S21 - Mulheres em ação / Women
in action Catherine Benamou, University of Michigan, EUA - Con amor, tequila
y gasolina: las aventuras transfronterizas de Lola la Trailera
O surgimento e a efetividade da atriz e cantora mexicana Rosa Gloria Chagoyan como ícone da resistência nacional são investigados, nesta comunicação, através de uma dinâmica de mistura de gêneros cinematográficos (incluindo blaxploitation), de transmissão televisiva, de uma ética de classe operária e, por fim, da recodificação de gênero e sexualidade na sua trilogia "clássica", Lola la Trailera, dos anos 80.
As análises existentes sobre as heroínas hollywoodianas de filmes de ação têm enfocado questões de gênero, como a sexualidade e a família, diminuindo a importância de nação, etnicidade e classe social. Analiso Alien 3 (Fincher, 1992), The Long Kiss Goodnigt (Harlin, 1996) e Foxy Brown (Tarantino, 1997) a partir destas perspectivas desprivilegiadas. Para completar, considero a trajetória das heroínas de filmes de ação desde os anos 70 até o presente.
Análise crítica e histórica das relações complexas de gênero e raça em relação ao gangsterismo num filme recente, Hijacking Stories, de Oliver Schmitz, realizado e distribuído na África do Sul.
Análise do relacionamento dinâmico entre nacionalismo e gênero, através de imagens culturais de mulheres israelitas e palestinas, dentro do contexto histórico do conflito Israelita-Palestino desde 1948 até o presente.
Geisa Rodrigues, UFF Em Madame Satã, de Karïm Anouz, não cabem modelos historicamente estigmatizados dada a intensidade narrativa obtida pela manipulação das tendências de saturação e rarefação do quadro. O personagem explode na/pela tela. Este trabalho analisa o jogo de enquadramentos e desenquadramentos, com utilização ampla do extracampo, e a desnaturalização da representação perspectivada.
Teóricos contemporâneos propõem a categoria de "representação problemática" contra uma suposta transparentcia da imagem cinematográfica. Deleuze fala de "modulação do real". Com a crise da representação é ainda possível falar em referência? O simulacro significa ausência de referência ou outro modo de se relacionar com o presente e a história?
O propósito deste texto é analisar a construção da associação entre corpo, juventude e beleza nas imagens de Olympia (Riefenstahl, 1938). Pretende-se perscrutar como a cineasta lidou com essas imagens, relacionando-as, posteriormente, às concepções da época a respeito do corpo. Para tanto, será analisado, particularmente, o caso Jesse Owens.
Análise de quatro filmes com características de não-ficção, com foco na investigação de imagens que contradizem certas proposições dadas como fatos. O texto sugere aproximações entre os gêneros documentário e ficção, através da exploração das contradições internas do primeiro, que o faz enredado ao segundo, gerando uma curiosa polissemia.
José Luiz Aidar Prado, PUC/SP e Moira Toledo Cirelo,
mestranda PUC/SP Dogville apresenta os modos de circulação do poder em uma comunidade idealizada e a interversão de humanismo em violência por meio de curto-circuitos em vários pontos da narrativa fílmica. Além dessa incursão temática em Dogville, serão estudadas as relações entre primeiro plano e plano de fundo nos níveis visual e sonoro nos filmes: Dogville e Elephant.
O cinema tem sido um termômetro extraordinário para a compreensão do Século XX que consideramos, diferentemente de Hobsbawm, o longuíssimo século da modernidade. Filmes como Beleza Americana, Meninas não Choram, As Invasões Bárbaras, 21 Gramas, Adeus Lênin, são alguns dos exemplos que utilizaremos para discutir questões como decadência da "civilização ocidental", modernidade e pós-modernidade e o cinema ao mesmo tempo como alimentador do imaginário dominante e de verdades e mentiras sobre a história contemporânea.
O filme Hans Staden (1999), dirigido por Luiz Alberto Pereira, retrata o encontro entre o artilheiro alemão e os índios Tupinambá, buscando ser fiel ao relato do europeu e assim chegar à "verdadeira história". Pretendo analisar o significado de tal apropriação da história e sua repercussão na representação dos índios.
