S26 - Cinema português, cinema brasileiro Jorge Luiz Cruz, UERJ Manoel de Oliveira realizou seu primeiro filme em 1931, Douro, faina fluvial, e hoje, com mais de noventa anos, já escreveu e dirigiu mais de trinta filmes, muitas adaptações de peças teatrais e romances, entre eles, Francisca, 1981, com roteiro escrito a partir do romance Fanny Owen, 1979, de Agustina Bessa-Luis, considerado o melhor filme daquele ano pela crítica francesa. Neste estudo, pretendemos identificar alguns elementos do trabalho de Oliveira que, no que adapta, não inventa a história, mas a forma de contá-la em um outro veículo, um outro suporte. No processo entre o romance e o filme, destacamos algumas passagens do roteiro, característicos do processo de invenção deste cineasta singular.
A chamada "escola portuguesa" do cinema luso, sobretudo a partir dos inícios dos anos 60, investiu mais na imagem do que nos aspectos narrativo e dramático. Mas não pôde deixar de ter personagens e alguma narrativa. Trata-se de avaliar como conseguiu, pelo menos em alguns casos, desenvolver estratégias alternativas à narração dominante.
A comédia exprime sempre um aspecto profundo da sociedade que a origina. Comparar suas formas estéticas implica encontrar e explorar interseções e distanciamentos. O trabalho pretende comparar dois filmes considerados clássicos entre as comédias cinematográficas de seus países: O Costa do Castelo, de Arthur Duarte, e Fantasma por acaso, de Moacir Fenelon.
Afrânio Mendes Catani, USP O romano Mário Civelli chegou ao Brasil após a II Guerra Mundial e, pouco tempo depois, iniciou sua carreira como diretor e, principalmente, produtor cinematográfico. Foi diretor-geral de produção da Maristela, dirigiu os estúdios da Multifilmes, atuou como produtor independente e teve participação ativa no debate cinematográfico do início dos anos 50.
O pensamento estético e ideológico que caracterizou o cinema brasileiro nos anos 40 e 50, a partir da obra de Alinor Azevedo como argumentista e roteirista da Atlântida e da Flama.
Tendo como base o depoimento de Alcebíades Monteiro Filho, concedido ao Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, o trabalho pretende analisar a trajetória do cenógrafo no cinema brasileiro, a partir de uma perspectiva histórica, destacando sua importância para a ruptura dos padrões cenográficos no Brasil em filmes das décadas de 1930 a 1960.
O texto Cinema: trajetória no subdesenvolvimento, de Paulo Emílio, completou 30 anos de sua publicação original epermanece até hoje como um dos mais debatidos nos meios cinematográfico e acadêmico. Nesta comunicação, pretende-se discutir em que medida as posições de Paulo Emílio continuam válidas ou não para que se possa interpretar a trajetória do cinema brasileiro e sua formação industrial.
Mariarosaria Fabris, USP Ao lado das versões cinematográficas de Il fu Mattia Pascal - Feu Mathias Pascal, de L'Herbier, L'homme de nulle part, de Chenal, e Le due vite di Mattia Pascal, de Monicelli - a temática do duplo pirandelliano está presente também em Professione: reporter, de Antonioni, naquela busca impossível de uma outra identidade.
As três primeiras peças do Plínio Marcos foram adaptadas para o cinema em cinco diferentes momentos. As questões referentes às adaptações, tanto na relação dos filmes com a obra teatral, quanto entre os próprios filmes, servem de instrumento para uma análise da construção histórica da representação da violência no cinema brasileiro.
Meu trabalho investiga a teoria do movimento expressivo de Serguei Eisenstein. Esta corresponde ao próprio sistema de treinamento do ator de Eisenstein, ou melhor, ao seu entendimento de como se dá o processo de criação e de atuação do ator, sempre tendo em vista a realização dos movimentos mais expressivos
Maria Dora Mourão, USP É na montagem que encontramos a imagem do tempo uma vez que o tempo cinematográfico, como representação indireta, depende da organização das imagens e sons para que ele se constitua. Através do potencial que há nesse processo, chega-se à produção de sentidos, sejam eles de ruptura ou semelhanças. Portanto, a montagem tem um vínculo direto com a temporalidade das imagens e sons e com a constituição do tempo passado e presente. Escolhemos o filme São Paulo Cinemacidade (1994), dirigido por Aloysio Raulino, como foco de análise na perspectiva dada por Bill Nichols de pensar o documentário como representação da realidade e como forma particular de olhar e interagir com o mundo. O diálogo, que é travado entre imagens de repertório retiradas de filmes da cinematografia paulista e imagens captadas pelo próprio realizador, nos remete a uma São Paulo imaginária reconstruída pelo cinema. O objetivo desta reflexão é analisar como as correspondências que foram criadas entre os planos sonoros e imagéticos passados e presentes reinterpretam a São Paulo metrópole.
Esse trabalho estuda a dinâmica de apropriação de mecanismos de produção da representação da violência e da pobreza em espaços urbanos, comparando imagens produzidas por telejornais como Aqui, Agora, absorvidas em documentários contemporâneos, como Ônibus 174 e Notícias de uma guerra particular, Prisioneiros da grade de ferro, com filmes de ficção como Cidade de Deus e O invasor. A comparação levará em conta também as diferentes maneiras de se representar essa temática nas metrópoles paulistana e carioca.
O objetivo desta comunicação é identificar, para além da constatação das relações antigas que unem o cinema e a cidade, alguns dos problemas específicos que coloca a representação da metrópole no cinema documentário brasileiro contemporâneo, tanto através da evocação de alguns filmes chaves, quanto de um exame das abordagens e das metodologias de trabalho envolvidas.
Texto fragmentário, que apresenta uma sintética análise fílmica de quatro documentários da Argentina, Chile e Brasil (2000 - 2002). Todos eles possuem em comum o modo performativo da representação. O objetivo é estabelecer a base para uma indagação estética posterior, sobre a relação entre este modo, sua visão da história e a hermenêutica.
João Carlos Massarolo, UFSCar Este estudo aborda as contribuições de Eisenstein para as conquistas narrativas do cinema digital. Tendo como base de análise o vídeo Steps (1987), de Zbigniew Rybczinski, pretende-se identificar o uso de recursos expressivos da tecnologia eletrônica, tais como a sobreposição e composição de imagem, para a criação de um episódio virtual na seqüência da "Escadaria de Odessa", em Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei Eisenstein.
O cinema foi o lugar onde foi celebrada a união entre a arte e a indústria. Foi também, no século XX, o lugar de acolhida de um estilo cujos temas, tratamentos e questões caracterizam nossa atualidade: a ficção-científica. Interessa-nos pensar a participação do cinema como projeto civilizatório na formalização do nosso imaginário tecnológico. Durante o período conhecido como mudo não faltaram tentativas de se unir os sons às imagens. No Brasil, após a chegada dos primeiros cinematógrafos falantes, é conhecido o sucesso dos filmes cantantes. Outras tentativas inusitadas ainda tentariam sucesso, antes das primeiras experiências com o Vitafone, em 1929.
Esta comunicação tem por objetivo fazer uma análise
de três ocasiões nas quais o cinema fantástico ou
de ficção científica trata da televisão
enquanto ameaça ao indivíduo. Os filmes estudados serão
Akumulator 1 (Jan Sverák, 1994, República Tcheca), Videodrome
(David Cronenberg, 1983, EUA/Canadá) e O chamado (Hideo Nakata,
1998, Japão). |
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