estudo de seu professor, durante a mesa-redonda Contos Negreiros, promovida pelo Departamento de Letras, no auditório G1. O professor de Teoria Literária, Janilto Andrade, apresentou o início dos estudos sobre as obras do contista e ex-aluno Marcelino Freire. A chefe do Departamento, professora Rachel Hollanda, deu início aos trabalhos definindo o papel humanístico e comunitário da Universidade.

Emocionada com o reencontro entre os professores e o ex-aluno, a professora Rachel ressaltou que os personagens de Marcelino Freire são porta-vozes das injustiças sociais, dos desníveis culturais e da poesia encontrada na simplicidade dos que catam lixo.“Marcelino escolheu dentro de Letras a produção literária como sua contribuição na construção de uma sociedade melhor”, destacou a docente.

Em sua apresentação, o professor Janilto Andrade explicou como foi difícil o início dos estudos pelo fato de não haver nenhum trabalho acadêmico sobre o contista. “Eu quase desisti. Por ser um trabalho pioneiro, tive que tratar com cuidado”, disse o docente, enquanto mostrava seu dossiê de trabalho inicial, composto por recortes de periódicos, livros e artigos. “Fuçar, procurar, perguntar se as pessoas conhecem também faz parte da pesquisa”, brincou o professor, que também fez uma breve biografia do autor e seus trabalhos publicados.

Formado em Letras pela UNICAP no final da década de 80, o autor foi para São Paulo em 1991. Lá começou a luta para publicar suas obras. Na opinião do professor Janilto, o autor escreve com bom humor sobre temas polêmicos como o preconceito, a homossexualidade e o conflito de classes. “Os contos são breves, mas não sacrificam as características da narrativa. Boa parte deles emprega o que a tradição moral chama de palavrão”, analisa ele.

Mas os palavrões, de acordo com o professor, representam um recurso essencial para retratar a realidade das minorias. Trata-se de um estilo chamado literatura feia. “Não pode ser um texto belo, pois não fala sobre nenhum objeto de grife. Ele escancara o que a cultura de massa prefere esconder. Não há outro jeito de expressar o sentimento das personagens”, completa.

O professor convidou um dos alunos a dramatizar um dos contos do autor para o público. A apresentação se baseava em um homem pobre que pretendia se suicidar se jogando do alto de uma ponte. Para falar como se sentia, ele usava palavras de baixo calão. Outros dois contos também ganharam dramatização na interpretação dos alunos do Departamento. Em um deles, ficou clara a musicalidade presente nos textos de Marcelino Freire. “Ele se tornou bailarino da linguagem. E a inquietação dos personagens se soma a isso como algo necessário para viver em meio a tantos desníveis sociais. É desnudando o presente que analisamos a realidade e construímos um futuro melhor”, conclui Janilto Andrade.

Ao assumir o microfone, Marcelino Freire se revelou espantado. Ele comparou a sensação de presenciar seu ex-professor falando de sua obra com a que sentiu na primeira aula de literatura dentro da UNICAP na década de 80. “Estou emocionado, espantado. Na minha literatura tem muita influência de Manuel Bandeira, teatro e, não é média não, mas a participação de Janilto foi fundamental”, afirma o autor, que ainda ressaltou a forma livre com a qual procura escrever. “Isso eu devo muito à minha mãe que sempre foi uma mulher lutadora e corajosa. Hoje eu posso exercer outra profissão para ter o que comer no final do mês, mas eu sou um escravo da literatura”, completa.

Sobre as dificuldades de publicar as obras, o contista revela que elas funcionam como estímulos. “Às vezes o que precisamos para correr atrás é um desafio. Eu dava uma de doido para poder tocar os inúmeros projetos. Levei muito ‘não’”, revela. Mas Marcelino Freire também conta que procura canalizar essas lutas através de suas personagens. “Eu passo muito essa urgência para eles. As forças vão nos chamando para a briga e a gente precisa brigar. Não há alternativa”, conta ele, que também ficou grato pelo convite da Universidade. “Ter voltado aqui foi uma das grandes emoções de minha vida”, frisou.

Pastoral comemora Dia da Confiança com programação diversificada
Por Juliana Carneiro

Alunos, professores e convidados comemoraram ontem (19), na UNICAP, o Dia da Confiança. A programação, organizada pela Pastoral, incluiu palestra, apresentação musical e momento de oração.

O Dia da Confiança surgiu na França, após a II Guerra Mundial, quando o suíço Roger Shutz fundou um grupo ecumênico. A comunidade de Taizé (mesmo nome do vilarejo onde foi criado) reúne até hoje pessoas de diferentes religiões e nacionalidades que têm como finalidade viver em comunhão, aprofundando o sentido da unidade cristã.

O professor do Departamento de Teologia Sérgio Sezino Vasconcelos falou sobre o surgimento da comunidade de Taizé, sobre a vida, a formação e a obra deixada pelo seu fundador. O irmão Roger morreu há aproximadamente um mês, assassinado por uma jovem romena, durante uma celebração ecumênica. No final da palestra, os convidados participaram fazendo perguntas.

Em seguida, o grupo Mandacaru, da Igreja Batista dos Bultrins fez uma apresentação musical no hall do bloco A. O som do forró chamou a atenção de quem passou por lá.

Um momento de reflexão e oração como os que acontecem em Taizé encerrou as atividades. “O objetivo desse encontro é sensibilizar as pessoas sobre a importância de viver a espiritualidade e a reconciliação acima de tudo”, explicou o professor Sérgio.

