A obra de Euclides da Cunha "Os Sertões" tem presença marcante na alma do pernambucano. De uma certa forma, é como se cada um e todos nós fôssemos sertanejos, mesmo do litoral. O encanto e o fascínio da região imortalizada pela literatura abrem sempre novas possibilidades de leitura sobre sua configuração geográfica, política, econômica e principalmente humana. Da terra seca e árida nasce o ser humano destemido e sensível que acredita no destino como determinação divina. À simplicidade e à singeleza de sua inteligência ingênua se contrapõem a fortaleza e a tenacidade com que o sertanejo vence as batalhas da sobrevivência diária.
Pensar "Os Olhares Sobre Os Sertões Pemambucanos" como obra acadêmica é revisitar e redescobrir - como se faz com os dias a cada amanhecer - que a obra humana do existir e do resistir às dificuldades precisa sempre e sempre de novas leituras.
O meu olhar é de enlevo e alegria pela oportunidade de ver realizado um sonho docente: trabalhar um tema, uma idéia de forma plural envolvendo alunos e professores, é o que agradavelmente o fazem construindo e realizando juntos o projeto.
Profª Mirian de Sá Pereira
Decana do Centro de ciências Sociais - CCS