A borboleta com suas asas simétricas e suas formas harmoniosas delineiam
o vestido.

Presente na obra de Samico, a borboleta é considerada como um inseto onírico e surreal pela suas asas multicoloridas e seu vôo delicado.

Os babados em forma de folhas de bananeira completam a exoticidade do modelo.

 

O pavão com seu mistério, seu brilho, seu luxo, suas cores cintila nesse vestido. A ave mágica e onírica dá a forma e a silhueta ao longo.

O mosquete, arma medieval usada nos duelos dos cavaleiros, empresta seus traços geométricos para a sobreposição de vestidos.

Um longo reto fica como pando de fundo para a sobreposição em forma de mosquete e que traz em suas extremidades bolas de tule vermelho.

A abadessa, representando as ordens religiosas da Idade Média, é lembrada aqui com uma sobreposição de vestidos em contraste de cores.

O longo preto é ornado com as paquifes e virolas em dourado. O vestido curto apresenta em seu centro o elmo, escudo dos cavaleiros, insígnia da proteção.

O espírito mágico das estrelas, com caldas sinuosas, o tom brilhante das cores puras, os traços geométricos em curva dão o enlevo ao vestido.

Inspirado em alguns elementos da obra “Nascimento das Sereias - alegoria barroca”de Gilvan Samico, a roupa se destaca pela sua simetria e exoticidade, valorizando o ventre feminino.

A serpente Cascavel, típica do semi-árido, permeia grande parte das obras misteriosas e exuberantes de Samico.

Aqui, a cobra dá ao vestidinho um jogo de curvas e estampagem bastante trabalhadas entre o claro e o escuro, além da sensualidade e lascívia atribuídas à serpente.

A sandália de tiras alude às guerreiras das fábulas do nordestino.

Inspirado na gravura "A Fonte", de Samico, este conjunto de saia e blusa apresentam todo o lado barroco da obra deste autor.

Em algudãozinho, a saia traz as águas da fonte que contrapõem com a vegetação representada pelas tulipas vermelhas.

Das águas saltam os peixes que cobrem o busto da modelo. As cores primárias predominam na estamparia.

As virolas e os paquifes usados como ornatos na aquitetura, nas artes e na heráldica medievais dão a forma ao colete de tefetá em tons de dourado.

A saia longa e reta dá a simplicidade ao conjunto. Para ornar a cabeça, uma tiara dourada.

A sereia, musa das lendas dos pescadores do Nordeste, empresta sua silhueta e forma ao vestido.

Simetria e alegoria dão a peculiaridade a peça que não poderia deixar de faltar nas gravuras de Samico.

Este modelo traz da rainha medieval toda a pompa e a austeridade. O tafetá azul royal lustra a saia princesa com a barra trabalhada em dourado.

A gola virada valoriza o colo e deixa a mostra o colar de pérolas. Para completar a composição, o xale com franja longa.