Grupos artísticos da UNICAP se apresentam em outubro
Por Eduardo Travassos

O mês de outubro está reservado para as apresentações artísticas da UNICAP. O teatro da Universidade, no 1º andar do bloco B, será palco para shows do MPB Unicap, Mandacaru e Wave, sempre às 20h e com entrada gratuita.

O MPB Unicap, conjunto musical formado por alunos, ex-alunos e funcionários da Universidade, abrirá a temporada com apresentações nos dias 5, 6 e 7. O show Altemar Dutra, o Trovador das Américas será uma homenagem a este grande intérprete da música romântica brasileira, sucesso nas décadas de 60, 70 e 80.

Já o grupo de dança Mandacaru apresentará o espetáculo Pernambucanamente nos dias 19, 20 e 21. No show, será feito um apanhado das principais danças do nosso estado, incluindo ritmos como o afoxé, caboclinho, bumba-meu-boi, reizado, frevo e xaxado.

O Wave homenageará os Beatles com o show Imagine, nos dias 26, 27 e 28. A apresentação contará com a participação de cantores convidados do MPB que interpretarão não só as músicas em inglês, mas também as canções em português que foram sucesso com bandas nacionais.

O grupo de Capoeira da Universidade também se apresentará. Os alunos e ex-alunos que participam do grupo, juntamente com o mestre Corisco, abrirão rodas na rua do lazer ou no hall do bloco A, nos três turnos.

Coordenador do Museu de Arqueologia participa de banca no Paraná
Por Juliana Trajano

O coordenador do Laboratório e Museu de Arqueologia da UNICAP, professor Albérico Nogueira de Queiroz, irá participar da banca examinadora de tese de doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), que será realizada nos dias 22 e 23 de setembro, em Curitiba. Na ocasião, o professor também ministrará uma conferência sobre pesquisas desenvolvidas no Laboratório e Museu de Arqueologia da UNICAP.

Professora de Engenharia participa de congresso no Paraguai
Por Juliana Trajano

A professora Eliana Barreto Monteiro, do Departamento de Engenharia da UNICAP, está participando do VIII Congresso Latinoamericano de Patologia da Construção, onde apresenta dois trabalhos. O Congresso começou hoje (20) e termina amanhã (21), na cidade de Assunção, no Paraguai. O evento reúne alguns dos maiores especialistas nas áreas de patologia e recuperação de estruturas do cenário nacional e internacional.

Unicap participa da Semana do Ensino Superior Francês no Brasil
Por Juliana Trajano

Entre os dias 22 e 29 deste mês, será realizada a Semana do Ensino Superior Francês no Brasil. O País irá receber uma delegação formada por cerca de 150 professores, pesquisadores e dirigentes de 100 universidades e escolas francesas. O evento, que tem como objetivo melhorar o intercâmbio entre as instituições francesas e brasileiras, percorrerá as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife, além de Brasília, onde será feita a inauguração da Semana. Aqui na cidade, serão realizados encontros acadêmicos em que instituições superiores de todo o Nordeste poderão participar. A UNICAP é uma das convidadas.

Rexam e Votorantim oferecem vagas para trainee
Por Juliana Trajano

A Rexam, líder no setor de latas de alumínio, busca trainees em engenharia de produção, mecância, elétrica, metalúrgica e mecatrônica, informática, ciências contábeis, economia, administração e estatística. Há vagas em Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Minas Gerais. O programa dura dois anos. É preciso ter concluído o curso entre julho de 2003 e julho de 2005, ter inglês fluente e domínio dos aplicativos do office. Os interessados devem se inscrever até o dia 25 deste mês através do site www.rexamcan.com.br.

Já a Votorantim oferece 55 vagas de trainee em engenharia, administração, economia, ciências contábeis, comércio exterior, marketing, psicologia, relações internacionais e química. O programa dura 18 meses e a remuneração inicial fica entre R$2 mil e R$ 2,6 mil. É preciso ter inglês fluente e domínio de microinformática. As inscrições vão até o dia 10 de outubro e podem ser feitas pelo site www.votorantim.com.br.

Curso desenvolve capacidade criadora
Por Camila Maciel

Um curso que tem data de início, mas não tem previsão para terminar. O Laboratório de Criatividade orientado pelo psicanalista e artista plástico Antônio Guinho promete desenvolver nos alunos as mais variadas formas de arte com um diferencial: ao mesmo tempo em que desenvolve a arte, promove um trabalho de auto-conhecimento através de técnicas introspectivas como meditação, concentração e relaxamento.

O Laboratório funcionará em dois grupos. Um será semanal, sempre às quintas-feiras, das 8h às 11h. Quem optar pelas oficinas semanais vai começar no dia 6 de outubro e deverá desembolsar mensalmente o valor de R$ 160. Já o grupo que optar por aulas mensais, terá aulas sempre aos domingos, das 9h às 19h, a partir do dia 16 de outubro, ao custo de R$ 120 por mês. Em ambos os grupos, o número de vagas é limitado e não existe data para o término das aulas.

O coordenador do Laboratório, Antônio Guinho, tem mais de 25 anos de experiência na prática terapêutica e no ensino universitário. Já escreveu cinco livros infantis e produziu cinco peças de teatro. Nas artes plásticas, se dedica à construção de mandalas, trabalho de natureza meditativa.

Os interessados em participar do curso podem entrar em contato com o coordenador pelo e-mail: HYPERLINK "mailto:antonioguinho@terra.com.br" antonioguinho@terra.com.br ou pelo telefones 3446 7891 e 9924 4553.