E Sua Mãe Também (2001) duplica sua narração em um jogo perturbador entre narrador-câmera e voz-over em estilo documental que ironiza e problematiza noções de classe e de identidades nacional e sexual na construção imaginária mexicana, questionando contradições sociais no que poderia ser apenas um filme de adolescentes em busca de sexo.
Maria Thereza Azevedo, Unimep/SP A proposta desta comunicação é levantar algumas questões em torno da estrutura dramática do filme Dogville, de Lars von Trier. Ao mesmo tempo em que assume o épico brechtiniano ele se organiza como tragédia.
O foco em questão é a criação de roteiros, argumentos ou cenas dramáticas, por meio de um processo de criação envolvendo o roteirista/autor e um outro, que pode ser um sujeito ou um objeto (filme, fotos, música, textos). A idéia é olhar esse outro como um objeto transformacional, conceito da psicanálise winnicotiana, no qual o sujeito está sempre buscando, fora dele, um objeto capaz de capturá-lo e colocá-lo em um outro estado de consciência (mistério, surpresa, prazer, arrebatamento, horror, perplexidade). A idéia da comunicação é discorrer sobre o potencial criativo de tal processo.
Este trabalho pretende abordar a questão da pesquisa histórica na elaboração dos roteiros dos filmes Baile perfumado e O cineasta da selva. Farei uma comparação entre duas maneiras de lidar com a pesquisa histórica e a sua posterior transformação em roteiro cinematográfico.
Os newspaper movies (filmes de jornalista) existem desde os anos 20 do século passado. No Brasil, na década de 50, dois filmes apresentam jornalistas na narrativa: Absolutamente certo (1957) e O homem do Sputinik (1959). Mas foi com a geração do Cinema Novo que os jornalistas passaram a ser personagens importantes. Boca de Ouro (1962), de Nelson Pereira dos Santos, baseado na peça de Nelson Rodrigues, inaugura uma série de filmes tendo o jornalista com protagonista ou personagem importante na narrativa. São eles O desafio (1965), de Paulo César Saraceni, Terra em transe (1967), de Glauber Rocha, Brasil ano 2000 (1969), de Walter Lima Junior. O texto aborda a relação entre o jornalismo e cinema, enfocando as semelhanças narrativas e a discussão dos conceitos de "objetividade jornalística" e autoria no cinema.
Patrícia Moran Fernandes, UFMG Analise em filmes de ficção produzidos atualmente por Hollywood e em eventos audiovisuais com manipulação de imagens ao vivo do uso da repetição e do fragmento como constitutivos da narratividade. A estruturação seqüencial dos trabalhos é marcada por associações propiciadas pela repetição de cenas cinematográficas ou de frames.
A sociedade de controle, como antecipada por Gilles Deleuze, opera com dispositivos bastante diferentes daqueles da sociedade disciplinar (Michel Foucault). Eles contribuem para reconfigurar nossa relação com o espaço e o tempo e nosso regime de visibilidade: reduzida à sua forma-informação, a imagem participa das estratégias de vigilância, controle e simulação, cada vez mais disseminadas em nosso cotidiano. Buscando discutir essa questão, o texto toma como intercessor o vídeo I think it would be better if I could weep (2001), parte dos arquivos do Atlas Group (2001, DVD, 8 min), de Walid Raad. Ele é visto como um dispositivo heterogêneo, ambíguo, de passagem: o gesto de virar a câmera e suas implicações, ao mesmo tempo, políticas, discursivas e estéticas.
O sistema contemporâneo das imagens se estrutura em torno de um dinâmico processo de passagens e contaminações entre formatos, circuitos e gêneros. Essa dinâmica reposiciona a produção audiovisual e provoca o surgimento de produções híbridas, como alguns videoclipes e longas metragens que se estruturam entre ficção, documentário e videoclipe.
Análise da tentativa de se recriar alguns procedimentos do cinema
no universo dos jogos eletrônicos (ou games) narratives. Descrição
de algumas estratégias do cinema canônico e sua transposição
para o universo dos games. Perspectivas para o game narrativo, pensando
com uma espécie de cinema interativo contemporâneo. |
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