Alunos do Curso de Gestão em Turismo participam de aula de campo

Por Carolina Oliveira

Antes da caminhada, o professor e geógrafo Jorge Araújo explica o roteiro aos alunos.

Na tarde da última quarta-feira (7), os alunos e o professor de Geografia mostraram que o ensino não se limita às salas de aula. É que parte da turma do 1º período do curso de Gestão em Turismo da Unicap vivenciou uma aula de campo que contemplou pontos históricos da cidade do Recife. A caminhada se prolongou até as 17h e contou com a orientação do Prof Dr. Jorge Araújo, que levou aos alunos ensinamentos biológicos e histórico-geográficos.

Rafaella Sabrina, Dhebora Araújo, Luana Vanessa, Layane Dias e Jonathas Alves experimentaram um verdadeiro ensaio sobre o trabalho do tecnólogo em turismo. Norteados pelas indicações do geógrafo Jorge Araújo, os jovens universitários já previam roteiros com base nos aspectos ambientais. “A arborização torna o ambiente mais agradável. Há uma grande diferença entre os passeios por ruas cobertas de árvores e aqueles em que a caminhada é marcada apenas por concreto. O turista certamente se sentirá mais à vontade em roteiros que primem pela arborização”, ressalta o professor.

Em meio à Rua do Hospício, a turma pôde conhecer um pouco da história do Comando Geral do Exército, erguido em plena Ditadura Militar a fim de conter os movimentos estudantis. Passando pela Câmara dos Vereadores e pela Faculdade de Direito do Recife, os cinco estudantes enfim chegaram ao Parque 13 de Maio.

No Parque 13 de Maio, explicações sobre a área verde

O parque, área fértil para o conhecimento das espécies verdes, trouxe exemplos vivos de plantas exóticas: dentre muitas outras, a Palmeira, originária da Indonésia; o Sombreiro, trazido do México; a Mangueira, espécie da Índia, e o africano Sapotizeiro.

Da Rua da Aurora, os alunos puderam conhecer a escola considerada mais antiga do Brasil: o Ginásio Pernambucano, situado em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco. Mas foi diante do monumento “Tortura nunca mais” que o professor Jorge Araújo apresentou um verdadeiro memorial da Ditadura Militar: além da escultura em cimento, a tradicional rua abriga um conjunto de placas em memória a vítimas da tortura que assolou os anos de chumbo.

Parada na Rua da Aurora: memórias da Ditadura Militar

A geografia do ambiente também chamou atenção. O manguezal, às margens do Rio Capibaribe, foi o cenário ideal para que o professor e geógrafo conceituasse: “Há uma diferença entre mangue e manguezal. O primeiro remete às plantas, que se adaptam à maré, variando entre quatro tipos. Já o manguezal diz respeito ao ecossistema, que é uma estrutura mais complexa, que abrange o mangue”.

Na Praça da República, curiosamente, o Baobá se destacou diante de arquiteturas como o Palácio da Justiça, o Palácio do Governo e o tradicional Teatro de Santa Isabel. “Lá no Senegal, como o Baobá é sagrado, os reis são enterrados sob a árvore”, lembrou Jorge. Finalizando o roteiro, a turma seguiu para o Convento de Santo Antônio, onde todos puderam conhecer, também, parte da Capela Dourada.

Perguntada sobre a atividade, Rafaella respondeu: “É uma forma de diversificar. O curso é superior tecnológico, de curta duração. Então, além de buscar novas formas de ampliar o conhecimento, nós, alunos de turismo, temos que nos dedicar também a cursos de idiomas e investir, se possível, em intercâmbios”.

Deixe uma resposta